A Parada Gay de São Paulo 2011
desagradou bastante os religiosos, ao usar pessoa representando um santo
católico, não somente pelo uso da imagem, mas porque alertou que santo não tem
poder para proteger de doenças.
"A primeira manifestação do orgulho gay no Brasil aconteceu em São Paulo, em
1996, e desde o começo teve uma carcaterística curiosa: seu público record. A
edição deste ano contou com um milhão e meio de pessoas. Em 2005, o número subiu
para 1,8 milhão e, em 2007, a organização estimou cerca de 3,5 milhões de
participantes. Esse número a converteu no maior evento do mundo desse gênero,
com um público massivo tanto do Brasil, como internacional.
A Parada Gay, cujo nome oficial é Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas,
Bissexuais, Travestis e Transexuais), acontece na Avenida Paulista e a cidade
fica praticamente interditada durante sua realização. A festa, que possui como
objetivo principal a reinvidicação dos direitos do coletivo, também organiza
debates, seminários, shows e palestras sobre o assunto. A cada ano, possui um
tema diferente.
Parada Gay 2011
A
15ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo reuniu pelo menos quatro milhões de
pessoas, segundo os organizadores, na Avenida Paulista neste domingo, dia 26. E
causou polêmica usando santos em uma campanha pelo uso de preservativos.
Em 170 cartazes distribuídos em postes por todo o trajeto, 12 modelos
masculinos, representando ícones como São Sebastião e São João Batista,
apareciam seminus ao lado das mensagens “nem santo te protege” e “use
camisinha”.
“Nossa intenção é mostrar à sociedade que todas as pessoas, seja qual for a
religião delas, precisam entrar na luta pela prevenção das doenças sexualmente
transmissíveis. Aids não tem religião”, diz o presidente da Parada, Ideraldo
Beltrame.
Ao eleger como tema “Amai-vos Uns Aos Outros”, a organização uniu a vontade de
conclamar seguidores com a de responder a grupos religiosos. Na Marcha para
Jesus, na última quinta-feira, 23, a decisão do Supremo Tribunal Federal – STF
em favor da união estável homoafetiva foi atacada.
As opiniões de evangélicos dissidentes, que fundaram igrejas inclusivas e
acompanham a Parada, no entanto, são variadas. “Não tinha necessidade de usar
pessoas peladas para representar santos. Faz a campanha, mas não envolve as
coisas de Deus”, opina a pastora lésbica Andréa Gomes, de 36 anos, da Igreja
Apostólica Nova Geração. “A campanha foi mais de encontro aos ditames da Igreja
Católica. Nós não temos santos”, diz o pastor José Alves, da Comunidade Cristã
Nova Esperança.
As religiões sempre querem respeito
aos seus objetos sagrados, ao mesmo tempo que não respeitam os de outras.
Mas mostrar ao mundo que seus ídolos não têm poder, o que é público e
notório, isso é imperdoável! Se a
igreja católica tivesse hoje o poder que tinha na idade média, iria assar essa
turma toda em fogo lento, com uma plateia religiosa aplaudindo o espetáculo.