O VINHO
O vinho possui uma longínqua importância histórica e
religiosa, e remonta diversos períodos da humanidade. Cada cultura conta seu
surgimento de uma forma diferente. Os cristãos, embasados no Antigo Testamento,
acreditam que foi Noé quem plantou um vinhedo e com ele produziu o primeiro
vinho do mundo.
Já os gregos consideraram a bebida uma dádiva dos deuses. Hititas, babilônicas,
sumérias, as histórias foram adaptadas de acordo com a tradição e crença do
povo. Do ponto de vista histórico, sua origem precisa é impossível, pois o vinho
nasceu inclusive antes da escrita.
Acredita-se que a primeira civilização de grandes vinicultores foi, contudo, a
egípcia. Há 6 mil anos este povo já considerava divino o fermentado.
Na Grécia, o vinho era encarado não apenas como religião, mas também como
filosofia, arte e ciência. O vinho foi estudado, louvado e cantado por todos os
cientistas, filósofos e poetas.
O uso do vinho em cerimônias religiosas é comum em várias culturas e regiões. O
deus Dionísio utilizava o vinho para induzir alterações na mente das pessoas. O
vinho também é parte integral das tradições judaicas, como no kiddush, que é uma
oração sobre o vinho recitada para santificar o Sabat ou um feriado judaico.
No Cristianismo o vinho é usado no rito sagrado da Eucaristia, quando Jesus
compartilhou o pão e o vinho entre os discípulos. Através da História, a cultura
da vinha se desenvolveu, em grande parte, em conjunto com a disseminação do
Cristianismo, inicialmente com propósitos religiosos e mais tarde para
satisfazer prazeres seculares. Não por acaso, os maiores produtores de vinho de
hoje são países que tiveram uma longa tradição cristã.
O vinho historicamente faz parte de todos os ritos e festas, das religiosas às
profanas. No Natal, Reveillon, no verão ou qualquer outra estação é uma ótima
escolha pela variedade de opções que apresenta.
O Natal na antiguidade foi comemorado em várias datas diferentes pois não não
sabiam com exatidão a data de nascimento de Jesus. O dia 25 de dezembro foi
estabelecido como data oficial de comemoração somente quatro séculos mais tarde.
As comemorações de Natal da antiguidade costumavam durar em torno de duas
semanas, tempo que corresponde ao período que os Reis Magos levaram para chegar
até a cidade de Nazaré e presentear ao menino Jesus.
No Brasil a ceia natalina normalmente reúne pratos da tradição brasileira, como
peru e pernil, que podem ser regados a vinho, para animar a noite e os
paladares.
No
reveillón os espumantes e champagnes são os escolhidos para celebração. Podem
ser bebidos sozinhos, como aperitivo ou mesmo para acompanhar algumas receitas.
Além dos presentes, das celebrações e dos ‘menus’ típicos, as festas de fim de
ano são tradicionais pelo aumento da procura desses tipos de bebida, mas nem
sempre foi assim. Ao longo do século XX , o consumo do vinho havia caído nos
tradicionais países produtores. A vida moderna e saudável, stress, a pressa e as
dietas de laboratório, reduziu o espaço na vida das pessoas.
Desde as últimas décadas, no entanto, o vinho vem reconquistando seu lugar de
destaque. A melhoria geral, de qualidade, o preço acessível, o reconhecimento de
seus benefícios à saúde e a adoção do vinho como bebida da classe média em
diversos países do Novo Mundo, são os principais motivos do alto consumo.
http://www.gastromania.com.br/clubevinho.asp?codigo=43
Essa
polêmica é antiga e você já deve ter se perguntado ou ouvido falar: vinho faz
bem à saúde ou isso é apenas mito? A resposta para isso é positiva, depois de
alguns anos de estudo nos Estados Unidos, Inglaterra, França e Dinamarca, os
especialistas no assunto concluíram que uma pessoa que bebe vinho regularmente
tem reduzido em 35% o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Essa
descoberta não é recente, no século XIX na França, após autópsias realizadas em
pessoas, revelou-se que a maior parte delas não possuía artérias obstruídas por
gordura. Na época foi uma surpresa, pois se pensava exatamente o contrário
porque a culinária francesa é cheia de comidas gordurosas.
Foi descoberto também que o vinho não faz bem só para o coração. Ele é composto
de 400 substâncias, sendo que algumas delas podem aumentar o bom colesterol,
evitar a oxidação das células, reduzir a formação de placas de gordura
nas veias, além de dilatar os vasos e melhorar a circulação.
Outros estudos mostraram que pessoas que bebem vinho tinto tem um resultado
ainda mais eficaz, em relação aos benefícios cardiovasculares, do que as que
ingerem com certa frequência o vinho branco. Assim, constatou-se que as
substâncias que dão cor ao vinho, chamadas procianidinas, são as grandes
responsáveis pelo êxito na questão da saúde." (SuperTV, 20 de janeiro de 2011,
pág. 24).
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