NOSSA RIQUEZA MINERAL EM RISCO
O texto abaixo foi um aviso sobre onde os tucanos queriam
meter o bico. Mas, livre dos tucanos, a situação não ficou muito melhor,
apenas menos mal.
"DILMA,
a defesa de nossa soberania.
SERRA, a entrega de nossa soberania.
Todo mundo com quem
converso conhece a baixaria de uma campanha ofensiva, caluniosa contra Dilma,
pela Internet e outros meios de comunicação.
O que está por detrás de
toda essa baixaria?? Simples: o domínio do Petróleo do Pré-sal.
Serra e o PSDB estão sendo os fiéis escudeiros dos interesses de empresas
imperialistas que querem por as mãos no nosso Petróleo do Pré-Sal.
Esta imensa riqueza, que
está no NOSSO SUBSOLO, é objeto de enorme cobiça dos, grandes trustes
petrolíferos. A Petrobras descobriu o Pré-Sal a 5 anos. É uma
mega reserva de Petróleo que se estende do Espírito Santo até Santa
Catarina e a 300 km distante da costa. Encontra-se a uma
profundidade média de
7 kilômetros. A
qualidade
do óleo é de densidade de 28,5° API, baixa acidez e baixo teor de enxofre, isto
são características de um óleo de alta qualidade e um ótimo preço no mercado
petrolífero.
FONTE -
Elisangela Monteiro
em
Notícia
Para
essa magnitude já está sendo criada uma infra-estrutura para este
trabalho.
A Petrobras é a única
empresa
mundial especializada em exploração de petróleo em águas profundas. Com isso, já
foram encomendadas duas plataformas P-55 e P-57 e outros equipamentos, 146
embarcações, para serem construídos em estaleiros no Brasil. Cerca de 70% a 80%
da infra-estrutura é feita aqui no Brasil, gerando empregos em estaleiros. A
geração de empregos diretos: cada embarcação terá a capacidade de gerar 500
novos empregos e 3.800
vagas
para tripulantes para operar a nova frota.
É por isso que é
importante que estas reservas de Petróleo, uma mega reserva, fiquem nas mãos dos
brasileiros e não sejam vendidas, (como fez o ex-presidente FHC com a Vale do
Rio Doce), e que José Serra quer fazer, dando continuidade à política de FHC, do
PSDB de privatizações, verdadeiros vendilhões da pátria, vendendo a Petrobrás.
O
pré-sal é a maior descoberta de petróleo das últimas décadas em todo o mundo. O
campo de Tupi, sozinho pode ter 10 poços funcionando até meados da próxima
década. Em 2015 a Petrobrás prevê que será possível extrair cerca de 500 mil
barris/dia. Até 2020, os vários poços do pré-sal poderão produzir entre 1,5 e 2
milhões de barris/dia, ou seja, o mesmo volume que o Brasil extrai atualmente
sem o pré-sal. A
Petrobras trabalha em sintonia com uma rede de universidades que contribuem para
a formação de um sólido conhecimento tecnológico nacional.
Dezenas de milhares de
novos empregos diretos já foram criados na indústria naval, que irá abastecer a
Petrobrás e as outras empresas petrolíferas que atuam no país com plataformas,
navios-sonda, máquinas, equipamentos e dutos. Também estão sendo criados outros
milhares de empregos na área petroquímica, inicialmente ligados à construção das
novas refinarias da Petrobrás. Em breve estas novas refinarias entrarão em
funcionamento e irão contratar outros milhares. A Petrobrás tem exigido altas
porcentagens de conteúdo nacional em suas aquisições de navios, plataformas e
equipamentos, garantindo a geração de empregos diretos e indiretos em todas as
cadeias produtivas ligadas à indústria naval e petroquímica. Isto inclui, desde
a fabricação de aço em siderúrgicas, na indústria metal-mecânica, passando por
fábricas de máquinas e equipamentos, até as indústrias de equipamentos
eletrônicos e sistemas de comunicação.
Mas, é muito relevante a discussão sobre a nova lei do petróleo ou novo marco
regulatório, o novo modelo de exploração petrolífera, que deve aumentar a renda
petrolífera (na forma de royalties ou partilha) e o uso final destes
rendimentos.
