RELIGIÕES NO BRASIL
2000 - 2010
Religião no Brasil |
Censo de 2000 |
Religião |
Porcentagem |
Catolicismo |
73,8% |
Protestantismo |
15,4% |
Espiritismo |
1,3% |
Religiões afro-brasileiras |
0,3% |
Outras religiões |
1,8% |
Sem religião |
7,4% |
O nosso país, por ter sido uma colônia
portuguesa, colonizado no final da Idade Média, é
oitenta e nove por cento cristão, segundo o censo de
2000, informou a Wikipédia.
Isso faz com que, embora seja considerado
um país laico, suas leis tenham muito de princípios
religiosos.
"A Constituição prevê a liberdade de
religião e a Igreja e o Estado estão oficialmente
separados, sendo o Brasil um Estado oficialmente
laico.[2] A legislação proíbe
qualquer tipo de intolerância religiosa,
no entanto, a Igreja Católica goza de um estatuto
privilegiado[3] e, ocasionalmente, recebe tratamento
preferencial.[4]
O Brasil é um país religiosamente diverso, com a
tendência de mobilidade entre as religiões. A população
brasileira é majoritariamente cristã (89%), sendo sua
maior parte católica (70%).[1] Herança da colonização
portuguesa, o catolicismo foi a religião oficial do
Estado até a Constituição Republicana de 1891, que
instituiu o Estado laico. No entanto, existem muitas
outras denominações religiosas no Brasil. Algumas dessas
igrejas são: protestantes, pentecostais, episcopais,
metodistas, luteranas e batistas. Há mais de um milhão e
meio de espíritas ou kardescistas que seguem a doutrina
de Allan Kardec. Existem também seguidores da Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, uma minoria de
judeus, muçulmanos, budistas e seguidores do Candomblé e
da Umbanda.[5] Cerca de 7,4% da população (cerca de 12,5
milhões de pessoas) declarou-se sem religião no último
censo, podendo ser agnósticos, ateus ou deístas.[1]
Nas últimas décadas, tem havido um grande aumento de
igrejas neopentecostais, o que diminuiu o número de
membros tanto da Igreja Católica quanto das religiões
afro-brasileiras.[6] Cerca de noventa por cento dos
brasileiros declararam algum tipo de afiliação religiosa
no último censo realizado.[7]
O censo demográfico realizado em 2000, pelo IBGE,
apontou a seguinte composição religiosa no Brasil:[1][8]
* 73,8% dos brasileiros (cerca de 125 milhões)
declaram-se católicos;
* 15,4% (cerca de 26,2 milhões) declaram-se evangélicos
(evangélicos tradicionais, pentecostais e
neopentecostais);
* 7,4% (cerca de 12,5 milhões) declaram-se sem religião,
podendo ser agnósticos, ateus ou deístas;
* 1,3% (cerca de 2,3 milhões) declaram-se espíritas;
* 0,3% declaram-se seguidores de religiões tradicionais
africanas tais como o Candomblé, o Tambor-de-mina, além
da Umbanda;
* 1,8% declaram-se seguidores de outras religiões, tais
como: as testemunhas de Jeová (1,1 milhão), os budistas
(215 mil), os santos dos Últimos Dias ou mórmons (200
mil), os messiânicos (109 mil), os judeus (87 mil), os
esotéricos (58 mil), os muçulmanos (27 mil) e os
espiritualistas (26 mil).
A principal religião do Brasil, desde o século XVI, tem
sido o catolicismo romano. Ela foi introduzida por
missionários que acompanharam os exploradores e
colonizadores portugueses nas terras do país
recém-descoberto. O Brasil é considerado o maior país do
mundo em número de católicos nominais, com 73,8% da
população brasileira declarando-se católica, de acordo
com o Censo do IBGE de 2000. Porém, sua hegemonia deve
ser relativizada devido ao grande sincretismo religioso
existente no país.
Entre as tradições populares do catolicismo no Brasil
estão as peregrinações à Igreja de Nossa Senhora
Aparecida. Nossa Senhora Aparecida acabou por tornar-se
a Padroeira do Brasil. Outras festas católicas
importantes são o Círio de Nazaré, Festa do Divino e a
Festa do Divino Pai Eterno, mais conhecida como Romaria
de Trindade, em Goiás.
