O BÁRBARO EPISÓDIO BÍBLICO DO PECADO
ACÃ
José Boy de Vasconcellos (Juiz de
Direito) – agosto 2009
( BÍBLIA : Josué, cap. 7)
Josué teria tomado a cidade de Jericó, depois de derrubar as suas supostas
muralhas a toque trombetas de chifres de carneiros?!!! Porém, antes da
hipotética tomada da aludida cidade, ele (Josué) ordenou que todos os despojos
dos bens dos vencidos teriam que ser entregues ao Senhor Deus-YAVÉ!!! (Não se
sabe por que Deus queria o produto do saque e do roubo), o certo é que ninguém
poderia ficar com nada. Deus precisava dos bens, objeto do ilícito apossamento!!
(ou era perverso Josué e os sacerdotes que queriam locupletar-se, ficando com
todo o butim!)
Que iria Deus fazer com os bens surrupiados dos pobres habitantes de Jericó?
(cidade que segundo cientistas, historiógrafos e arqueólogos, não existia
naquela época, ou era simples pobre aldeia ou povoado, sem muralhas)
Apesar dessa duvidosa ordem divina, passada por intermédio de Josué, o coitado
do israelita Acã reteve consigo uma capa babilônica e um pouco de prata e ouro.
Por causa desta apropriação indébita de Acã, o Deus-judaico-cristão (Deus é o
mesmo, ontem, hoje e eternamente) ficou indignado e furioso. Josué, em seguida,
teria tentado tomar a cidade de Ai, mas fracassou, porque Yavé – deus
judaico-cristão estava tomado de tamanho furor e incontida ira, que fez com que
muitos de seus soldados de Josué fossem mortos.
Josué procurou a causa da “fúria divina” que provocou sua inesperada derrota e
descobriu que Acã havia, no momento de fraqueza, escondido para ele, dentre os
bens saqueados, uma capa babilônica, duzentos siclos de prata e uma cunha de
ouro.
Josué deu buscas por todo arraial por ordem de Deus e terminou encontrando os
bens. Diante disso, Acã confessou. E por causa da capa babilônica que escondeu e
um pouco de prata e ouro, olha o que o “misericordioso” o “amoroso”
Deus-judaico-cristão mandou Josué fazer:
“Então imediatamente Josué tomou Acã, seus filhos, filhas, esposa, bois e
ovelhas, apedrejou-os todos até a morte, e então queimou seus corpos e colocou
um monte de pedras, em cima.” ( Josué, cap.7, vers. 24 a 26)
A barbaridade é extrema e inominável! Pergunta-se: os filhos, filhas e a esposa
de Acã cometeram ulgum pecado, para morrerem por morte tão injusta, cruel e
impiedosa? Haviam cometido qualquer crime?. É óbvio que também os bois e ovelhas
não cometeram qualquer crime e por isto não deveriam ser apedrejados até a
morte, e terem seus corpos queimados.
Essa foi a justiça, a clemência, a bondade de Jeová, o Deus Judaico-Cristão, que
os cristãos proclamam muito compassivo, justo perdoador e bondoso!!!!!
Depois que Josué e todo que o acompanhavam terem cometido esse horrível, bárbaro
e hediondo crime, Deus se deu por muito satisfeito, achou tudo aquilo justo e
certo, aplacou sua ira e ajudou Josué a cometer outra barbaridade, capturando a
cidade de Ai, saqueando gado e os despojos, como Deus mandou (Josué, cap. 8 vers.27),
desta vez produto da pilhagem ficou para os guerreiros que terminaram matando,
ao fio da espada ou decapitando (cortando a cabeça) de cerca de doze mil
habitantes de AI, entre homens de mulheres (Josué cap. 8 vers. 25) queimando, em
seguida, os cadáveres, tudo isto, para assegurar a posse de Canaã, prometida em
virtude de sua antiga “amizade com Abrão Isaac e Jacó”
Que tipo de justiça é esta, contida, neste livro de má literatura que é a
bíblia, um episódio, deveras, impróprio e traumatizante para leitura de menores.
E ainda dizem que a justiça divina é perfeita, correta e infalível (mirabile
dictu)!!!!.
Esta é uma pequena amostra das crueldades bíblicas. Inúmeras outras (e até mais
hediondas e de arrepiar os cabelos) foram cometidas pelo hipotético
Deus-judaico-cristão e que nunca deveriam ser objeto de leitura para menores.
Não é sem razão que a China está proibindo a leitura da bíblia por menores de
idade.
