NÃO HAVERÁ APOCALIPSE
11.10.2011, 15:02
Foto: EPA |
O cometa “Elenin”, que de acordo com
os apologistas do fim do mundo seria a causa do apocalipse, acabou por
destruir-se. O papel fatal no destino deste cometa foi desempenhado pela sua
proximidade do Sol. Foi o cientista russo Leonid Elenin, – o descobridor deste
cometa, – quem deu esta informação.
No dia 16 de outubro o cometa “Elenin” devia aproximar-se ao máximo da Terra – a
distância entre os dois corpos celestes seria de 0,23 unidades astronómicas,
isto é, 34,9 milhões de quilómetros. Foi isso que deu origem à febre
apocalíptica. Afirmava-se que em 2012 por causa disso
no nosso planeta devia ocorrer uma catástrofe global. O astrónomo argentino
Sergio Toscano chegou a ameaçar o mundo com uma invasão de extraterrestres
afirmando que o cometa era na realidade uma nave dos extraterrestres e não um
corpo celeste. Leonid Elenin, que tinha descoberto este cometa em
2010, chamava estas idéias delirantes e agora está satisfeito com o fim de todo
este alarme anticientífico.
Está claro já agora que esta não era uma nave extraterrestre. Mesmo muitos
adeptos da ufologia compreenderam que o cometa tinha se desmoronado e que os
cientistas tinham razão. Ele não acarretou nenhuma catástrofe, os pólos da Terra
não mudaram de posição, o cometa não chocou de encontro à Terra nem trouxe
extraterrestres.
Leonid Elenin aponta que algo semelhante já acontecera em 1997, quando o
mundo aguardava a vinda de naves espaciais que chegariam à Terra atrás do cometa
Hale-Bopp. Mas este corpo celeste passou bem longe do nosso planeta, sem
nenhuma conseqüência para a humanidade. Aliás, o cientista afirmava que se o
cometa que ele tinha descoberto colidisse com a Terra, a catástrofe seria
inevitável. Mas os astrónomos conheciam bem a órbita do cometa “Elenin” e todos
sabiam que ele iria passar a uma distância de quase 35 milhões de quilómetros do
nosso planeta, o que supera 90 vezes a distância entre a Terra e a Lua. Depois
de passar o periélio, isto é, o ponto da órbita mais próximo do Sol, o cometa
não apareceu mais nas fotografias do observatório cósmico solar SOHO. Ainda
antes disso, astrónomos-amadores da Austrália constataram a diminuição brusca do
seu brilho. Estes eventos fizeram os especialistas falar de sua “morte
prematura”. “É evidente que o papel fatal no destino deste hóspede celeste foi
desempenhado pela proximidade do Sol”, – explicou Leonid Elenin.
Historicamente, os cometas têm sido considerados percursores de cataclismos, mas
nós não vivemos no século XVII ou XVIII, estamos, sim, no século XXI, por isso
está na hora de renunciar à concepção medieval dos cometas e compreender que
eles não são de maneira nenhuma portadores de maus presságios.
<http://portuguese.ruvr.ru/2011/10/11/58533012.html>
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