QUE BEIJO NA BOCA!

 14/11/2003

 

Como já disse antes, em meus sonhos sempre sou um menino. Não posso nem contraditar a esses que estão me chamando de “retardado”! Mas meus sonhos não são ruins. Quase sempre são maravilhosos!

Hoje, estava eu caminhando pela rua e encontrei aquela amiguinha de lábios carnudos. Não sei exatamente quem era; só sei que era uma amiguinha...
Muito amável! ... abraçável! ... beijável!
... ável! ...ável... ável...
...vel! ...vel! ...vel!
...!!!

Quando dava aquele hermético abraço de praxe, fui surpreendido com um cinematográfico beijo na boca!

Hum! Estávamos só nós dois no meio daquela rua, que não sei qual nem de que cidade; o Estado devia ser Minas Gerais mesmo.

Imagino, não vejo os edifícios daquela rua. Não ouço ruídos de veículos. Só nós dois!

Ah! Aquele beijo terminou!

Acordei em um momento silencioooso; os pássaros que enchem nossa alvorada de gorjeios ainda deviam estar dormindo; nenhum veículo passava pela minha rua.

Um ruído estava ouvindo: aquele dos meus ouvidos, que tem acompanhado assiduamente minhas madrugadas, e os médicos ainda não descobriram o que é.

Fisicamente estou forte, mas essa cabeça está mesmo um pouco anormal. Fiz ontem uma cintilografia computadorizada cerebral, mas, nem sabe a médica explicar por que, o contraste não fixou no cérebro, e teremos que repetir tudo na próxima semana.

Mas enquanto meus sonhos são enfeitados com bons beijos, abraços, etc., estou prosseguindo meu tratamento tentando não forçar muito a mente.


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