No transcorrer do século XX, foi perceptível uma
diminuição no interesse pelas formas tradicionais de
religiosidade no país. Um reflexo disso é o aparecimento
de grande número de pessoas que se intitulam católicos
não-praticantes.
Atualmente, pesquisas mostram que o número de católicos
parou de cair no Brasil depois de mais de 130 anos de
queda.[9]
A Renovação Carismática Católica (RCC) chegou ao Brasil
no começo dos anos 1970, e ganhou força em meados dos
anos 1990. O movimento busca dar uma nova abordagem à
evangelização e renovar algumas práticas do misticismo
católico, incentivando uma experiência pessoal com Deus
através do Espírito Santo. Assemelha-se em certos
aspectos às Igrejas Pentecostais, como no uso dos dons
do Espírito Santo, na adoção de posturas que poderiam
ser rotuladas como fundamentalistas e numa maior
rejeição ao sincretismo religioso por parte de seus
integrantes.
Com forte presença leiga, a RCC responde hoje por grande
parte dos católicos praticantes do país. Uma das
comunidades carismáticas mais conhecidas é a Canção Nova
que possui um canal de televisão mantido por doações e é
presidida pelo monsenhor Jonas Abib. Outro ícone da RCC
no Brasil é o Padre Marcelo Rossi, fenômeno de mídia e
cultura de massas que surgiu no final da década de 1990,
cantando e fazendo coreografias tanto em programas de
televisão quanto em missas, propondo-se a pregar a
mensagem de Cristo conforme ensinada pela Igreja
Católica.
Apesar de manter grande homogeneidade denominacional, o
catolicismo conta com algumas dissidências, dentre as
quais a Igreja Católica Apostólica do Brasil
Segundo pesquisa do Datafolha divulgada em março de
2010, 61% dos brasileiros são católicos e os
evangélicos
são 25%[10].
O Protestantismo é o segundo maior segmento religioso do
Brasil, representado principalmente pelas igrejas
evangélicas com, aproximadamente, 26,1 milhões de
fiéis.[1]
O protestantismo caracteriza-se pela grande diversidade
denominacional, livre interpretação da Bíblia, e nenhuma
instituição, concílio ou convenção geral que agregue e
represente os protestantes como um todo. Cada
denominação religiosa protestante tem plena autonomia
administrativa e eclesiástica em relação as outras
igrejas congêneres, porém todas fazem parte de um mesmo
movimento religioso interno ao cristianismo, que começou
com a Reforma Protestante de Martinho Lutero em 1517. A
maioria das denominações religiosas protestantes mantêm
relações fraternais umas com as outras.
As primeiras igrejas chegaram ao Brasil quando, com a
chegada da família real portuguesa para o Brasil e a
abertura dos portos a nações amigas por meio do Tratado
de Comércio e Navegação, comerciantes ingleses
estabeleceram a Igreja Anglicana no país, em 1811.
Seguiu-se a implantação de outras igrejas de imigração:
alemães trouxeram a Igreja Luterana, em 1824, e também a
Igreja Adventista, em 1890, e imigrantes americanos
trouxeram as Igrejas Batista e Metodista. Os
missionários Robert Kalley e Ashbel Green Simonton
trouxeram as Igrejas Congregacional (em 1855) e
Presbiteriana (em 1859), respectivamente, estas voltadas
ao público brasileiro.
Assembleia de Deus de Gama Oeste (Brasília).
