RIO DE JANEIRO, O ESTADO MAIS
INTOLERANTE
A intolerância
religiosa ocorre por todas as partes; mas o Rio de Janeiro é o estado onde ela
tem sido mais abundante. Desde os atos de agressões a pessoas de outras
religiões pelos evangélicos até as tentativas de legislar intolerância, não
bastasse a existência de grupos de bandidos evangélicos.
"Mais de 600 casos de intolerância
religiosa foram registrados no Rio em quase 2 anos e meio
Publicado por Tiago Chagas em 19 de agosto de 2015
Um relatório apresentado durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa
do Rio de Janeiro (ALERJ) apontou que entre julho de 2012 e dezembro de 2014
foram registradas 948 queixas de intolerância, sendo que
71% delas sobre intolerância religiosa.
O Centro de Promoção da Liberdade Religiosa & Direitos Humanos (CEPLIR), ligado
à Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, apresentou os
dados colhidos ao longo de 29 meses e destacou a larga maioria dos casos ligados
às religiões.
Como resposta, o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e
Cidadania, deputado Marcelo Freixo (PSOL), disse que pedirá ao presidente da
ALERJ, Jorge Picciani (PMDB), a implantação da Lei 5.931/11, que criou a
Delegacia de Combate aos Crimes Raciais e Intolerância.
O CEPLIR foi criado em 2012 com o objetivo de prestar assistência em casos de
desrespeito aos Direitos Humanos e defender a liberdade de crença, expressão,
filosofia de instituições religiosas e indivíduos e comunidades tradicionais, de
acordo com informações do G1.
“O grande desejo dos representantes das religiões diversas é a criação dessa
delegacia especializada. Os crimes de ódio, que assistimos diariamente no
Rio, merecem que essa demanda seja atendida”, afirmou Freixo.
O deputado Átila Nunes (PSL), presidente da Comissão de Combate às
Discriminações e ao Preconceito e autor da Lei 5.931/11, afirmou que
mensalmente, um ou dois casos de intolerância são registrados: “Temos
um pequeno Estado Islâmico encravado no Rio de Janeiro”, disse.
O babalaô Ivanir do Santos, presidente da Comissão de Combate a Intolerância
Religiosa (CCIR), afirmou que até janeiro de 2016 irá apresentar um relatório
sobre esses casos, com o objetivo de fazer uma denúncia internacional: “Vamos
condensar um documento com depoimentos para fazer uma denúncia sobre
intolerância religiosa às cortes internacionais. Os casos persistem e crescem na
sociedade brasileira e o que nos chama a atenção é a morosidade da investigação
desses episódios. Há má vontade em olhar esses casos como
crime”, disse.
O caso de maior repercussão recentemente no Rio de Janeiro foi
o apedrejamento de uma menina candomblecista (foto) por um
grupo de pessoas que supostamente seriam evangélicos.
O estudo feito pelo CEPLIR mostra que houve 948 casos de intolerância em um
espaço de 29 meses (julho de 2012 e dezembro de 2014), e 674 (71%) foram
relacionados a questões religiosas.
O portal de notícias da Globo, G1, noticiou o caso de forma parcial e
sensacionalista, com a manchete “RJ registra mil casos de intolerância religiosa
em 2 anos e meio”. Além de ser imprecisa, pois arredonda o número de casos
acrescentando 52 na conta, a chamada é inverídica, pois atribui todos os casos
de intolerância registrados no estado à religião, o que pode ser constatado no
próprio texto do portal.
http://noticias.gospelmais.com.br/mais-600-casos-intolerancia-religiosa-registrados-rio-78663.html
Em nenhum outro estado
tem havido mais agressões por motivos religiosos do que no Rio, haja vista o
número de casos de intolerância registrado. Mas essa intolerância invade o
meio políticos, com parlamentares tentando legislar em favor da intolerância,
como já tentaram nesta quarta-feira aprovar uma lei para multar "em até R$ 270
mil quem fizer piadas com qualquer religião". E o mais singular do Rio de
Janeiro é a existência de grupos de
bandidos evangélicos
que já cometeram agressões e ameaças a pessoas praticantes de religiões de
matriz africana.
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