A LONGEVIDADE ANTEDILUVIANA EM XEQUE


Os humanos antediluvianos viveram tanto, que alguns chegaram a quase um milênio. “Matusalém” chegou a “novecentos e sessenta e nove anos” (Gênesis, 5: 27).  Seriam novecentos e sessenta e nove meses? E a mulher de Abraão? Era uma criança?

Ante a comprovação de que os homens do passado viviam menos do que os de hoje, alguns tentam corrigir a incongruência bíblicas afirmando que a contagem dos tempos naquela época era diferente, podendo um ano ser o equivalente a um mês.

Com essa interpretação Matusalém teria vivido uns oitenta anos; Mas Sarai, a mulher de Abraão, que aos setenta anos era tão linda que encantou o rei do Egito (Gênesis, 12), seria uma menininha de menos de seis anos. E, como a longevidade dos pós-diluvianos foi decrescendo gradativamente, conforme se lê da história do dilúvio até a formação da nação israelita, fica difícil argumentar quando se teria mudado a forma de contar o tempo.

Ademais, o relato do dilúvio põe por terra, de forma inquestionável, essa tese de ano equivalente a mês.

Ao dizer que o dilúvio teve início “no ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês (Gênesis, 7: 11:), a Bíblia já deixa claro que o ano era composto de meses, não podendo equivaler a mês, uma vez que os meses eram compostos de dias, denotando serem equivalentes aos nossos. E quando diz que no décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes dos montes (Gênesis, 8: 5), isso já nos mostra um ano que se aproxima dos doze meses. E os versículos 6 a 12 falam de mais “quarenta dias”, mais “sete dias”, mais “sete dias”, somando cinqüenta e quatro dias. E o versículo 13 fala que no “ano seiscentos e um, no mês primeiro, no primeiro dia do mês, secaram-se as águas de sobre a terra”. Isso torna irrefutável que o ano era de doze meses, com aproximadamente trinta dias.

E, para acabar com todas as dúvidas, basta observar que o dilúvio teria começado no “décimo sétimo dia do segundo mês” (Gênesis, 7: 11), e “ao fim de cento e cinqüenta dias as águas tinha diminuído” (Gênesis, 8: 3), sendo o “décimo sétimo dia do sétimo mês” (Gênesis, 8: 4), exatos cinco meses de trinta dias.  Se fosse verdade, não seria Sara uma criança, e Matusalém seria mesmo mais do que um homem-tartaruga, um ser fantástico, vivendo mais do que tudo que se possa encontrar no reino animal em qualquer época. 

 

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