Em 1910, o Brasil receberia o pentecostalismo, com a
chegada da Congregação Cristã no Brasil (1910) e da Assembleia de Deus (1911). A partir de 1950, o
pentecostalismo transformou-se com a influência de
movimentos de cura divina que geraram diferentes
denominações, tais como a Igreja "O Brasil Para Cristo"
e a Igreja do Evangelho Quadrangular. Nessa época,
algumas denominações protestantes que eram tradicionais
adicionaram o fervor pentecostal, como exemplo, a
Convenção Batista Nacional e as igrejas Presbiteriana
Renovada e Igreja Cristã Maranata, ambas surgidas a
partir da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Na década de 1970, surgiu o movimento neopentecostal,
com igrejas mais secularizadas, padrões morais menos
rígidos, e ênfase na teologia da prosperidade, como a
Igreja Universal do Reino de Deus. A partir dos anos
1980, surgiram igrejas neopentecostais com foco nas
classes média e alta, trazendo um discurso ainda mais
liberal quanto aos costumes e menos ênfase nas
manifestações pentecostais. Dentre essas igrejas se
destacam a Igreja Renascer em Cristo e a Igreja
Evangélica Cristo Vive.
Nas últimas décadas, o protestantismo principalmente as
Igrejas Pentecostais vem ganhando muitos adeptos, sendo
o segmento religioso com maior índice de crescimento. A
maioria das igrejas protestantes estão presentes: no Rio
Grande do Sul( descendentes de alemães, que trouxeram a
Igreja Luterana, maior grupo religioso da Alemanha até
os dias de hoje), nas grandes capitais do sudeste, como
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte(onde as
igrejas Batistas têm grande espaço), Goiânia e Brasília(
onde a igreja Sara Nossa Terra têm grande percentual da
população). Os protestantes estão em número bastante
significativo nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais e em toda a região centro-oeste.[11]
Chegou no Brasil em 1923, por meio de imigrantes
alemães, porém o trabalho de proselitismo só se iniciou
em 1927, com a chegada de uma dupla de missionários.
Esses missionários não falavam o português muito bem,
então as reuniões no início eram dirigidas em alemão. A
Missão São Paulo Brasil (uma espécie de departamento
regional de proselitismo) Foi a primeira criada no país,
atualmente são 28. Hoje, existem mais de 1800 capelas
mórmons em todas as Unidades da Federação
Brasileira.[carece de fontes?]
Os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, também conhecidos como mórmons, tem aqui
no Brasil o 2° maior país com população mórmon do
mundo,[12] mais de 1 milhão de membros atualmente,
superado apenas pelos Estados Unidos. Em 2000, o censo
do IBGE mostrou haver no Brasil somente 200 mil pessoas
que se dizem membros desta denominação. Entre 2000 e
2006 a Igreja Mórmon cresceu cerca de 460% no
Brasil.[carece de fontes?]
A Igreja Mórmon no Brasil é presidida pelos Élderes
(título que significa "senhor","Irmao mais velho",
"ancião") Ulisses Soares (Presidente), Stanley G. Ellis
(Primeiro Conselheiro) e Carlos A. Godoy (Segundo
Conselheiro). Até abril de 2007, os mórmons eram
divididos em duas áreas geográficas distintas, a Área
Brasil Norte (sediada em Recife), e a Área Brasil Sul
(sediada em São Paulo).
Só no Brasil os mórmons tem cinco templos construídos,
dedicados e em funcionamento (em São Paulo, Recife,
Porto Alegre, Campinas e Curitiba), um em construção (em
Manaus) e um a construir em Fortaleza. Pela crença
mórmon, nesses templo são realizadas ordenanças como
batismo vicário e selamento de famílias, além de ser um
lugar de aprendizado e espiritualidade.
Hoje a Igreja vem crescendo muito em Curitiba e Porto
Alegre, se espalhando pelo país. Muitos missionarios
estrangeiros estão vindo para o Brasil a cada mes,
pregando o evangelho por toda parte do país, e estão
obtendo sucesso.
É brasileiro o primeiro mórmon negro a receber um
chamado de Autoridade Geral (autoridade a nível
mundial), seu nome é Helvécio Martins. Hoje há cinco
brasileiros servindo como Autoridades Gerais: Cláudio R.
M. Costa, Marcos A. Aidukaitis, Carlos A. Godoi e
Ulisses Soares e Jairo Mazzagardi. Durante todos os anos
desde a chegada da Igreja Mórmon ao Brasil, somente um
mórmon foi eleito ao Congresso Nacional, Moroni Torgan,
do estado do Ceará.
