O texto é tão replicado nestes tempos
de globalização, que nem sei quem o produziu. Mas é informativo pra
caralho!
Segundo a
Academia Portuguesa de Letras, “CARALHO” é a palavra com que se denominava a
pequena cesta que se encontrava no alto dos mastros das caravelas (navios
antigos,usados nos descobrimentos) e de onde os vigias perscrutavam o horizonte
em busca de sinais de terra ou de algum navio pirata.
O CARALHO, dada a sua situação numa área de muita instabilidade (no alto dos
mastros), é onde se manifesta
com maior intensidade o rolamento ou movimento lateral de um barco.
Também era considerado um lugar de “castigo” para aqueles marinheiros que
cometiam alguma infração a bordo.O castigado era enviado para cumprir horas, e
até dias inteiros, no CARALHO e quando descia, ficava
tão enjoado que se mantinha tranqüilo por um bom par de dias.
Daí vem a célebre expressão: “MANDAR PARA O CARALHO”.
Menos justificável do que a palavra
francesa "pica" (espada), que se tornou apelido do órgão sexual masculino, "caralho"
também adquiriu essa conotação, tornando-se um palavrão.
Mas, com o tempo, a situação mudou, e o palavrão se tornou uma "palavrinha"
bastante querida, mas muito polissêmica.
Uma hora, o caralho é ruim, outra hora o caralho é bom, mas em quase todos os
momentos o caralho entra:
“ESTAMOS A IR PRO CARALHO”!, diz o
empresário que está indo de mal a pior.
Essa… “É BOA PRA CARALHO!”, (muito
boa).
Esse lugar… “É LONGE PRA CARALHO!”. O caralho aí é "muuuuito"
Esse cara… “É DO CARALHO!”. Aí pode ser muito bom, ou muito ruim; fica
confuso pra caralho.
“ONDE, CARALHO, VOCÊ SE METEU?", um
vocativo que poderia ser substituído por "cara", ou outra expressão equivalente.
"CARALHO! QUE COISA BOA!". O
caralho aí é simplesmente a expressão de contentamento.
Agora, lembrando as caravelas, tem um
punhado de gente neste país que gostaríamos de "mandar para o caralho".