Homens armados atacaram civis que trabalhavam em plantação, de acordo com
funcionário da ONU. Massacre, ocorrido no nordeste do país, é atribuído a grupo
jihadista Boko Haram.
Symbolbild Nigeria Boko Haram
Caçadores em preparo para ataque ao Boko Haram: há mais de 10 anos extremistas
promovem violência no norte da Nigéria
Pelo menos 110 pessoas morreram durante um ataque a uma aldeia no nordeste da
Nigéria atribuído ao grupo jihadista Boko Haram, afirmou o coordenador
humanitário da ONU no país neste domingo (29/11).
"Pelo menos 110 civis foram mortos brutalmente e muitos outros ficaram feridos
neste ataque", disse Edward Kallon, em comunicado. O massacre ocorreu no sábado.
"Este é o ataque direto mais brutal contra civis inocentes neste ano", disse
Kallon, acrescentando: "Peço que os perpetradores deste ato hediondo e sem
sentido sejam levados à Justiça".
O derramamento de sangue ocorreu no vilarejo de Koshobe, perto de Maiduguri,
capital do estado de Borno. Os agressores alvejaram pessoas que trabalhavam em
campos de arroz.
O governador de Borno, Babaganan Umara Zulum, compareceu ao enterro de 43 corpos
resgatados no sábado, no vilarejo próximo de Zabarmari. Ele disse que o número
de mortos pode aumentar depois que as operações de busca forem retomadas.
"Mortes sem sentido"
Os assaltantes, que chegaram armados em motocicletas, amarraram os camponeses e
cortaram suas gargantas, segundo uma milícia antijihadista pró-governo.
Moradores locais afirmaram à agência de notícias DPA que alguns dos mortos
apresentam ferimentos à bala, outros tiveram a garganta cortada.
As vítimas eram trabalhadores do estado de Sokoto, no noroeste da Nigéria,
localizado a cerca de mil quilômetros de distância, que foram ao nordeste do
país em busca de trabalho.
Citando "relatos de que várias mulheres podem ter sido sequestradas", Kallon
pediu a libertação imediata delas e seu retorno à segurança.
O presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, condenou o ataque, dizendo: "O país
inteiro foi ferido por essas mortes sem sentido."
O ataque ocorreu em meio a eleições locais realizadas com atraso no estado de
Borno. As votações foram repetidamente adiadas por causa de um aumento nos
ataques do Boko Haram e de uma facção dissidente rival, a milícia "Estado
Islâmico Província África Ocidental". Os dois grupos foram acusados de
aumentar os ataques a agricultores, pescadores e suas famílias, a quem acusam de
espionar para o Exército e para as milícias pró-governo.
O grupo terrorista Boko Haram vem aterrorizando a população local do estado de
Borno há mais de dez anos Borno, bem como regiões vizinhas. Pelo menos 2,4
milhões de pessoas estão refugiadas por causa da violência de grupos armados no
nordeste da Nigéria e em países adjacentes, de acordo com a Agência de
Refugiados da ONU.
“Deus
cobrará dos fiéis o sacrifício de seus bens e pessoas, em troca do Paraíso.
Combaterão pela
causa de Deus, matarão e serão mortos”
(Alcorão, Surata 9:111).
Esse é o firme fundamento do terror. Mesmo que a grande maioria do mundo
queira a liberdade religiosa, sempre há uma minoria para manter essa
barbaridade, porque crê que um deus assim o determinou.