RECURSO DO
JULGAMENTO DE JESUS
Advogado
protocola pedido de anulação do julgamento de Pilatos contra Jesus
Publicado por Tiago Chagas em 31 de julho de 2013
A sentença de crucificação dada pelo Império Romano a Jesus está sendo recorrida
por um advogado queniano, que diz ter a intenção de reparar a justiça no caso
histórico, e que deu base ao surgimento da fé cristã.
“A acusação parcial e maliciosa [feita contra Jesus] violou seus direitos
humanos”, disse Dola Indidis, advogado que é ex-porta-voz do
Ministério da Justiça do Quênia.
O advogado ressalta que sua iniciativa não tem ligação direta com sua fé, e que
o resultado da sua ação não mudará em nada o que crê, mas entende ser necessário
que o caso, visto por ele como uma “má conduta judicial, abuso de poder,
preconceito e injúria” por parte de Pôncio Pilatos, seja revisto.
Embora historiadores e até teólogos tenham uma visão semelhante à do advogado,
o
pedido de Dola Indidis ao Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, foi
tratado em tom de piada por veículos de imprensa de todo o mundo.
Como é um caso de mais de 2000 mil anos e envolve, além do próprio Cristo, um
império que não existe mais, é possível que o caso não siga adiante. A primeira
tentativa, falha, do advogado aconteceu em 2007, no Tribunal Superior do Quênia,
na cidade em Nairobi, e o caso não foi levado adiante.
Segundo informações Shalom Life, o líder religioso queniano Maloba Wesonga,
porta-voz da Arquidiocese de Nairóbi, classificou como inútil o esforço do
advogado: “Como sabemos, esse julgamento tinha que acontecer. Devemos entender
que Jesus não era vulnerável e ninguém pode querer fazer justiça a Deus”,
destacando a questão a partir do ponto de vista teológico.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
<http://noticias.gospelmais.com.br/advogado-pedido-anulacao-julgamento-pilatos-jesus-58967.html>
Grande advogado! Não estudou sobre o ato jurídico
perfeito. Não há bons indícios de que Jesus tenha existido. Mas, se
tiver existido, sua condenação terá sido segundo o direito vigente à época.
Segundo analistas da história, não existe nenhuma
referência de escritores da época ao processo contra Jesus, nem mesmo referência
ao próprio Jesus. Mas, admitindo que ele tenha existido e tenha sido
condenado, a condenação terá sido segundo o direito vigente. Alguém tentar
ser rei em um local dominado pelos romanos era delito suficiente para a pena de
morte. Os evangelhos dizem que Jesus nasceu em cumprimento de previsão
profética para ser rei. Na entrada em Jerusalém, segundo o evangelho de
Mateus, ele teria entrado para cumprir o que um profeta previra, o rei humilde
montado em jumento. Quando interrogado se era o rei dos judeus, os
evangelhos afirmam que ele respondeu "tu o dissestes", não negou ser rei.
Assim, segundo o direito romano, ele teria que ser condenado mesmo. Como
"direitos humanos" jamais existiram em estado onde o poder é religioso, não teria
suporte legal o advogado Dola Indidis para defender Jesus.
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