A crença no
sobrenatural existe em todo o planeta. Todavia, jamais um mesmo deus foi
adorado em dois lugares distantes e incomunicáveis. E as aparências dos deuses
sempre foram as mesmas dos povos que os adoram, ou de animais existentes no
ambiente, ou mesmo um misto de humano com animais conhecidos, nunca se vendo,
por exemplo, alguém adorando um deus em forma de elefante nas Américas ou na
Escandinávia. Ademais, deuses costumam ser considerados oniscientes; entretanto,
nunca um deus mostrou conhecimento de algo que o homem não conhecesse. Como
exemplo, nenhum deus sabia que a Terra é um satélite do Sol, e o deus criador
dos judeus criou a Terra antes do Sol e ainda estendeu a Terra sobre as águas do
oceano. Já
passou pela sua mente que isso é uma insuperável evidência de que divindade,
sem exceção, seja produto do pensamento humano?
Quando os europeus
descobriram as Américas, encontraram povos adorando muitos deuses, todos
diferentes dos deuses conhecidos na Europa, na Ásia e na África. Logo, trataram de
apresentar para esses povos o 'deus verdadeiro'. Mas, por que seria esse o
deus verdadeiro e não os deuses dos nativos?
Quando lemos que Yavé
"estendeu a Terra sobre as águas" (Salmos, 136:6) e ele próprio escreveu um
preceito proibindo fazer imagens do que há "nas águas debaixo da Terra" (Deuteronônio,
5: 8), é bem simples raciocinar e perceber que isso não vem de um ser
onisciente, mas do pensamento equivocado dos homens de três mil anos atrás.
Quando lemos no Alcorão
as palavras do anjo:
"Ele foi quem vos criou tudo quando existe na terra; então, dirigiu sua
vontade até o firmamento do qual fez, ordenadamente, sete céus, porque é
Onisciente." (Alcorão, surata
2: 29). “E
decoramos o céu mais próximo com lâmpadas e protegemo-lo.”
(Alcorão, 41: 12),
ficamos imaginando como quase dois
bilhões de pessoas ainda acreditam numa mensagem dita divina que diz coisa como
isso.
Se pegarmos quaisquer
livros sagrados de quaisquer povos, podemos verificar que todos eles dizem
muitas coisas que imaginavam os homens das épocas em que foram escritos, mas hoje sabemos que são equívocos. Isso
prova que nenhum livro sagrado foi dado por algum ser onisciente.
Se cada deus tem
aparência de gente ou animal conhecido no local, nunca de um ser que exista em
ambiente desconhecido; se nenhum deus se manifestou em dois locais distantes e
incomunicáveis do planeta; se todos os livros
sagrados expressaram o pensamento equivocado do homem do tempo em que foram
escritos, não revelando nada que estivesse fora do conhecimento humano do local;
não podemos ter dúvida, mas certeza de que esses livros não procedem de nenhum
ser onisciente, mas dos homens que imaginaram a existência dos deuses. Se
nada dito de procedência divina vai além do pensamento falho do homem, não
podemos duvidar, mas ter certeza de que os deuses não existem, e sim são simples
produtos da
imaginação humana.