No Brasil, as Testemunhas de Jeová vem crescendo
consideravelmente. Estima-se que mais de 700.000 membros
servem ativamente como publicadores e missionários neste
país.
Foi em 1899 que Sarah Bellona Ferguson,[13] de São
Paulo, recebeu pela primeira vez dos Estados Unidos, por
correio, algumas publicações da Sociedade Torre de
Vigia. Ao passo que aprendia o que as Testemunhas chamam
de "as preciosas verdades bíblicas", fazia o possível
para transmiti-las a outros. Quando surgiu a
oportunidade para isso, ela foi batizada, depois de uns
25 anos.
No ínterim, oito jovens marinheiros brasileiros,[13] de
licença do seu navio na cidade de Nova York, ficaram
interessados nas reuniões dos Estudantes da Bíblia (como
se chamavam então as Testemunhas de Jeová). Obtiveram
ali uma Bíblia em português. Foram também ajudados a
entendê-la. Quando voltaram ao Brasil, em março de 1920,
depois de se terem associado por alguns meses com os
Estudantes da Bíblia em Nova York, eles continuaram a se
reunir e a falar a outros sobre o que haviam aprendido.
No começo, usavam as publicações da Torre de Vigia em
espanhol como ajudas para o estudo, porque não havia
nada disponível em português. Poucos anos depois, George
Young foi o primeiro missionário enviado ao Brasil, e
foi providenciado que se traduzissem e imprimissem
publicações em português. Em 1923, foi aberta no Rio de
Janeiro uma congênere da Sociedade Torre de Vigia de
Bíblias e Tratados (dos EUA), a fim de promover a
educação bíblica neste vasto país.
Mas as Testemunhas de Jeová tornaram-se grandes no
Brasil, estando presentes em todos os estados do país,
em mais de 10.000 congregações, segundo o Anuário das
Testemunhas de Jeová. A Sede das Testemunhas de Jeová
aqui no Brasil localiza-se em Cesário Lange, no interior
de São Paulo.
As reuniões das Testemunhas de Jeová já ultrapassam uma
média de um milhão pessoas presentes ao ano, sendo que
1,646,123[14] pessoas estiveram presentes em sua
principal reunião anual de 2008, a Comemoração da Morte
de Cristo. Os Estados com maior número de Testemunhas de
Jeová são: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro,
Bahia e Rio Grande do Sul
Se ressalta o trabalho voluntário realizado com os
surdos e cegos. Por exemplo, em todo o Brasil,
voluntários Testemunhas de Jeová ajudam milhares de
surdos, desde a alfabetização na sua primeira língua,
como a LIBRAS, passando pelo idioma escrito, quando se
aplica. Traduzem e distribuem Bíblias e outros livros
para DVDs em vídeos[15] para distribuição gratuita aos
surdos. Tem-se dado atenção especial a estes, oferecendo
seu trabalho voluntário como intérpretes em língua de
sinais, acompanhando os surdos em escolas, médicos,
advogados, entrevista de emprego, etc. Elas têm
oferecido também aos familiares e até mesmo colegas de
trabalho dos surdos a oportunidade de conhecerem a
língua de sinais, e para isso usam DVDs visuais ou outra
publicação produzida pelas próprias Testemunhas com o
objetivo de facilitar o aprendizado e a inclusão social
e espiritual dos surdos à suas famílias e às suas
comunidades.
A Igreja Ortodoxa também se faz presente no Brasil.
A Catedral Metropolitana Ortodoxa, localizada em São
Paulo, na rua Vergueiro, além de ser a Sé da
Arquidiocese da Igreja Católica Ortodoxa Antioquina de
São Paulo é, também, de todo o Brasil. É um exemplo de
construção arquitetônica bizantina que pode ser
apreciado na América do Sul. Seu projeto, cuja
edificação teve início da década de 1940, foi inspirado
na Basílica de Santa Sofia em Constantinopla (atual
Istambul) e foi inaugurada em janeiro de 1954. Contudo,
ainda tem pequena representação no país, apesar de já
ter alguma visibilidade.
