|
|
|
|
O NÚMERO DA BESTA SEGUNDO UM PASTOR EVANGÉLICO ATUAL
Depois de tantas tentativas frustradas de
definir a besta do apocalipse, hoje já há quem, em cima
dos enganos do passado, consegue perpetuar a ilusão de
uma futura besta do apocalipse. Ver antigo abaixo:
"Uma análise crítica das
interpretações
Publicado em :
Quinta, 09/08/2007
“Aqui há sabedoria. Aquele que tem
entendimento, calcule o número da besta; porque é o
número de um homem, e o seu número é seiscentos e
sessenta e seis.” (Apocalipse 13.18)
As pessoas esperavam o fim do mundo em 1666, que seria a
soma do fim dos mil anos (quando então Satanás seria
solto conforme Apocalipse 20.3), com o terrível número
da besta. Mas para decepção dos prognosticadores de
plantão, o fim não veio. Entretanto, para quem pensa que
a superstição e especulação em torno do 666 ficaram
restritas à Idade Média está muito enganado. Estes
algarismos apocalípticos continuam em alta,
principalmente nos meios religiosos. E, diga-se de
passagem, que não só as seitas protestantes, mas até
mesmo católicos, arriscam um palpite cabalístico em cima
deste misterioso número, como podemos ver no livro do
padre Léo Persch. A interpretação vem de uma tal Vassula,
vidente católica, que diz receber visões e orientações
de Jesus e Maria a respeito do fim dos tempos. Numa
dessas interpretações ela associa o anticristo com a
maçonaria:
“Com a inteligência iluminada pela luz divina
consegue-se decifrar o número 666 o nome de um homem, e
esse nome, indicado por tal número é o anticristo. [...]
O número 666 indicado três vezes , isto é, multiplicado
por três, exprime o ano de 1998. Nesse período
histórico, a franco-maçonaria, aliada com a maçonaria
eclesiástica, conseguirá o seu grande intento...” [1]
Contudo, a fama do 666 extrapolou os limites da religião
e foi parar na boca dos profanos. “The Number of the
Beast” é a faixa musical do grupo Iron Maiden. Uma
música com letras satânicas. A propósito, este é o
número preferido dos satanistas e virou até nome de
revista em Marselha/França. [2]
Sem dúvida, ultimamente, há muito barulho não só em
torno deste número como também do nome “besta”, que no
Brasil ganhou fama com um automóvel, a van, Besta,
fabricada por uma montadora coreana. Já em Bruxelas um
computador gigantesco foi batizado com o mesmo nome. [3]
Há alguns anos, a popularização do código de barras fez
brilhar o imaginário religioso. Começou a divulgar nos
meios cristãos que este código trazia nas extremidades e
no meio de modo oculto o número 666, o qual seria
marcado na mão direita dos consumidores. [4] Contudo,
isto já é coisa do passado, foi abandonado de vez, agora
a coqueluche do momento é o chamado “bio-microchip”.
Criado pelo Dr. Carl Sanders, é atualmente produzido por
várias empresas inclusive a Motorola para o Mondex
SmartCard.
Certos periódicos afirmaram que os cientistas que
trabalharam neste projeto descobriram que o melhor lugar
do corpo humano para ser implantado o tal “chip” é na
testa e na mão direita. [5] Seria essa a marca da besta
ou mais um boato sensacionalista? Seja como for, o caso
é que esta notícia já está causando pânico em alguns
meios evangélicos. [6]
De fato muita contra-informação pode ser encontrada,
especialmente na internet sobre este assunto.[7]
Apocalipse 13, tem trabalhado com o imaginário de
cristãos e não cristãos desde a época pós-apostólica.
Muito se tem escrito sobre isso, sem contudo, haver
consenso. Este trecho foi assunto nos escritos de alguns
vultos da patrística, mereceu atenção no pensamento dos
reformadores e chegou até ao nosso turbulento século XIX
com força total.
