O pato é o símbolo do protesto desde o princípio do ano, altura em que foi
utilizado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), que colocou na
Esplanada dos Ministérios um pato insuflável de 12 metros.
A campanha, intitulada "Não vou pagar o pato", visava lutar contra o aumento dos
impostos. No espelho de água do Congresso foram colocados vários patos pequenos
e um gigante. Desde essa altura que o balão em forma de pato gigante é um
elemento presente em todos os protestos da sociedade civil brasileira.
No Brasil a expressão "pagar o pato" relacionada com o pagamento de impostos ao
Estado deriva de uma antiga expressão portuguesa que significa "fazer o papel de
tolo", ao pagar por aquilo que não se deve.
A expressão é proveniente de um jogo que era praticado em Portugal. Um
"desporto" onde os participantes, a cavalo, tinham que arrancar com um só golpe
um pato amarrado a um poste. Quem perdia o desafio tinha que pagar o pato. Dessa
forma, a expressão passou para o "brasileiro" a fim de caracterizar algo que se
paga mas pelo qual não se obtém qualquer benefício.
Não pagaram o pato? Além dos impostos
adicionais sobre os combustíveis vindos após a deposição de Dilma,
os sucessivos
aumentos com Temer e depois com Bolsonaro, com todos os seus efeitos sobre
outros bens e serviços, agravando o custo de vida, superam todos os patos da
história. E a venda de um oleoduto da
Petrobrás por trinta bilhões para passar a pagar três bilhões por ano pelo
aluguel dele é entre outras o auge da negociata.