O espiritismo é uma das religiões que mais tem crescido
no Brasil. Em 2000, o Brasil concentrava 2,3 milhões de
espíritas. Em 2005, estimava-se a existência de 10
milhões de espíritas no mundo inteiro (Encyclopaedia
Britannica). Desse total, aproximadamente 3 milhões
vivem no Brasil, fazendo dessa a maior nação espírita do
planeta. Estima-se, porém, que o número de simpatizantes
do espiritismo no Brasil gire em torno de 20
milhões.[carece de fontes?]
Como doutrina filosófica, o espiritismo foi
sistematizado pelo pedagogo francês Allan Kardec n'O
Livro dos Espíritos, publicado em 18 de abril de 1857.
No Brasil, contudo, houve uma forte ressignificação das
idéias espíritas, que foram carregadas de um viés muito
mais religioso do que o existente na Europa. Foi dentro
dessa perspectiva que o espiritismo foi amplamente
divulgado no Brasil, ainda na segunda metade do século
XIX, atraindo principalmente a classe média. Em setembro
de 1865, em Salvador, Bahia, foi criado o "Grupo
Familiar do Espiritismo", o primeiro centro espírita
brasileiro. Em 1873, fundou-se a "Sociedade de Estudos
Espíritas", com o lema "Sem caridade não há salvação;
sem caridade não há verdadeiro espírita". Esse grupo
dedicou-se a traduzir para o português as obras de
Kardec, como "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos
Médiuns", "O Evangelho Segundo o Espiritismo", "O Céu e
o Inferno" e "A Gênese".
Foi nesse contexto que Adolfo Bezerra de Menezes aderiu
à doutrina espírita, tornando-se um dos maiores
expoentes do espiritismo do país. Bezerra de Menezes foi
presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB) por
duas gestões. A FEB foi fundada em janeiro de 1884, pelo
Sr. Elias da Silva, com a finalidade de unificar o
pensamento espírita no Brasil.
No dia 2 de abril de 1910, nasceu Francisco Cândido
Xavier, conhecido simplesmente como Chico Xavier. Aos 5
anos de idade, Chico afirmou conversar com o espírito de
sua mãe. Humanitário, o médium foi indicado duas vezes
ao prêmio Nobel da Paz[carece de fontes?]. Responsável
direto pelo grande número de adeptos que a religião
conseguiu no Brasil, Chico Xavier é reconhecido
mundialmente pela comunidade espírita[carece de
fontes?]. Os mais de 400 livros psicografados por ele
foram traduzidos em inúmeras línguas, entre elas o
esperanto[carece de fontes?]. Chico Xavier morreu em 30
de junho de 2002.
De acordo com o último Censo realizado pelo IBGE, por
volta de 13 milhões de brasileiros (7,4% da população
total) consideram-se ateus, agnósticos ou declaram
acreditar em um Deus sem estarem filiados a alguma
religião específica. Cabe salientar que
o IBGE, órgão
oficial de pesquisas, não pergunta quem de fato é ateu,
quem é agnóstico, e quem apenas não segue alguma
religião preestabelecida, embora conserve a sua fé em
algo transcendental, denominando todos estes grupos pelo
termo "sem religião".
Entretanto, uma pesquisa com dados do período entre 2000
e 2003 mostra que o número de pessoas sem-religião caiu
de pouco mais de 7% em 2000 para aproximadamente 5% em
2003 no Brasil.[9]
Atualmente, apenas os ditos católicos e evangélicos
superam em número os não-religiosos. Em comparação,
estima-se que a média mundial de não-religiosos é de
23,5% da população total.[16]
Com a vinda dos escravos para o Brasil, seus costumes
deram origem a diversas religiões, tais como o
candomblé, que tem milhões de seguidores, principalmente
entre a população negra, descendente de africanos. Estão
concentradas em maior número nos grandes centros urbanos
do Norte, como Pará, no Nordeste, Salvador, Recife,
Maranhão, Piauí e Alagoas, no sudeste, Belo Horizonte,
Rio de Janeiro e São Paulo, e no Rio Grande do Sul.