O caso é que para muitos isso está se transformando numa
verdadeira esquizofrenia escatológica. Até mesmo o
próprio versículo que traz o número, dizem esconder o
666, isto é, 18 = 3 x 6 (6+6+6=18) . [8]
COISAS DO ORIENTE
É notório a todos que literaturas orientais,
principalmente as antigas, quando vertidas para o
ocidente, tende a apresentar não só dificuldades
lingüísticas. [9] Isso porque, quando lemos tais livros
não estamos apenas lendo simples caracteres, mas
absorvendo também seus costumes, crenças, filosofias,
enfim, toda uma bagagem cultural diferente e estranha a
nós ocidentais. E se tratando de matéria religiosa, a
coisa tende a complicar ainda mais. A Bíblia, o livro
dos cristãos, é uma literatura também oriental com uma
riquíssima linguagem: simbólica, poética e cultural, não
fazendo exceção à regra.
Não obstante, há de se esclarecer, que a Bíblia enquanto
mensagem de salvação, no essencial, é de fácil
compreensão, ou parafraseando Isaías, “até mesmo os
loucos não poderão errar esse caminho” (Isaías 35.8), o
qual é Jesus Cristo (João 14.6).
Mas à parte da mensagem essencial, ou Evangelho, existem
as exceções que se encontram no livro sacro. Essas são
passagens não tão claras, que por vezes envolvem o
conhecimento do contexto sócio-cultural e religioso da
época para uma real compreensão. Quando não, são
passagens no campo das profecias a serem ainda cumpridas
num futuro próximo. Quanto a esta última, não raro
poucas passagens merecem tanta atenção quanto Apocalipse
13.16-18, quando o assunto é especulação.
ESPECULAÇÕES ESCATOLÓGICAS
Os intérpretes que se aventuram a decifrar o número e o
nome da besta geralmente procuram se basear em grandes
personagens da história mundial para impingir o
famigerado título bestial.
As interpretações, como não poderiam deixar de ser, são
as mais variadas possíveis assim como os métodos
utilizados para decifrar o enigma apocalíptico.
No afã de se conseguir tal intento às vezes, os
pressupostos empregados forçam tais intérpretes (até
mesmo os mais cautelosos) a sair fora do eixo bíblico,
tornando suas interpretações um verdadeiro malabarismo,
destituídas de qualquer análise contextual mais lata. Os
princípios fundamentais da boa exegese bíblica são
deixados de lado em detrimento de interpretações
forçadas oriundas de uma mentalidade pré-conceituosa. A
história mundial é forçada ao máximo, para não dizer
adulterada, a fim de se encaixar em pressupostos
doutrinários.
A MATEMÁTICA COMO FERRAMENTA
Os estudiosos em geral entendem que João estava usando a
gematria, um sistema criptográfico (ato de em escrever
em cifra ou em código) que consiste em atribuir valores
numéricos às letras.
É sabido que o latim, o grego e o hebraico usavam letras
em lugar de algarismos. Assim as letras funcionavam como
números. Troca-se as letras pelos números e consegue-se
chegar ao famigerado 666.
Na época de João este era um método vulgar. Foi
descoberto pela arqueologia o nome de moças em valores
numéricos. Na cidade de Pompéia sobre um muro aparece
uma inscrição: "Phílo hes arithmós phme", (amo aquela
cujo número é phme, onde ph=500 + m = 40 + e = 5, total
= 545)."Eu amo aquela cujo nome é 545”. Tanto, pagãos
como judeus e cristãos usavam o simbolismo numérico. Os
“Oráculos Sibilinos” do século II d.C., apontava o valor
do nome de Cristo que daria 888. Já os gregos invocavam
o deus Júpiter cujo número do nome era 717. Os gnósticos
viam no número 365 algo de místico, pois transferidos
para o alfabeto grego traduzia a palavra “Abrasaks”.
