RELIGIÃO FAZ O CÉREBRO ENCOLHER
Religião faz o cérebro encolher
Por Thiago Perin Atualizado em 21 dez 2016, 10h00 -
Publicado em 1 jun 2011, 11h13
O CIÊNCIA MALUCA adora uma boa banalidade – e não vê problema algum nisso. Mas o
papo hoje é um pouquinho mais sério.
Tem um milhão de estudos por aí que apontam uma série de benefícios da religião
para o cérebro. Mas, na ciência (ainda mais quando a gente inclui o “maluca” no
meio), pouca coisa é unanimidade.
Pesquisadores da Universidade de Duke, nos EUA, observaram os cérebros de 268
homens e mulheres com mais de 58 anos e notaram que o hipocampo – região
envolvida, principalmente, na formação de memórias – era significativamente
menor naqueles que se identificavam com grupos religiosos específicos
ou que tinham passado por experiências
religiosas de mudança de vida – aquela coisa de estar quase morrendo e “nascer”
de novo, por exemplo.
Por quê? Hum, ninguém tem certeza ainda. Mas a principal hipótese do estudo é
que certos aspectos da religião causem, em algumas pessoas, um estado constante
de estresse.
Um indivíduo que faz parte de uma minoria religiosa e sofre preconceito por isso
vive num estado de nervos mais delicado. Também pode acontecer com
o sujeito que vive com o medo de ser punido por Deus por
isso ou aquilo, ou então com o que tem ideias conflitantes com certos
dogmas da religião. Ao longo do tempo, a liberação constante dos hormônios do
estresse diminuiria o volume do hipocampo.
Tenso, né?
<https://super.abril.com.br/blog/cienciamaluca/religiao-faz-o-cerebro-encolher/>
Não se sabe ao certo. Mas parece que há muitos fatores envolvidos, entre eles o
esforço por evitar as dúvidas, já que o cristianismo, depois da famosa frase
"quem não crer será condenado", criou a ideia de que o simples ter dúvida sobre
a verdade divina já seria pecado.
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