MAZDAÍSMO, UM MODELO PARA O
CRISTIANISMO
"À semelhança de outros mitos do fim
dos tempos, o fogo tem papel central no Mazdaísmo, religião criada pelo persa
Zoroastro, também conhecido com Zaratustra, que viveu onde hoje fica o Irã,
provavelmente entre 630 e 553 a.C. Filho de camponeses, aos 30 anos ele teria
ido morar sozinho no deserto, de onde saiu com os princípios da nova religião.
Foi um dos primeiros cultos monoteístas de que se tem notícia e logo se espalhou
pela Pérsia, tendo influenciado posteriormente o desenvolvimento do judaísmo e
do cristianismo. Hoje, a religião de Zoroastro ainda é seguida pelos parsis da
Índia, que migraram para aquele país depois da ascensão do islamismo no século
7. Seu deus era Ahura Mazda, que vivia lutando com sua antítese maligna,
Arimã, pelo controle do universo.
O fim dessa longa guerra está descrito
no Zend Avesta, livro escrito por Zoroastro no século 5 a.C., no qual
proclama a nova religião. Num futuro não determinado, Ahura Mazda
enviará à Terra seu último profeta, Saoshyans, para realizar o julgamento final
dos seres humanos. Para isso todos serão ressuscitados. As montanhas então
derreterão pelo fogo e o mundo será coberto por um oceano de lava e metal
incandescente. Como prova final, os vivos e os mortos ressuscitados terão que
atravessá-lo descalços. Apenas os justos conseguirão transpor o oceano de
fogo sem se queimar. Os pecadores arderão nas chamas para serem purificados.
Arimã será destruído e o mundo ressurgirá das cinzas, agora sem o mal para
sempre.
(Superinteressante Edição Espedial, maio/2011, pág. 26).
Tem bastante proximidade com o
cristianismo; mas o deus de Zaratustra é mais justo do que o dos cristãos.
Não comete o absurdo de deixar as pessoas a sofrer eternamente por uns poucos anos de pecado.