Diferente do candomblé, que é a religião sobrevivente da
África ocidental, há também a Umbanda, que representa o
sincretismo religioso entre o catolicismo, espiritismo e
os orixás africanos.
As chamadas Religiões Afro-Brasileiras: o candomblé que
é dividido em várias nações, o batuque, o Xangô do
Recife e o Xambá foram trazidas originalmente pelos
escravos. Estes escravos cultuavam seu Deus, e as
divindades chamadas Orixás, Voduns ou inkices com cantos
e danças trazidos da África.
Estas religiões foram perseguidas, e acredita-se terem o
poder para o bem e o mal. Hoje são consideradas como
religiões legais no país, mas mesmo assim, muitos de
seus seguidores preferem dizer que são "católicos" para
evitar algum tipo de discriminação, principalmente na
área profissional. Porém, aos poucos, vão sendo mais bem
compreendidos.
Nas práticas atuais, os seguidores da umbanda deixam
oferendas de alimentos, velas e flores em lugares
públicos para os espíritos. Os terreiros de candomblé
são discretos da vista geral, exceto em festas famosas,
tais como a Festa de Iemanjá em todo o litoral
brasileiro e Festa do Bonfim na Bahia. Estas religiões
estão em todo o país.
O Brasil é bastante conhecido pelos ritmos alegres de
sua música, como o Samba e a conhecida como MPB (música
popular brasileira). Isto pode relacionar-se ao fato de
que os antigos proprietários de escravos no Brasil
permitiam que seus escravos continuassem sua tradição de
tocar tambores (ao contrário dos proprietários de
escravos dos Estados Unidos que temiam o uso dos
tambores para comunicações).
A Umbanda é considerado por muitos uma religião nascida
no Brasil em 15 de novembro de 1908 no Rio de Janeiro.
Embora existam relatos de outras datas e locais de
manifestação desta religião antes e durante este
período[17][18] seus adeptos aceitam esta data como o
início histórico da mesma.
Começam a se difundir entre os brasileiros, atualmente,
as religiões neo-pagãs, como a Wicca e o Neo-druidismo.
Isto ocorre principalmente em Brasília e nas capitais da
Região Sudeste.[carece de fontes?]
Do estado da Bahia para o norte há também práticas
diferentes tais como Pajelança, Catimbó, Jurema,
Tambor-de-Mina e Terecô com fortes elementos indígenas.
Em 2004, a Comissão Nacional Anti-Drogas (CONAD), atual
órgão do Ministério da Justiça brasileiro, após dezoito
anos de espera da comunidade daimista, reconhece a
legitimidade do uso religioso da ayahuasca e a
legalidade de sua prática, ver: Santo Daime.
Existem inúmeras mesquitas espalhadas por todo o Brasil,
onde é possível encontrar muçulmanos, geralmente às
sextas-feiras, congregados em torno da oração.
Apesar de ser uma religião minoritária no contexto
brasileiro, o Judaísmo tem no Brasil uma das mais
numerosas comunidades judaicas do mundo, ocupando o nono
lugar. A imigração judaica para o Brasil começou logo
após à época do descobrimento.
Os judeus portugueses e espanhóis, fugindo das
perseguições, migraram para o país em busca de liberdade
religiosa. A primeira sinagoga das Américas, Sinagoga
Kahal Zur Israel foi construída em Recife, em 1637.
O Judaísmo é uma crença monoteísta que se apóia em três
pilares: na Torá, nas Boas Ações e na Adoração.
As religiões afro-brasileiras,
adicionadas às religiões orientais como o Budismo e o
Xintoísmo, ao Judaísmo, à Fé Bahá'í e outras,
representam uma percentagem pequena da população total
do Brasil - menos de 5%. O restante da população auto
denomina-se católica, evangélica ou não professa nenhuma
religião preestabelecida (7,4% da população, de acordo
com o Censo IBGE). Entretanto, é perceptível o
crescimento de formas de religiosidade não-cristãs no
Brasil, que ainda estão sub representadas em razão do
forte sincretismo religioso existente no país.