Talvez este seja o debate
político mais importante que o Brasil viveu nos últimos anos, pois irá definir
qual será o grau de controle que o país terá sobre seu próprio patrimônio
geológico, como irá usar essa riqueza e qual a política industrial para os
setores relacionados. Você não pode ficar de fora deste debate !!!!!!!
Veja, agora, o que aconteceu
com a nossa empresa estatal, a Vale do Rio Doce, que hoje mudou seu nome para
Vale, vendida por Fernando Henrique Cardoso, do mesmo partido de Serra, o PSDB,
e que pretende continuar essa mesma política de privatizações.
Venda da
Vale: um golpe
As reservas
minerais da Vale foram avaliadas abaixo de seu valor real; outras sequer
foram computadas, assim como a infra-estrutura ferroviária e portuária; e o
preço da venda mal atinge dois meses do lucro que a empresa tem
hoje. Em 8 de maio de 1995, a Vale informou
que suas reservas lavráveis de minério de ferro no Sistema Sul (grosso modo,
Minas Gerais) contabilizavam 7,918 bilhões de toneladas. Só que, na hora de
fazer o edital da venda, em 1997, constavam menos sete vezes esse montante,
aproximadamente,
1,4 bilhão de toneladas.
No Sistema Norte (Serra de
Carajás, no Pará), a operação efetuada foi semelhante: em 1995, as reservas de
minério de ferro totalizavam 4,97 bilhões de toneladas. Já no edital de
privatização: 1,4 bilhão de
toneladas.
Outras reservas nem foram consideradas. De acordo com uma pesquisa da
Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (Coppe- UFRJ), ficaram de fora as reservas de titânio,
calcário, dolomita, fosfato, estanho, cassiterita, granito, zinco, grafita e
nióbio.
E não foram
apenas minérios que foram “esquecidos” na privatização.
Ficaram de fora as
contas de 54 empresas em que a Vale operava diretamente, como coligada
ou controladora. Dentre elas estão a Açominas, a Companhia Siderúrgica Nacional,
a Usiminas e a Companhia Siderúrgica de Tubarão. Duas ferrovias (a Belo
Horizonte-Espírito Santo e a Carajás-São Luiz, totalizando 9 mil quilômetros de
extensão) e terminais portuários ficaram de fora do valor que foi a
leilão, assim como o capital tecnológico e intelectual da Docegeo (uma empresa
de exploração mineral). A privatização inclusive atenta
contra a Constituição Federal. Reservas de urânio (matéria-prima para a
energia e armas nucleares) são de propriedade exclusiva da União e não
poderiam ter sido vendidas. Já a exploração mineral na faixa de fronteira
não pode ser realizada sem uma aprovação do Congresso Nacional – que não
ocorreu.
A
venda da
Vale também compromete a soberania do Brasil ao transferir para acionistas
estrangeiros 26 milhões de hectares de terra.
De acordo com o Código Penal
Militar, é proibido a não-brasileiros possuir mais de dois mil hectares de
terra, sem a aprovação do Senado e das Forças Armadas, o que também
não aconteceu.
Ironicamente, não há ninguém melhor para resumir as falcatruas que envolveram a
privatização da Vale do que Fábio Barbosa, diretor executivo de finanças da
Companhia. Em março de 2005, ele foi à imprensa comemorar um feito: a Vale se
tornava a maior empresa da América Latina, com um patrimônio estimado em 40
bilhões de dólares (R$
75 bilhões).
Essa quantia é 12 vezes mais
do que o arrecadado pela venda, em dólares, e 23 vezes superior quando tomamos o
valor da privatização em reais.
À época, a União arrecadou R$ 3,3 bilhões
(era a mesma quantia em dólares, já que as moedas se equivaliam em 1997).
Segundo o artifício empregado pelo governo, todo o restante do patrimônio
(incalculável – estudos independentes estimam que possa chegar a R$ 1 trilhão,
valor semelhante a toda a dívida pública brasileira) ficou de fora.
As
mentiras da privatização
A nação
brasileira passou 55 anos construindo o patrimônio da Companhia Vale do Rio Doce
(CVRD). Foi então que, em 1997, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do
mesmo PSDB de Serra, resolveu atender, mais uma vez, às exigências do capital e
vender a Vale.
