Fé católica continua em
declínio no Brasil e evangélicos crescem 13,3% em sete anos, diz FGV
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Publicada em 23/08/2011
Bruno Góes
RIO - A fé católica continua em declínio no Brasil. Em 2009, segundo o "Novo
Mapa das Religiões", divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV), o país possuía a menor proporção de católicos entre as demais
religiões em comparação com décadas anteriores. A diminuição, desde a década
de 90, é acentuada, embora os brasileiros católicos ainda sejam maioria: em
1991, 83,34% da população era católica; em 2000, 73,89%; e, em 2009, 68,43%
das pessoas foram identificadas como católicas. O inverso ocorreu com as
religiões evangélicas: só entre 2003 e 2009, a população dessas religiões
cresceu 13,13%. A população de evangélicos representa, em 2009, 20,23% da
população.
O estudo da FGV também mostra que cresce o número de pessoas que não possuem
religião - de 5,13% para 6,72% no mesmo período, entre 2003 e 2009. As
mulheres são hoje, como sempre foram no Brasil e no mundo, mais religiosas
do que os homens: 5% delas não possuem crença, contra 8,52% deles.
De acordo com o mapa, os estados mais católicos são os da Região Nordeste,
com 74,9% de sua população. No estado fluminense, que sediará a Jornada
Mundial da Juventude, com a presença do Papa Bento XVI em 2013, menos da
metade da população se diz católica (49,83%). O Rio de Janeiro ainda é a
segunda unidade da federação no ranking dos mais descrentes - tem 15,95% da
população sem religião. O Piauí é o primeiro colocado. O estado do Rio é
recordista em religiões espíritas (3,37%), afro-brasileiras (1,61%) e
segundo nas religiões orientais (0,69%), perdendo apenas para São Paulo
(0,78%). O estado com maior proporção de evangélicos pentecostais é o Acre
(24,18%).
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/08/23/fe-catolica-continua-em-declinio-no-brasil-evangelicos-crescem-13-3-em-sete-anos-diz-fgv-925184686.asp
Enquanto
católicos diminuem e os evangélicos aumentam em 13,13%,
os não religiosos
aumentam em 30,99%. Isso vai de encontro àquela previsão de que em
2020 metade da população
brasileira seria evangélica.