Outro fato importante é que o percentual de católicos
parou de cair depois de 130 anos, conforme pesquisa
mostrada pela Fundação Getúlio Vargas em 2007, bem como
a queda do número de pessoas ditas sem religião.[9]
Os líderes das mais variadas religiões participaram da
cerimônia de criação do Dia Nacional de Combate à
Intolerância Religiosa, realizada em Brasília no dia 21
de janeiro de 2008." (Wikipédia).
NA PRIMEIRA DÉCADA DO
SÉCULO XXI
Análises políticas em um dos blogs mais acessados do
Brasil
Reinaldo Azevedo
29/06/2012 às 15:56
O IBGE e a religião — Cristãos
são 86,8% do Brasil; católicos caem para
64,6%; evangélicos já são 22,2%
O IBGE divulgou os dados do Censo de 2010 sobre a
religião (ou a não religião) declarada dos brasileiros.
Abaixo, segue o texto de autoria de Cecília Ritto para a
VEJA Online, que ouviu alguns especialistas a respeito.
Digo o que penso a respeito desses números no próximo
post.
O Brasil ainda é a maior nação católica do mundo, mas,
na última década, a Igreja teve uma redução da ordem de
1,7 milhão de fieis, um encolhimento de 12,2%. Os dados
são da nova etapa de divulgação do Censo de 2010, do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A tendência de redução dos católicos e de expansão das
correntes evangélicas era algo esperado. Mas pela
primeira vez o Censo detecta uma queda em números
absolutos. Antes do levantamento de 2010, o quadro era
apenas de crescimento de católicos em ritmo cada vez
menor. Mantida essa tendência, em no máximo 30 anos
católicos e evangélicos estarão empatados em tamanho na
população. Os números mostram uma redução acentuada de
poder da Igreja Católica no país nas últimas décadas: a
mudança foi lenta entre 1872 e 1970, com perda de 7,9%
de participação no total da população ao longo de quase
um século; e tornou-se acelerada nos últimos 20 anos,
quando a retração foi de 22%.
“O impacto dessa mudança é grande para a Igreja
Católica. A Rússia teve revolução e permaneceu ortodoxa.
Os Estados Unidos, mesmo com a Guerra Civil, se
mantiveram protestantes. Entre os países grandes,
mudanças assim só ocorreram em consequência de de
guerras e revoluções. No Brasil, a revolução é
silenciosa”, diz José Eustáquio Diniz, demógrafo da
Escola Nacional de Estatísticas.
Se em 1970 havia 91,8% de brasileiros católicos, em 2010
essa fatia passou para 64,6%. Quem mais cresce são os
evangélicos, que, nesses quarenta anos saltaram de 5,2%
da população para 22,2%. O aumento desse segmento foi
puxado pelos pentecostais, que se disseminaram pelo país
na esteira das migrações internas. A população que se
deslocou era, sobretudo, de pobres que se instalaram nas
periferias das regiões metropolitanas. Nesses locais, os
evangélicos construíram igrejas no vácuo da estrutura
católica.
“Houve uma mudança na distribuição espacial das pessoas.
A Igreja Católica é como um transatlântico, que demora
muito para mudar um pouquinho a rota, devido ao tamanho
de sua estrutura burocrática. Já os evangélicos são como
pequenas embarcações”, explica Cesar Romero Jacob,
cientista político da PUC-Rio. A analogia apresentada
por Jacob se aplica com perfeição à comparação entre o
tempo e o custo para se ordenar um padre e o período de
formação de um pastor, algo que ocorre em menos de três
meses. “Não existe espaço vazio”, resume.
Nas periferias, na ausência do estado e da Igreja
Católica, os pentecostais atuaram como guias espirituais
e como figuras centrais do assistencialismo. “As
evangélicas pegaram fieis onde a Igreja Católica não
tinha se preparado para arregimentar a nova população, e
adaptaram a mensagem para diversos públicos”, diz
Eustáquio Diniz.
