ORIGEM DA FÉ

  (Anticristo)

 

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a certeza das coisas que não se vêem” (Apóstolo Paulo, Hebreus, 11:1) As palavras do famoso apóstolo definem muito bem a fé, um sentimento que não procede do conhecimento, mas da aceitação de algo de que não se tem qualquer prova.

Quase sempre, as pessoas que querem nos convencer da existência divina fazem perguntas como estas: Como você acha que você veio a existir? Você acha que todas essas coisas maravilhosas da natureza surgiram por acaso? Alguém já chegou até a argumentar que não é possível uma explosão de uma gráfica resultar num dicionário. Entretanto, a pergunta se acho que vim a existir por acaso me leva a outra: se eu precisei ter um criador, esse criador não precisou de ter o seu também? Se do nada pode ter surgido um criador tão perfeito, não seria bem mais fácil surgirem coisas simples que viessem a se tornar complexas como nós?

A evolução é fato comprovado pelas evidências arqueológicas, que mostram organismo tão mais simples quanto mais se retrocede no tempo, e pela microscopia, que nos apresentam a evolução dos micróbios. Por outro lado, um criador de todas as coisas, só temos como hipótese aventada pelo homem do passado para explicar aquilo de que não tinha explicação fática.

Olhando para a Bíblia, chamada de “Palavra de Deus”, vemos uma profusão de relatos que fogem a todas as leis da natureza, palavras que expressam a visão tacanha que o homem da época tinha do universo. Como eu poderia crer que essas palavras procedesse de um ser onisciente?

Parodiando Paulo, poderíamos definir fé com mais propriedade como sendo “o firme fundamento das coisas infundadas, a certeza da existência das coisas que não existem”.  Em suma, a fé procede da ignorância.

(Anticristo)

 

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