O homem cunhou
de irracionais o resto reino animal, imaginando que só
nós raciocinamos. Foi uma observação pouco
racional.
Raciocínio, em
maior ou menor grau, existe em todas as espécies
animais. Quando um predador se aproxima
furtivamente da presa, ele o faz porque raciocina e sabe
que, se visto de longe, não a alcançaria.
Quando um cachorro ouve o toque do telefone, ele não dá
importância; mas, quando ouve o interfone, ele dá alarme
e vai vigiar a porta de entrada. Por que o faz?
Ele raciocina e sabe que o interfone toca quando está
chegando alguém.
Um excelente
exemplo é o do elefante colhendo frutas. Não
vou falar da hipótese de ele não racionar; pois, sem
raciocinar, ele nem sobreviveria. Mas
imaginemos que ele tivesse um raciocínio ruim, o que
chamamos de QI baixo. Com um baixo QI, o elefante
iria chegar ao pé da árvore e ficar parado esperando uma
fruta cair para ele comer. Mas, como o
QI dele é alto, e ele sabe bem da própria força, ele
raciocina: balançando a árvore, as frutas maduras caem.
E é o que ele faz com muita habilidade.
Observando bem
os animais, podemos concluir que não foi muito racional
chamar os outros seres vivos de irracionais.