Família
A preservação da família é um dos motivos que, segundo
Jacob, serve para explicar o crescimento da Assembleia
de Deus no país. De acordo com o censo de 2010, ela é o
maior segmento evangélico, com 12 milhões de fiéis, e o
segundo maior do Brasil, atrás da Igreja Católica. Em
comparação com a igreja Universal do Reino de Deus, por
exemplo, que perdeu 228 mil fiéis nos últimos 10 anos e
hoje tem 1,8 milhão de arrebanhados, a Assembleia de
Deus prega valores morais mais rígidos.
“Nos anos 90, época de expansão da favelização, a mãe
não queria a desestruturação da sua família, o que a
Assembleia não deixa”, explica Jacob, lembrando-se da
proibição, por exemplo, de bebidas alcoólicas e de
roupas femininas mais insinuantes. A favelização e a
ocupação das periferias são resultado da migração dos
anos 80 e 90, que deixou de ser motivada pela
possibilidade de ascensão social e passou a acontecer
pela expulsão das pessoas do campo, em sua maioria
pobres. As correntes pentecostais acompanharam esses
deslocamentos e, ainda na década de 90, entraram
maciçamente na política.
A política se tornou um instrumento de crescimento da
própria igreja pentecostal ou do pastor. “É uma
população com baixa renda e escolaridade. Entre pessoas
independentes economicamente e bem formadas fica mais
difícil o voto de cabresto”, afirma Jacob. A pesquisa do
censo revela que, apesar de os pentecostais crescerem na
população pobre e de baixa renda, na última década se
fez presente também na nova classe média. “A “teologia
da prosperidade” é um dos fatores desse processo”, diz
Eustáquio Diniz.
Detalhes regionais e etários
Nos últimos 10 anos, manteve-se estável a proporção de
cristãos. Isso indica tanto uma migração de católicos
para as correntes evangélicas e para outras religiões. O
segmento dos sem religião também cresceu
percentualmente, e chegou a 8% da população em 2010. O
contingente de católicos foi reduzido em todas as
regiões e se manteve mais elevado no Sul e no Nordeste.
O Norte foi onde houve a maior redução relativa dos
católicos.
Quanto à faixa etária, a proporção de católicos foi
maior entre as pessoas com idade superior a 40 anos.
Segundo o estudo, isso é decorrente de gerações formadas
durante os anos de hegemonia católica. Já os evangélicos
pentecostais têm sua maior proporção entre as crianças e
os adolescentes, sinalizando uma renovação da religião.
O grupo com idade mediana mais velha é o dos espíritas
(37 anos) que cresceu na última década e chegou a 3,8
milhões de pessoas, sobretudo nas regiões Sudeste e Sul.
Os espíritas são os que apresentaram melhores
indicadores, como a maior proporção de pessoas com nível
superior completo (31,5%). <http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-ibge-e-a-religiao-%E2%80%93-cristaos-sao-868-do-brasil-catolicos-caem-para-646-evangelicos-ja-sao-222/>
ISLAMISMO CRESCENTE
O Islã no Brasil conta com 35.167 seguidores, segundo
dados do censo demográfico de 2010 do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).[1] Porém,
algumas instituições islâmicas brasileiras consideram
que o número de seguidores é muito superior e que há
cerca de 1,5 milhão de fiéis do
Islã no país.[2] [3] O
número de brasileiros convertidos ao islã cresceu 25%
entre 2001 e 2011.[4] O fenômeno pode ser
explicitado pelo aumento no número de mesquitas no país
(de 70 para 115), de sheikhs que falam português (que
triplicou) e de brasileiros no topo da hierarquia de
entidades muçulmanas.[3]
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Isl%C3%A3_no_Brasil>
Os dados mostram que os cristãos,
que eram 89,3% dos brasileiros no fim do Século
XX, caíram para 86,8%.
Os não religiosos, que eram 7% e
caíram para 5% nos primeiros três anos deste século,
voltaram a crescer, passando para 8%.
No resultado final, mesmo em nosso país,
que é um dos mais religiosos do mundo,
o número dos não
religiosos tende a subir cada vez mais. Embora tenha
caído entre 2000 e 2003, voltou a subir, crescendo em sete anos 60%,
passando de 5% para 8%.
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