[10]
Por seu turno Clemente e Orígenes jogavam com o
significado do número 318 que seria a abreviação do nome
de Cristo - IHT. [11]
A BESTA NOS ESCRITOS CRISTÃOS PRIMITIVOS
Parece que o primeiro escritor cristão a tentar decifrar
a besta do apocalipse usando este método foi Ireneu em
sua obra "Adv. Haer. V, 30,3". Ele sugeriu vários nomes
dentre os quais Lateinos (Latino) e Teitan (Titã). A
transliteração destes nomes somados dá o valor 666.
Também o nome “Neron Caesar” (César Nero) em grego
vertido para o hebraico dá 666:
N V R N R S Q
50 + 6 + 200 + 50 + 200 + 60 + 100 = 666
Em forma latina (tirando-se o “n”) o número varia para
616. Parece que esta era a interpretação mais
convincente para os cristãos primitivos. Tanto é que
dois pequenos manuscritos do Apocalipse, que hoje já não
mais existem, trazia 616 ao invés de 666. [12]
Com a chegada da Reforma protestante, alguns
reformadores viam no papa, a figura do anticristo, a
besta do Apocalipse. [13] A propósito a palavra Italika
Ekklesia daria o número 666. O que faziam muitos pensar
que a besta sairia dessa igreja. Lutero chegou a
conjecturar “São seiscentos e sessenta e seis anos; é o
tempo que já dura o papado secular”. [14] Ainda outros
nomes como Signal da Crvx, Latinvs Rex Sacerdos e
Ioannes Pavlvs Secvndo também dão 666.
Em seu livro “Guerra e Paz” , Leon Tolstoi especula em
torno da idéia de Napoleão ser a besta com o número 666.
[15] O teólogo Petrelli aplicou esse número a Joseph
Smith. Diocleciano, Lutero, Calvino, Hitler e outros
foram igualmente vítimas dos matemáticos do Apocalipse.
O último grande nome cogitado para engrossar essa lista
foi o senhor Bill Gates, dono da Microsoft, que segundo
dizem também daria 666. [16]
O NÚMERO DA BESTA NA VISÃO DAS SEITAS
Como já dissemos, a Bíblia de fato possui alguns pontos
obscuros. As seitas aproveitam essa “dificuldade”,
usando justamente essas passagens para extrair delas
novas revelações, até então desconhecidas para o mundo.
As seitas alimentam esta utopia teológica baseadas na
suposição de que Deus esteja através delas revelando
“mistérios” para os tempos do fim. Isso é sintomático
entre esses movimentos. Essa patologia teológica
incurável em algumas seitas tem feito especulações
absurdas em torno do número 666. Vejamos algumas:
1. Adventistas do Sétimo Dia
“O Papa é a Besta”:
Para os adventistas o Papa é inquestionavelmente o
anticristo. Embora não se possa achar nada de concreto
nos escritos de Ellen G. White [17] sobre este cálculo,
alguns pioneiros adventistas como Uriah Smith, em seu
livro “As profecias do Apocalipse”, já trazia o cálculo
do número 666 aplicando-o ao papa. [18]
Fazem isso partindo da premissa de que o papa mudou a
lei de Deus, principalmente o quarto mandamento, então
chegam a conclusão que ele deve ser o anticristo
conforme fala Daniel 7.25.
Para confirmar tal fato era preciso forjar uma ligação
de seu nome com o número 666.
Como não conseguiram o resultado usando o nome de nenhum
papa, inventaram um título latino que supostamente o
papa usaria em sua Tiara, o “VICARIUS FILII DEI”
(Vigário do Filho de Deus). Daí a famosa sominha que
passou a fazer parte da teologia adventista até hoje:
V I C A R I V S F I L I I D E I
5 + 1 + 100+1+5+ 1+50+1+1 + 500+ 1= 666
Acontece, porém, que esta soma enfrenta algumas
dificuldades insuperáveis:
A primeira delas é que a soma correta não dá 666, mas
664. Veja o computo correto:
5+1+100+ IV + 1+50+1+1 + 500+ 1= 664 IV é = 4 e não O 5,
COMO XL é = 40 e não 60
A segunda questão é que isto não é o “nome de um homem”,
mas o título de uma suposta função que aquele líder
católico exerce.