A cúpula
tucana tinha na ponta da língua uma justificativa baseada naquilo que veio a ser
um programa de governo: as privatizações como política fiscal.
Qual era o raciocínio? A dívida pública do Brasil – interna e externa – estava
muito elevada e isso reduzia a capacidade de o Estado investir. Logo, disseram
os tucanos, a solução era leiloar as estatais e, com a verba arrecadada,
amortizar algumas parcelas dessa dívida. Além disso,
dizia o governo FHC, essas
empresas eram muito onerosas para o Estado. O discurso era, mais ou menos,
assim: se as vendermos, terão uma gestão mais eficiente – a qual só pode ser
feita sob o comando privado – e, assim, vamos reduzir gastos e, conseqüentemente,
impostos.
No
entanto, em que pese a ingenuidade de acreditar nessas palavras, a distância
entre a fantasia do discurso e a frieza dos números se mostrou um abismo. O
Programa Nacional de Desestatização (PND), durante o governo FHC, conseguiu
vender 70% das estatais brasileiras e arrecadou aproximadamente R$ 60 bilhões.
Esse valor correspondia a mais da metade da dívida pública interna no início do
governo de Fernando Henrique, R$ 108 bilhões. Mas,
ao final do segundo mandato tucano, o dinheiro arrecadado com os leilões não
passava de um décimo da dívida interna, a qual disparou para R$ 687 bilhões.
Com o endividamento externo, a situação foi parecida. De
148,2 bilhões de dólares em 1995, a dívida passou a ser de
227,6 bilhões de dólares em 2002.
Justiça pode
anular leilão - A grande quantidade de irregularidades da privatização da
Vale do Rio Doce despertou uma forte reação da sociedade. Antonio Carlos
Spis, que era da direção da Federação Única dos Petroleiros (FUP), recorda o dia
da privatização. “Conseguimos uma liminar impedindo a realização do leilão,
enquanto as bombas já eram remetidas contra os manifestantes. Só que, na hora de
entregá-la ao juiz de plantão, nossos advogados não conseguiram encontrá-lo.
Houve tanta malandragem que o próprio Judiciário participou da quadrilha que
entregou a Vale. O juiz só apareceu depois do leilão”, protesta.
No entanto,
além das ações judiciais que tentavam impedir a realização do leilão, outras 104
questionam a privatização. Pode parecer algo distante, mas a possibilidade
jurídica de anular o leilão é real. Dessas 104, o Judiciário reabriu, em
2005, 69. A decisão veio do Tribunal Regional da Primeira Região, em Brasília
(TRF-1), que considerou que haviam sido julgadas sem mérito essas 69 ações
populares questionando o edital do leilão e a venda da Vale.
Fonte:
Luís Brasilino, Brasil de Fato Especial
Estamos
vivendo hoje uma oportunidade Histórica de vencermos a dominação externa,
vencermos o imperialismo. Para isso, o primeiro passo é elegermos Dilma e em
conseqüência, derrotar Serra e seu partido entreguista, o PSDB. O segundo passo
é não nos acomodarmos e continuarmos a luta em defesa da Pátria, fiscalizando
para que sejam aplicados os recursos do nosso Petróleo nos programas
anunciados. Um terceiro passo é continuar a luta para recuperarmos a Vale do Rio
Doce, hoje apenas Vale. Ela foi vendida num processo nebuloso. Sua recuperação
só depende da organização, da mobilização e do grau de conscientização do povo
brasileiro.
GARANTIR A
PETROBRÁS E RECUPERAR A VALE DO RIO DOCE.
(Marlene Soccas, cirurgiã-dentista, historiadora.
Criciuma, SC,
20/10/2010)
Embora, se eleito Serra as coisas estariam piores, Dilma
não satisfez essas expectativas. A Vale continua
perdida e o pré-sal, que simplesmente deveria ser
explorado pela nossa empresa pública, foi leiloado, a
Petrobrás pagou para ficar com uma grande parte, mas uma
boa parcela foi vendida a baixo custo para empresas
estrangeiras. E parece que as coisas continuarão
assim e não haverá ninguém que, ao chegar à cúpula do
governo, queira defender as nossas riquezas.
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