Sua vida não é lá grandes coisas; mas mate o seu filho e sacrifique como
um cordeiro, que eu vou lhe dar uma descendência numerosa. Valia a
pena uma vida dessa?
Religião que não promete alguma coisa boa para depois da morte é muito
vazia, sem sentido. Mas assim era a religião dos judeus antes de viverem
em Babilônia.
A ressurreição dos mortos é uma doutrina cristã, herdada de
judeus que, por sua vez, a incorporaram das crenças babilônicas e persas.
Não é
encontrada no livro da lei mosaica, não está entre os patriarcas nem entre os
profetas, com exceção de Daniel, cujo livro, ao que tudo nele indica, foi criado
muito tempo depois do cativeiro babilônico, e algum esboço em Isaías. Daniel é o
único livro que tem uma linguagem bem parecida com a cristã. Isso nos dá a maior
certeza de que a ressurreição é um produto da mente humana e não do deus dos
hebreus, um ser onisciente que teria guiado um povo desde o começo do mundo.
Como teria dito Paulo "Porque, se os mortos não são ressuscitados,
também Cristo não foi ressuscitado... é vã a
vossa fé, ... somos de
todos os homens os mais dignos de lástima".
(I Coríntios, 15: 16-19).
Nós ateus não temos nenhuma esperança para depois da morte. Mas
pelo menos não temos cometer barbaridades, nem sacrificar vidas e abster
de muitas coisas boas em honra a um ser imaginário que não faz nada para
ninguém. Todavia ter uma religião que não oferece
pessoal recompensa, só trás proibições, é algo difícil de entender.
Difícil explicar por que um povo se sujeitava a tanto rigor religioso
sem ter nada de tão importante a ganhar, senão uma promessa de que um
dia dominariam o mundo, mas os indivíduos a quem a promessa era dirigida
sabiam que não estaria vivos para desfrutar desse reino. Porém,
por incrível que pareça, essas era a religião daquele povo que matava os
próprios familiares até se fossem muito comilões. O cativeiro babilônico
trouxe algum sentido para a fé deles, uma segunda vida sem os
sofrimentos desta.
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