Outrossim, temos que levar em consideração que não se
pode provar que tal título existia de fato na Tiara
papal. E ao que tudo indica, nem mesmo este corresponde
ao nome correto do título, o qual seria corretamente
chamado de “Vigário de Cristo”.
Outra, o Apocalípse foi escrito em grego e não em latim,
conseqüentemente o cálculo deveria ser feito por estas
letras. É temeroso acreditar que os os destinatários de
João conhecessem o latim já que este era um idioma usado
apenas nos territórios do Ocidente Europeu.
Demais disso, pode-se até usando este mesmo cálculo,
encaixar a profetisa dos adventistas nele:
E L L E N G O U L D W H I T E
50+50+ 5+50+500 5+5 + 1 = 666 – o número da besta.
Onde “w” é = v,v = 5,5 (tanto é que no nome “Walter” o
“W” é lido com som de “V”)
Diante disso, atualmente, muitos teólogos adventistas já
não mais associam o número da besta com o título papal.
[19]
2. Testemunhas de Jeová
“A Besta é sistema político do mundo”:
Depois de mudarem diversas vezes suas doutrinas a
respeito do Apocalipse, as Testemunhas de Jeová chegaram
a conclusão no livro “Revelação – seu grande clímax está
próximo” [20] que a besta seria apenas o mundo em sua
forma organizada politicamente, sendo a ONU a imagem da
besta. Dizem: “Assim, como seis é inferior a sete, assim
666 – seis em três estágios – é um nome apropriado para
o gigantesco sistema político do mundo.”
É claro que esta interpretação é descabida e vai contra
o próprio texto que diz que é o “nome de homem” e não de
um sistema político. É um interpretação sem pé nem
cabeça!
O que muitos não sabem é que hoje a ONU já não é mais
vista como a imagem da besta. Essa mudança ocorreu
porque a “Sociedade Torre de Vigia”, tentou se filiar a
ONU. É a velha tática da seita de mudar constantemente
sua doutrina! [21]
3. “Movimento do Nome Sagrado”
“O nome Jesus é a Besta”
A principal preocupação deste movimento é com o homônimo
escrito e oral do nome sagrado: Yahweh para Deus e,
Yahshua para Jesus. Desta ênfase deriva o nome deste
Movimento, cujos representantes principais aqui no
Brasil são conhecidos como “Testemunhas de Yehoshua”.
Como a seita detesta o nome Jesus, resolveram encontrar
o equivalente numérico para o nome fatídico da besta em
cima do nome do Filho de Deus. Demonstram isso da
seguinte maneira:
I E S U S C R I S T V S F I L I I D E I (Jesus Cristo
Filho de Deus)
1 + 5 + 100 + 1 + 5 + 1 + 50 + 2 + 500 + 1 = 666
Em primeiro lugar, gostaríamos de lembrar que IESVS
CRISTVS FILII DEI é IESVS CRISTVS + FILII DEI. Em
segundo lugar, IESVS CRISTVS sozinho equivale a 112. Em
terceiro lugar, FILII (genitivo masculino singular)
deveria ser FILIVS (nominativo masculino singular).
Assim sendo, teríamos:
F I L I V S D E I
1 + 50 + 1 + 5 + 500 + 1 = 558
I E S U S C R I S T V S = 112 + F I L I V S D E I = 558
= 670
670 é diferente de 666
Percebemos, portanto, a necessidade da presença de
títulos ou apostos – sem contar com a presença de FILII,
ao invés da forma correta FILIVS – para se chegar ao
número 666. [22]
Outrossim, o restante da expressão “Filho de Deus” não
faz parte do nome, mas é um título.
Outros, no entanto, levados por uma obstinação mórbida,
preferem usar apenas o nome “Jesus” e transliterá-lo em
caracteres hebraicos, fazendo valer 666.