Impressionante, como as pessoas dizem que lêem a bíblia e não enxergam estas
flagrantes barbaridades. E ainda dizem que ela a inspirada por Deus!!!. Outros
acreditam que as “sagradas escrituras” foram ditadas diretamente por Deus! E que
são a própria PALAVRA DE DEUS, como pregam e ensinam, interesseiramente, os
líderes religiosos.
É certo, pelos estudos científicos, históricos e arqueológicos, que episódios
como este (e outros até piores) jamais aconteceram. Estão no campo mitológico, a
exemplo de outros povos antigos que tinham a sua mitologia, narrando façanhas
épicas de seus ancestrais e deuses e de seus lendários heróis. Josué, segundo
alguns eruditos e estudiosos, inclusive israelenses, não existiu é um mito, e se
existiu, foi um bárbaro chefe de tribos israelitas.
Josué nunca parou o sol e nem a lua. Seria o fim de todo o universo, uma
hecatombe total, considerando a trajetória dos astros, no espaço sideral. Josué
nunca dividiu o rio Jordão, fazendo as suas águas cessarem de correr,
estancando-as numa espécie de barragem, para seus guerreiros e o povo de Israel
passassem, em seco, pelo leito do rio, carregando a tal “arca da aliança”.
Ninguém, de sã consciência, considerando o progresso da ciência, irá acreditar
em mentiras como estas. Tudo isto fica mesmo no campo mitológico dos tempos
heróicos das origens do povo judeu.
O Deus Jeová ou YAVÉ foi um deus nacional, um deus exclusivo, terrível e temível
guerreiro, (senhor dos exércitos) , que os israelitas criaram, tal como os
demais povos da antiguidade tinham os seus deuses nacionais, que, aliás, viviam
em violentas disputas e sangrentas guerras constantes.
Mas é bom remarcar que, pelos próprios “livros históricos” da bíblia, os
israelitas não adoravam apenas o doentio-ciumento JEOVÁ OU IAVÈ, cujo excessivo
ciúme foi motivo para sangrentas guerras entre as tribos de Israel e povos
vizinhos (filisteus, cananeus, jebuseus, et caetera), morrendo milhares ou até
milhões de israelitas (num só dia dizem que morreram 500.000 -2Crônicas
13:17?!!) - porque pecaram, adorando outros deuses, como Baal e até a serpente
de bronze que o imaginário Moisés havia mandado esculpir (Números, cap. 21, vers.
9), à qual davam o nome de deusa Neustam (Segundo livro dos Reis, cap. 18, vers.4)
Se existisse um Ente ou Poder infinitamente Superior, criador do universo, com
milhões de galáxias, estrelas, incontáveis planetas distantes uns dos outros por
bilhões de anos-luz, este Ente Superior não iria praticar o inominável e
gritante despautério, de eleger o rude povo judeu como seu predileto e exclusivo
protegido, em detrimento de todo resto do mundo, por causa de uma amizade, não
explicada com um lendário patriarca, matando, decapitando, queimando, fazendo
entrar terra adentro, destruindo todos os outros povos e nações, praticando
tamanho e execrável genocídio.
É preciso abrir os olhos das pessoas para que leiam realmente a bíblia com mais
atenção, façam uma reflexão séria e profunda, livres do medo do mitológico e
inexistente inferno, pregado, et pour cause, pelos padres e pastores, libertas
da lavagem mental e de peias religiosas inculcadas na infância.
É necessário que façam uma análise criteriosa e científica, uma interpretação
lógica dos inusitados e esdrúxulos textos bíblicos, porque assim jamais
acreditarão nestas estórias estapafúrdias e evidentemente mentirosas, nestas
superstições infantis (com disse Albert Einstein) que colocam o povo judeu como
“povo escolhido”, e lembre-se que Einstein era judeu.
É preciso libertar as pessoas da escravidão religiosa, que retira a auto-estima
das pessoas, que as fazem se diminuir, batendo, com lágrimas e choro, no peito e
se inculcando-se grandes pecadores, atribuindo todo seu êxito, não por sua
inteligência e esforço pessoal, por obra de um deus, que, como se viu, não é tão
compassivo assim.
Enquanto isto, os padres, pastores, líderes religiosos vão explorando a
credulidade pública, para levarem uma boa vida e se enriquecerem. “As religiões
terminarão, assim que todos se recusarem “dar dízimos”. LH. De certa feita,
disse um empresário ao autor destas linhas, que nenhum negócio dá um lucro
líquido de 10%, como as igrejas arrecadam.
Com toda e total razão, afirmou Robert G. Ingerssol, um dos maiores intelectuais
americanos de sua geração, filho de um pastor presbiteriano:
“Como a Religião é uma escravidão, ela não pode consertar os humanos”
.
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