Segundo informação do Datafolha, o grupo em que ainda há maior rejeição
ao Presidente é o dos evangélicos. Por que, apesar de Lula
ter-se mostrado um partidário da liberdade religiosa, isso ainda
acontece?
Quando Bolsonaro e seus
aliados disseminavam mentiras para convencer o povo de que Lula, se
eleito, iria fechar as igrejas, nós víamos muita imbecilidade em quem
acreditava nisso, uma vez que ele já presidira o país por oito anos e
nunca fez nada contra igrejas; mas entendemos que um povo pouco educado
é facilmente manipulável. Mas, agora, que ele deixou tão
claro que quer liberdade religiosa, por que eles ainda continuam
rejeitando-o?
O fato é que, com Bolsonaro reeleito, os evangélicos se veriam no
ambiente que pediram a deus. Um
presidente que, não obstante todas as mentiras, todas as atividades
suspeitas, todas as tentativas de tirar dos pobres e dar aos ricos, tem
para eles a vantagem de compactuar com os planos deles de estabelecer
uma ditadura religiosa, não resta dúvida, seria muito mais interessante
do que um que quer ampla liberdade religiosa.
A nossa conclusão só pode ser uma: liberdade religiosa não interessa aos
evangélicos; eles almejam é ter o direito de perseguir quem pensa
diferente deles e impor suas crenças à população, coisa que Lula não
aprova.