O recanto remoto no Quênia que conta a história da raça humana
Melissa Hogenboom
BBC Earth
6 janeiro 2016
Legenda da foto, Alamy
O "Menino de Turkana" tinha cérebro maior que seus ancestrais
Nossos ancestrais humanos eram de certa forma uma turma esquiva, não deixaram
muitas pistas a serem seguidas. Seus vestígios são raros, e os poucos fósseis
encontrados costumam estar incompletos. Muitas vezes precisam ser reconstituídos
a partir de dezenas de fragmentos, como um quebra-cabeças. Por isso é que uma
descoberta feita em 1984 levou paleontólogos à loucura. E segue fascinando.
Era o esqueleto de um menino, descoberto no lago Turkana, nos desertos do norte
do Quênia. Ele morreu quando tinha cerca de oito anos de idade e seus ossos
afundaram no leito do lago, onde permaneceram preservados por mais de 1,5 milhão
de anos. O esqueleto do menino ainda é o mais bem preservado fóssil de homem
primitivo já encontrado.
No entanto, o "Menino de Turkana" é apenas um de muitos fósseis encontrados no
lago. Juntos, eles somam 4 milhões de anos de evolução humana. Esse local nos
contou muitas histórias sobre nossas origens e como viveram nossos ancestrais.
Linhagens
Hoje, o lago Turkana fica em um deserto hostil. Mas nem sempre foi assim. Há 2
milhões de anos, o lago era muito maior e a região em volta, bem mais verde.
Desde então, mudanças rápidas no clima causaram o encolhimento de sua área. E,
ocasionalmente, podem levar a seu desaparecimento.
<https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/151211_vert_lago_homem_primitivo_fd>
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