REAJUSTES DO
JUDICIÁRIO
21/07/2016
Após dez anos sem recomposição das
perdas salariais, os servidores do Judiciário começam a receber uma pequena
parcela, muito abaixo do que deveria ser, e as críticas e informações
distorcidas disparam na mídia. Parece que querem ver um judiciário
desmoralizado como a educação do país.
Em 21/07/2016, às 10:20, ouvi na CBN
que a partir do contracheque de agosto os funcionários do judiciário receberão
um aumento de até 41%.
A realidade é bem outra: o reajuste,
que não representam nenhum aumento, mas recomposição de parte das perdas, será
dado em oito parcelas, que poderão ser quase ou totalmente engolidas pela
inflação dos quatro anos que transcorrerão até a última parcela. Não haverá 41%
a partir do contracheque de agosto, mas uma parcela que deverá ser um oitavo dessa
porcentagem.
Se fosse levada em conta a perda
ocorrida durante os últimos dez anos, mesmo deixando para trás as ocorridas
desde o começo do governo de FHC, que também não foram recompostas, o reajuste
para hoje deveria ser muito maior do que esses parcos 41%; e para o final de
2019, já deveria haver outro.
"O presidente do STF (Supremo
Tribunal Federal), ministro Ricardo Lewandowski, fez ressalvas a sanção
presidencial sem vetos do Projeto de Lei que proporcionará um reajuste de 41,47%
aos servidores do Judiciário, na noite desta quarta-feira (20). Segundo o
ministro, o aumento no salário ainda não é suficiente para contemplar "as
perdas" da categoria."