Pastor que incentivou igreja lotada na
quarentena morre de covid-19 nos EUA
Gerald Glenn, pastor que morreu de covid-19 nos Estados Unidos -
Divulgação/The New Deliverance Evangelistic Church Gerald Glenn, pastor que
morreu de covid-19 nos Estados Unidos Imagem: Divulgação/The New Deliverance
Evangelistic Church Do UOL, em São Paulo 13/04/2020 20h05
Um pastor evangélico que disse que continuaria pregando a menos que estivesse
"na prisão ou no hospital" morreu de covid-19 nos Estados Unidos. A morte
ocorreu apenas algumas semanas após o pastor manter as portas da igreja abertas,
indo contra as orientações do governo. O pastor Gerald Glenn mostrou um
culto lotado em 22 de março na Igreja Evangélica New Deliverance em
Richmond, na Virgínia, chamando os seguidores apesar das medidas de
distanciamento social na luta contra o coronavírus.
Glenn disse que acreditava firmemente que Deus era
maior que o vírus e que se orgulhava de ser "controverso" por violar
os protocolos de segurança. O bispo também afirmou que se encaixava na categoria
de "trabalho essencial", porque era um pregador e conversava com Deus.
Glenn morreu ontem, uma semana após testar positivo para covid-19. A esposa
dele, Marcietia Gleen, também foi infectada pelo coronavírus.
Mais uma vítima da própria fé. Mas isso não é suficiente para os crentes
entenderem que não existe a proteção divina, que esse ser "maior
do que o vírus" é puramente imaginário. Eles são facilmente
convencidos de que esse pastor não tinha uma fé tão grande ou não era realmente
fiel a esse deus. Só quem raciocina sem condicionamento entende.