"Em 1572, durante a guerra dos oitenta
anos que os rebeldes holandeses mantinham contra a Espanha para realizar sua
independência, a iconoclasia se estendia pelas Dezessete Províncias dos Países
Baixos (Beeldenstorm); a luta entre luteranos e calvinistas mantinha o país
em um estado de intransigência com a liberdade de culto religioso. Em abril
de 1572 os mendigos do mar, corsários holandeses de confissão calvinista,
tomaram Brielle, Flandres e outras cidades da zona, até então em poder da coroa
espanhola. Em junho, Dordrecht e Gorcum cairam também em suas mãos.
Mártires de Gorcum
Nesta última cidade prenderam vários religiosos: Nicolás Pieck, franciscano;
Jerónimo de Weert, vigário; Teodoro de Eem, de Amersfoort; Nicasio Janssen, de
Heeze; Willehald da Dinamarca; Godofredo de Melveren; Antônio de Weer; Antônio
de Hoornaert; Francisco van Rooy; Padre Guillermo; Pedro de Assche; Cornelio de
Wyk de Duurnstende; Fray Enrique; João de Oisterwljk, agustinho; Pontus van
Huyter, administrador da comunidade.
A estes quinze se aderiram mais tarde outros quatro: João de Hoornaer, chamado
João de Colônia, dominicano; Jacobo Lacops de Oudenaar, norbertino; Adriano
Janssen de Hilvarenbeek e Andreas Wouters de Heynoord.
Martírio
Após serem torturados na prisão de Gorcum entre 26 de junho e 6 de julho
foram trasladados a Brielle. No dia seguinte, Guilherme II de la Marck, líder
dos mendigos do mar, ordenou o interrogatório do grupo.
Foram convidados a abandonar a fé católica e a retirar
sua obediência ao papa, ao que eles se recusaram; só Pontus van
Huyter e Andreas Wouters aceitaram, liberando-se assim da morte; Guilherme de
Orange enviou uma carta em que pedia às autoridades competentes a liberar os
religiosos, mas a mesma chegou depois que tinham sido torturados e executados no
dia 9 de julho de 1572.
<https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rtires_de_Gorcum>
Religiosos são capazes de se sujeitar a
tal tipo de sofrimento e morte, não tanto por amor, mas pelo
medo que têm de ir
para o tal inferno no caso de contrariar sua fé. Protestantes demonstraram que, como filhos
da Igreja Católica, não seriam muito diferentes da mãe. Herdaram a brutal
natureza saguinária da religião materna.