MUNDO DESIGUAL
- POR PLANETA VOLUNTÁRIOS
21 de abril de 2010
"O maior assassino do mundo e a maior
causa de doenças e sofrimento ao redor do golfo é… a
extrema pobreza."
Desigualdade Social
21 países retrocederam em seu Índice de Desenvolvimento
Humano, contra apenas 4 na década anterior. Em 54 países
a renda per capita é mais baixa do que em 1990. Em 34
países a expectativa de vida ao nascer diminuiu, em 21
há mais gente passando fome e em 14 há mais crianças
morrendo antes dos cinco anos;
No Brasil, 10% brasileiros mais pobres recebem 0,9% da
renda do país, enquanto os 10% mais ricos ficam com
47,2%. Segundo a Unicef, 6 milhões de crianças (10% do
total) estão em condições de “severa degradação das
condições humanas básicas, incluindo alimentação, água
limpa, condições sanitárias, saúde, habitação, educação
e informação”.
A pesquisa ainda mostra que 15% das crianças brasileiras
vivem sem condições sanitárias básicas. As áreas rurais
do Brasil concentram a maioria das crianças carentes,
com 27,5% delas vivendo em “absoluta pobreza”.
Segundo a OIT, os dados de trabalhadores domésticos
infantis é espantoso: no Peru, 110 mil; no Paraguai, 40
mil; na Colômbia, 64 mil; na República Dominicana, 170
mil; apenas na Guatemala, 40 mil; no Haiti, 200 mil; e
no Brasil – o campeão de trabalho doméstico na América
Latina e talvez no mundo – 500 mil.
. Com 53,9 milhões de pobres, o equivalente a 31,7% da
população, o Brasil aparece em penúltimo lugar em termos
de distribuição de renda numa lista de 130 países. É o
que mostra estudo do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) que o ministro do Planejamento, Paulo
Bernardo, divulga hoje em Brasília.
Das 55 milhões de crianças de 10 a 15 anos no Brasil,
40% estão desnutridas. 1,5 milhão entre 7 e 14 anos está
fora da escola. A cada ano, 2,8 milhões de crianças
abandonam o ensino fundamental. Das que concluem a 4ª
série, 52% não sabem ler nem escrever.
Mais de 27 milhões de crianças vivem abaixo da linha da
pobreza no Brasil, e fazem parte de famílias que têm
renda mensal de até meio salário mínimo. Aproximadamente
33,5% de brasileiros vivem nessas condições econômicas
no país, e destes, 45% são crianças que têm três vezes
mais possibilidade de morrer antes dos cinco anos.
A cada 12 minutos, uma pessoa é assassinada no Brasil.
Por ano, são registrados 45 mil homicídios no País. No
entanto, a probabilidade de um assassino ser condenado e
cumprir pena até o fim no Brasil é de apenas 1%.
O Brasil é, segundo a ONU, o país onde mais se mata com
armas de fogo. Todos os anos são mortos 40 mil
brasileiros;
1,9% do PIB brasileiro é consumido no tratamento de
vítimas da violência;
A Aids já deixou mais de 11 milhões de órfãos na África;
o devastador avanço desta doença fará com que, em 2010,
pelo menos 40 milhões de menores em todo o continente
tenham perdido pelo menos um de seus pais, segundo a
UNICEF. A cada minuto, uma criança morre de AIDS.
Mais de 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso à água
potável no planeta, segundo dados da ONU. Outros 2.4
bilhões não têm saneamento básico. A combinação do dois
índices é apontada com a causa de pelo menos 3 milhões
de mortes todo ano. Um europeu consome em média entre
300 e 400 litros diariamente, um americano mais de 600
litros, enquanto um africano tem acesso a 20 ou 30
litros diários.
Um em cada seis habitantes da Terra não tem água potável
para beber e dois em cada cinco não dispõem de acesso a
saneamento básico.
Até 2050, quando 9,3 bilhões de pessoas devem habitar a
Terra, entre 2 bilhões e 7 bilhões de pessoas não terão
acesso à água de qualidade.
A fome no mundo, depois de recuar na primeira metade dos
anos 90, voltou a crescer e já atinge cerca de 850
milhões de pessoas. A cada ano, entram nesse grupo mais
5 milhões de famintos.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 160 mil
pessoas estão morrendo por causa do aquecimento global,
número que poderia dobrar até 2020 - contabilizando-se
catástrofes naturais e doenças relacionadas a elas.
Além da morte, a desnutrição crônica também provoca a
diminuição da visão, a apatia, a atrofia do crescimento
e aumenta consideravelmente a susceptibilidade às
doenças. As pessoas que sofrem de desnutrição grave
ficam incapacitadas de funções até mesmo a um nível mais
básico.
Muitas vezes, são necessários apenas alguns recursos
simples para que os povos empobrecidos tenham capacidade
de produzir alimentos de modo a se tornarem
auto-suficientes. Estes recursos incluem sementes de boa
qualidade, ferramentas adequadas e o acesso a água.
Pequenas melhorias nas técnicas de cultivo e nos métodos
de armazenamento de alimentos também são úteis..
Muitos peritos nas questões da fome acreditam que,
fundamentalmente, a melhor maneira de reduzir a fome é
através da educação. As pessoas instruídas têm uma maior
capacidade para sair deste ciclo de pobreza que provoca
a fome.
Fontes: Documentos internacionais,
principalmente da ONU, UNICEF, OMS, FAO e UNAIDS.
(Por: Marcio Demari / Diretor Presidente
do Planeta Voluntários - Brasil)
<https://fbes.org.br/2010/04/21/mundo-desigual/>
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