O PORQUÊ DO 25 DE DEZEMBRO
Um grande concílio foi realizado pela comunidade cristã no século V de nossa
Era, para decidir em que data fixar este controverso acontecimento. Decidiu-se
em fixar no dia 25 de dezembro, ou meia-noite do dia 24. Entretanto esta escolha
não foi feita ao acaso. Vejamos então o porquê:
Os Patriarcas e as superiores autoridades eclesiásticas, de quando em quando se
reuniam em concílios para discutir e estabelecer as tradições, os dogmas,
liturgias a serem seguidas pela teologia cristã, assim como suas doutrinas.
Não é por objetivo discutir os motivos os quais poderiam ter levado tais
autoridades eclesiásticas a vir a deixar de lado e omitir os elementos então
conhecidos das massas populares, bem como outros fatos, substituídos por
falsidades simbólicas. O fato é que a fim de aproveitar muitas das antigas
cerimônias místicas que os Patriarcas da Igreja copiaram dos templos do Egito e
das doutrinas e práticas essênias e da Grande Fraternidade Branca, tiveram que inventar certas passagens e princípios relacionados à
vida e obra de Jesus e adaptá-los às referidas cerimônias. Se fez necessário
então, para consolidar uma nova teologia e firmar algumas novas doutrinas,
ignorar e pôr de lado muitos dos fatos que tornariam suas decisões
inconsistentes.
O primeiro ponto a ser avaliado seria a contradição existente em um dos pontos
da crônica tradicional do nascimento de Jesus, onde é dito que ao nascer o
Menino, estavam os pastores guardando seus rebanhos no campo. Seria muito
improvável que os pastores a que a Bíblia se refere, estivessem no campo
cuidando de seus rebanhos no inverno. Nesta época do ano, afirmam os que
conheciam as condições da Palestina à época, os pastores não ficavam no campo
nem de dia nem de noite, e que este incidente foi introduzido à crônica de Seu
nascimento, quando era comumente aceita a versão de que Jesus viera ao mundo em
abril ou maio. Por que então a escolha desta data?
O que os Patriarcas levaram em conta ao escolherem esta data, foi o conhecimento
que através dos séculos precedentes, todos os Grandes Mestres ou Grandes Avatares nascidos de virgens (Jesus, como demonstrarei a seguir, não foi o
primeiro nem o único) e que eram Filhos de Deus e considerados Salvadores ou
Redentores, haviam nascido ou a 25 de dezembro, ou em data próxima.
Na Índia, este período já era comemorado muitos e muitos séculos antes da Era
Cristã, na forma de um festival religioso, durante o qual o povo ornamentava
suas casas com flores e as pessoas trocavam presentes com amigos e parentes.
Na China, também muitos séculos antes da Era Cristã, era celebrado o Solstício
de Inverno, onde no dia 24 ou 25 de dezembro, fechava-se o comércio e tudo o
mais. Assim como os antigos persas celebravam esplêndidas cerimônias em
homenagem a Mitra, cujo nascimento ocorrera a 25 de dezembro.
Vários deuses egípcios nasceram no dia 25 de dezembro, e, em praticamente todas
as histórias religiosas de povos antigos, iremos encontrar celebrações idênticas
às referidas. Osíris, filho da santa virgem e deusa Nut, nasceu a 25 de
dezembro, assim como os gregos também celebravam, nesta mesma data, o nascimento
de Hércules.
Como podemos ver, o dia 25 de dezembro vem sendo considerado um dia místico há
muito tempo, e por muitos povos diferentes. A esse respeito temos as declarações
do Reverendo Gross, autoridade no assunto e autor de diversas obras a esse
respeito nas quais afirma que realizava-se em Roma, antes da Era Cristã, no dia
25 de dezembro, uma festa com o nome de Natalis Solis Invicti (Natalício do
Invencível Sol). A data era comemorada com espetáculos públicos e com muita
alegria, fechando-se o comércio, adiando-se declarações de guerra e execuções,
permutando presentes entre amigos e parentes e concedendo liberdade aos
escravos.
Assim como o era na China, entre os primitivos germânicos, séculos antes do
nascimento do Menino Jesus, era comemorado o Solstício de Inverno. Entre os
escandinavos, neste mesmo período, era comemorado o que se chamava Festa do Yule.
O termo Yule ainda sobrevive, designando a véspera de Natal. É interessante
notar que o vocábulo Yule equivale ao francês Noel que por sua vez corresponde à
palavra hebraica ou caldaica Nule. Notamos também a presença de celebrações no
referente período entre os druidas na Grã-Bretanha e na Irlanda, e mesmo no
antigo México.
Tertuliano, Patriarca da antiga Igreja Cristã, que tão diligentemente contribuiu
com suas obras para a formação das doutrinas, dogmas e cerimônias do
cristianismo, informa-nos, minuciosamente, como se ornamentavam as portas "com
guirlandas de flores e folhagens".
Tenham em mente que tudo aqui exposto, diferente do que possam a vir a pensar,
era de conhecimento dos Patriarcas da Igreja e não estiveram ocultos durante os
tempos iniciais do cristianismo e foram obtidos através de fontes fidedignas, ou
seja, são fatos comprovadamente verdadeiros, obtidos através de documentos
históricos e de época¹.
Que fique registrado que não questiono os dogmas e ensinamentos da Santíssima
Igreja nem tampouco os motivos que a levaram a tantas mudanças. Entretanto,
exponho aqui fatos os quais permaneceram na obscuridade por muito tempo. Àqueles
que se interessem por um conhecimento mais profundo e místico, recomendo para
que entrem em contato com alguma escola ou sistema que trate destes assuntos
abertamente, consciente e completamente, sem preconceitos.
Sobre o tema aqui tratado, procurar-se-á em livros e em bibliotecas, pois os
conhecimentos presentes não têm preço, nem devem ser vendidos. Porém, àqueles
que busquem mais sobre o assunto, devem procurar as sucursais da Grande
Fraternidade Branca, espalhadas pelo mundo, ou as bibliotecas e livrarias da
Ordem Rosacruz (ambas existentes séculos antes do nascimento do divino Mestre,
as quais ainda contém documentos retratando a época).
Bibliografia:
A Vida Mística de Jesus,
Biblioteca Rosacruz I – Editora Renes,
H. Spencer
Lewis
www.acasicos.com.br/html/25dezembro.htm
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