Pessoas menos inteligentes tendem a ser mais conservadoras e
preconceituosas
By Marcos M. Dal Ponte on 10:39
Não é nova a ideia de
que o conservadorismo e o preconceito estão ligados umbilicalmente. Vários
estudos já realizados chegaram a essa conclusão. A novidade é que
o posicionamento conservador e o preconceito podem estar
ligados à baixa inteligência.
Um estudo feito por pesquisadores de uma universidade de Ontario, no Canadá,
chegou a conclusões bastante interessantes: adultos de
baixo QI ou com dificuldades cognitivas tendem a ter atitudes conservadoras e
preconceituosas (racismo, homofobia, machismo etc).
O estudo foi dirigido pelos pesquisadores Gordon Hodson e Michael A. Busseri, do
departamento de Psicologia da Universidade Brock, de Ontario, e foi publicado
pela revista Psychological Science.
Os dados levam a crer que
as pessoas menos
inteligentes se sentem atraídas por ideologias conservadoras porque estas exigem
menos esforço intelectual, pois oferecem estruturas ordenadas e hierarquizadas,
onde o indivíduo pode se sentir mais confortável.
É bom deixar claro que inteligência nada tem a ver com escolaridade. Há vários
exemplos históricos (como a Comuna de Paris ou a Revolução Russa) em que as
classes mais baixas e com menos escolaridade se mostraram as únicas capazes de
pensar de maneira progressista.
Hodson afirma que “menor capacidade cognitiva pode levar a várias formas simples
de representar o mundo e uma delas pode ser incorporada em uma ideologia
conservadora, onde ‘pessoas que eu não conheço são ameaças’ e ‘o mundo é um
lugar perigoso ‘…”.
A grande contribuição dessa pesquisa pode ser a criação de novas formas de
combater o racismo e outras
formas de preconceito. “Pode haver limites cognitivos na capacidade de assumir a
perspectiva dos outros, particularmente estrangeiros”, entende Hodson, já que a
crença corrente é que o preconceito tem origens emocionais, não cognitivas.
Texto extraído de: www.livrepensamento.com
<http://www.psiconlinews.com/2014/10/pessoas-menos-inteligentes-tendem-ser.html>
O estudo lança uma luz sobre o porquê
de os lugares mais atrasados do mundo terem a maior percentagem de religiosos e
o maior fanatismo tendente a violência e muita crueldades em defesa da fé.