Esse foi o artifício exposto por outra variante deste
movimento conhecidos como "Comunidade Judaica
Messianitas":
J não há essa letra em hebraico = -
E não há valor numérico em hebraico = -
S vale 60 – 0 = 6
U vale 6 = 6
S vale 60 – 0 = 6 [23]
Não é necessário ser teólogo para perceber que os erros
e as interpretações forçadas neste cálculo estão às
escâncaras. Primeiro, porque a soma destes números daria
126 e não 666. Segundo, porque ele faz arbitrariamente
60 valer 6 e depois usa uma palavra portuguesa
transformando-a em numerais hebraicos. Isso é
simplesmente ridículo!
QUEM É A BESTA AFINAL?
Há comentaristas que acreditam que a figura de Nero
preenche perfeitamente o cumprimento da profecia. [24]
Contudo, o Apocalipse é uma revelação para o futuro. O
alcance dos eventos descritos ali terão um cumprimento
bem mais amplo do que qualquer um já visto na história.
Neste caso, acredito que Nero, pode ser visto apenas
como mais um tipo do anticristo e não o próprio
anticristo.
Por outro lado há os que enxergam neste número apenas um
simbolismo da imperfeição humana. O número da besta não
é só número de homem, ou seja, do homem terreno em
contraste com o divino, mas também significa a
imperfeição e rebelião contra Deus. Satanás sempre quis
imitar a Deus. Como o número de Deus é sete, o número da
perfeição, o inimigo de Deus também terá seu número.
Enquanto Deus marca nas testas de seus servos o seu
nome, a Besta deixará sua marca naqueles que a servirão.
Significando que o anticristo procurará chegar a
perfeição, mas sempre ficará aquém dela.
Mas o que essa sabedoria e esse conhecimento permitem
que os crentes façam? A passagem diz que podemos
"calcular". Calcular o quê? Podemos calcular o número da
besta.
O principal propósito de alertar os crentes sobre a
marca é permitir que eles saibam que, quando em forma de
número, o "nome" da besta será 666. Assim, os crentes
que estiverem passando pela Tribulação, quando lhes for
sugerido que recebam o número 666 na fronte ou na mão
direita, deverão rejeitá-lo, mesmo que isso signifique a
morte. Outra conclusão que podemos tirar é que qualquer
marca ou dispositivo oferecido antes dessa época não é a
marca da besta que deve ser evitada. Todos saberão e
aderirão conscientemente a ela, enquanto outros a
rejeitarão e sofrerão as conseqüências por isso.[25]
O que o nome e o número da besta significam será
conhecido dos santos que estiverem na terra na época em
que a besta estiver aqui em pessoa. De uma coisa
temos certeza: mingúem na terra atualmente tem sabedoria
suficiente para compreender o número da besta. [26]
CONCLUSÃO
Admito que no momento é impossível averiguar a
identidade deste diabólico personagem, pelos motivos já
expostos.
Quanto às interpretações acima mencionadas é
praticamente inútil, tentar abordar, ainda que por alto,
todos os aspectos ou analisar-lhes as contradições.
Todos os cálculos que se fez até agora mostraram-se
falhos. Isto porque, com um pouco de criatividade, é
fácil impingir o número da besta em qualquer um. Se não
funciona com letras hebraicas, troca-se por latinas ou
gregas. Acrescenta-se e tira-se títulos. Existem vários
modos de se obter o número. Principalmente quando usamos
líderes mundiais que mormente possuem vários títulos.
[27] Mas até mesmo usado num "João da Silva" este número
pode se encaixar. Os vários recursos disponíveis tornam
as chances bastante altas. É o malabarismo do
estica-encolhe exegético afim de forçar o número 666 se
encaixar no personagem de sua escolha. O vale tudo em
nome do fanatismo!
Isto posto, repudiamos tal irresponsável teologia
escatológica especulativa que serve mais para confundir,
do que para elucidar a questão.
--------------------------------------------------------------------------------
Notas bibliográficas
[1] Persch, Léo. A Segunda Vinda de Jesus. Campinas: Ed.
Raboni, 1995, p. 155.
[2] Malgo, Wim. Terá Chegado o Fim de Todas as Coisas?
Porto Alegre – RS: Obra Missionária Chamada da
meia-Noite, p. 35.
