PESSOAS MUDAM,
AS COISAS PERMANECEM
02/02/2003
A COISA PÚBLICA VAI PARA A PRIVADA
No primeiro dia segundo mês de 2003, o MG TV noticiou que o Governador Aécio
Neves sancionou o aumento de 54% dos deputados mineiro, mas avisou que não
liberará suplementação; Para cobrir a nova despesas, terá que haver supressão de
cargos, cortes de despesas, etc. É o prosseguimento da
deterioração do serviço
público. Mas o que poderíamos esperar de diferente de um governo do PSDB, se um
governo do PT quer privatizar a previdência?
Na onda das privatizações, quem paga o pato é sempre o servidor público. Mas
as
conseqüências atingem a todos os cidadãos, com exceção de pouquíssimos, os que
conduzem esse estado de coisas.
Há alguns anos, nosso antigo companheiro, atual presidente, dizia que os bancos
deveriam ser estatais, para controlar a especulação; que os setores estratégicos
da economia deveriam estar nas mãos do Estado.
Alguns tempos depois, o mesmo candidato dizia que seu governo não iria
reestatizar os setores privatizados, mas as privatizações parariam por aí;
e as coisas pública não seriam mais sucateadas como vinha
sendo; as distorções seriam corrigidas; os
congelamento dos vencimentos dos servidores públicos e o da tabela de isenção do
IR eram coisas abomináveis.
Mas o candidato da esperança chegou lá em boa hora, quando praticamente tudo do
patrimônio público, pelo menos o melhor, já se encontrava em mãos particulares.
Mas ainda falta privatizar a Previdência e a Justiça. A primeira está no seu
primeiro plano: privatiza-se parte, para depois levar o resto; a segunda, por
enquanto não faz parte dos desígnios privatistas, mas receio que venha ainda ser
o novo alvo.
Recentemente, um ministro afirmou que não haverá correção da tabela do IR.
Parece que voltarão atrás. Espero que sim. Mas os vencimentos congelados há oito
anos parece estarem no plano da continuidade. Os parlamentares se deram um
reajuste de 54%, que foi seguido pelos deputados mineiros, que devem ser
imitados pelos de todos os outros Estados. O servidores públicos, no
entanto, permanecem com todas suas perdas.
Para um governo do PSDB é muito próprio
sufocar os servidores públicos e responsabilizá-los pelo déficit de tudo, enquanto
os agentes políticos aumentam
constantemente suas remunerações. Mas um governo que se diz trabalhista seguir a
mesma cartilha dos fernandos é esgotar as esperanças de cura para os males do
país.
Realmente, pessoas mudam, mas as coisas continuam as mesmas.
Vejam também: REFORMA PREVIDENCIÁRIA - A
INSEGURANÇA DO SEGURADO
Ver mais POLÍTICA E ECONOMIA