[3] Para saber mais sobre o uso deste número em nosso
século ver “O Controle Total – 666”, Wim Malgo, “Obra
Missionária Chamada da Meia-Noite” – Porto Alegre-RS.
A Kia Motors do Brasil é, desde maio de 1992,
representante oficial da montadora sul-coreana no país.
No site oficial http://www.kia.com.br/empresa.php
encontramos a frase: "O sucesso foi tão expressivo que,
ainda hoje, dez anos após o seu lançamento, a Besta
ainda é sinônimo de van no mercado brasileiro."
[4] Para ver uma defesa do próprio inventor do código de
barras George J. Laurer, contra esta neurose religiosa
acesse o site na sessão de perguntas e repostas http://www.laurerupc.com/.
Obs: Há alguns anos houve um verdadeiro pandemônio entre
Milhares de sacerdotes, monges e fiéis cristãos
ortodoxos russos que recusavam-se a aceitar os novos
números do cadastro de contribuintes (equivalente ao
CPF) dados pelo governo, afirmando que o código de
barras no formulário continha a marca da besta.
[5] Revista Adonay, sob o título “A Marca da Besta”. Ano
4 – nº 23 –julho e agosto de 2000, pp. 26-29.
[6] O site http://www.relatorioalfa.com.br/, garante que
empresa americana está pronta para marcar 75 mil
brasileiros com um micro chip transmissor.
[7] Muitas coisas já foram identificadas com o
famigerado 666. Exemplos foram extraídos do código da
internet WWW, onde convertem o W em número romano VI=6;
VI VI VI = 6 6 6. O sinal da besta seria o computador,
na testa (com o monitor) e na mão (com o mouse). Também
encontraram o número na frase “Viva, Viva, Viva a
Sociedade Alternativa”, da música do ex-roqueiro Raul
Seixas, onde transformaram a sílaba VI em algarismo
romano V = 6. Então o VIva VIva VIva, virou 6 6 6. “
Marquei um X, um X, um X no seu coração” da cantora Xuxa
também se enquadraria na famosa continha. Segundo dizem
a letra X pronunciada em português seria XIS, lendo de
trás para frente vira SIX que em inglês é 6. Então SIX,SIX,SIX
= 666.
[8] Deve-se ter em mente que o original grego não trazia
a divisão em capítulos e versículos. A primeira Bíblia
que trouxe esta divisão foi a Vulgata em 1555.
[9] Exemplos deste tipo podemos encontrar no Corão
muçulmano e no Bhagavad Gita indiano.
[10] Champlin, R.N. O Novo Testamento Interpretado
Versículo por Versículo - vol. 6, São Paulo: Ed. Hagnos,
2002, pp. 560-562.
[11] Ele alegoriza os 318 servos de Abraão (9:8), ao se
referir a morte de Cristo na cruz, na base de que a
letra grega para 300 tem a forma de cruz e que os
numerais gregos para 18 são as duas primeiras letras do
nome de Jesus.
[12] Champlin, R.N. O Novo Testamento Interpretado
Versículo por Versículo - vol. 6, São Paulo: Ed. Hagnos,
2002, pp. 560-562.
Obs: Os manuscritos usados por Ireneu são conhecidos
como manuscrito C (Codex Ephraemi Rescriptus) do séc. V
d.C; e o itz do Séc. VIII d.C. Curiosamente o manuscrito
conhecido como itar do séc. IX d.C. trás o nº 646.
[13] Uma defesa ardorosa deste ponto de vista foi feita
pelo Dr. Aníbal Pereira dos Reis, em seu livro “O número
666 de Apocalipse 13.18” Ed. Caminho de Damasco.
[14] Citado em “Profetas e Prognósticos – visionários
otimistas e pessimistas de Delfos até o Clube de Roma”,
Helmut Swoboda, São Paulo: Ed. Melhoramentos, 1980,
p.70.
[15] Ibid., p.72.
[16] Outros nomes nesta lista : Constantino, Martinho
Lutero, reverendo Pat Robertson, reverendo Moon, Yasser
Arafat, Aiatolá Khomeini, Saddan Hussein, Kennedy,
Mussolini, Balaão, Ronald Reagan, César, Adonição em
hebraico, Calígula, rei Juan Carlos da Espanha, Ismet o
pai da Turquia moderna, imperador Frederico II da
Alemanha, rei George II da Inglaterra, Nikita Kruschev,
Napoleão, Joseph Stalin, Mussolini. Até mesmo o nome
Jesus de Nazaré" em hebraico (YRSN VSY) dá 666. Também a
própria "besta" em grego (= Thérion) escrita com letras
hebraicas (= TRYVN) soma 666.
Para uma defesa de Bill Gates veja o site http://www.dgol.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=1116.
[17] Alguns estudiosos adventistas afirmam que Ellen
White atribuiu o nº 666 não a besta, mas a sua imagem.
Para mais informações ver o livro "A Word to the Little
Flock". Extraído do site www.jovemadventista.com/religiao/666/666
[18] Op. Cit., Casa Publicadora Brasileira, 1991, p.
214.
[19] Para ver mais sobre esta omissão consultar 1) As
profecias do fim pág. 316-318 - Autor Hans K. La
Rondelle (Professor emérito de Teologia da Univ. de
Andrews)- Publicado pela ACES (1999); 2) Apocalipse:
suas revelações pág. 413-415 - Autor C. Mervyn Maxwell
(diretor do departamento de História Eclesiástica e
professor de História da igreja na universidade de
Andrews)- Publicado pela ACES (1991)
Curiosamente a lição da Escola Sabatina de 20 a
27/05/2000 que tratava sobre a famosa tríplice mensagem
angélica, omitiu que a besta do Apocalipse é o papa. Os
termos "falsos sistemas religiosos" e "falsos sistemas
de adoração" são utilizados para substituir os
costumeiros "Roma" e o "poder papal" tão marcantes no
livro "O Grande Conflito".
[20] Op. Cit., 1998, p. 196.
[21] Para mais informações http://www.geocities.com/osarsif/
[22] Revista Defesa da Fé, Edição Especial 2000, p. 278.
[23] Panfleto “666” de autoria de D. Mathyas Pynto,
líder de uma facção deste movimento. Cópias dos
originais nos arquivos do CACP..
[24] Para uma defesa desta tese ver “Comentário Bíblico
Pentecostal – Novo Testamento”, Rio de Janeiro: Ed. CPAD,
2003, pp. 1891-1893.
[25] Revista "Chamada da Meia-Noite, janeiro de 2004.
[26] Sr., Lockyer Herbert. Apocalípse: O Drama dos
Séculos. Miami, Flórida EUA: Ed. Vida, 1982, pp.
141-142.
[27] Veja este exemplo usando o nome do dono da
Microsoft, Bill Gates: Se você usar a chamada linguagem
ASCII que consiste em pressionar ALT+66, aparece a letra
B, Alt+73=I, Alt +76=L, Alt+76=L, Alt+71=G, Alt+65=A,
Alt+84=T, Alt+69=E e por fim Alt+83=S. Somando todos
estes números, obtem-se o número 663. Mas como isto não
se encaixa, lembraram que ele se chama Bill Gates III
(terceiro). Então 663+3=666. Fácil, não? Porém se
esqueceram que o nome dele não é Bill, mas William Gates
III.
Eis um exemplo típico de quase
todos os “caçadores de besta”: preferem ignorar os fatos
a abdicar de suas idéias preconcebidas.
(Presbitero da Igreja Evangélica
Assembléia de Deus, professor de religiões,
vice-presidente do CACP e escritor).
Dessa forma, consegue o pastor convencer
muita gente que ainda existirá essa besta, que, no
pensamento cristão primitivo era o império romano, que
não existe mais.
Ver QUEM
SERIA A BESTA DO APOCALIPSE.
Ver mais sobre
PREVISÃO DO FUTURO
|
..
|
. |
|
|