SACRIFÍCIOS HUMANOS A YAVÉ OU JEOVÁ TAMBÉM
- 24/12/2005 -
A coisa mais comum em religiões no passado é tirar vidas para
agradar aos deuses. Hoje isso é raro, mas ainda existe. O Cristianismo tem como
base da salvação a morte do próprio Jesus Cristo. Mas parece que poucos sabem que os
precursores do Cristianismo faziam sacrifícios humanos ao seu deus, que é o
mesmo deus dos cristãos.
Ao que parece,
quando o homem das
cavernas via animais morrerem queimados por fogo produzido pelos raios,
imaginava que aquele ser invisível que produzia os raios e trovões gostavam de
animais queimados e procurou conquistar sua amizade matando animais e
oferecendo-lhe em sacrifício.
E para lhe parecer mais amoroso ainda, passou a oferecer sacrifícios humanos.
Por isso, em todas as partes do mundo a humanidade chegou praticando esse
tipo de sacrifício.
“Os mochicas, que dominaram a costa norte do Peru entre os séculos I e VIII”,
eram pródigos em sacrifícios humanos. ”Se os mochicas tivessem escrita, seus
best-sellers falariam das propriedades milagrosas do sangue humano para resolver
qualquer tipo de problema. Havia sacrifícios para comemorar boas colheitas, para
lamentar desastres naturais, para controlar secas e chuvas e, acima de tudo,
para manter o poder sobre a sociedade” (Superinteressante, março/2000, pág. 36).
“Na América antiga, sacrificar gente era tão comum quanto matar uma lhama. Os
maias, que habitaram o México e a América Central no século X da nossa era,
tinham verbos específicos para ‘arrancar o coração’ e ‘rolar do alto da
pirâmide...
Nos Andes, o assassinato ritual foi instrumento de expansão do império Inca
(1450-1532).
Os incas tinham predileção pelo sacrifício de crianças nobres no
alto de montanhas...
No livro The Highest Altar - The Story of Human Sacrifice (O Altar Maior – A
História do Sacrifício Humano), o antropólogo americano Patrick Tierney relata a
história de uma menina chamada Tanta Carhua, que, segundo cronistas espanhóis,
afirmou sentir-se ‘muito honrada’ com o seu próprio sacrifício. Os imolados
atingiam um status de divindade, afirma Tierney. Ele pesquisou registros de
execuções rituais em diversas culturas durante seis anos e descobriu que, em
algumas regiões dos Andes, o sacrifício continua a acontecer, até hoje. O último
caso registrado foi em abril de 1999, em uma vila próxima ao Lago Titicaca, no
peru, disse Tierney à SUPER.” (Superinteressante, março/2000, pág. 40).
Os deuses dos povos do Oriente Médio recebiam sacrifício humanos. E seus
adoradores lhes ofereciam os próprios filhos, como se vê na proibição bíblica:
“Não farás assim para com o Senhor teu Deus; porque tudo o que é abominável ao
Senhor, e que ele detesta, fizeram elas para com os seus deuses; pois
até seus
filhos e suas filhas queimam no fogo aos seus deuses.” (Deuteronômio, 12:31).
“Não oferecerás a Moloque nenhum dos teus filhos, fazendo-o passar pelo fogo;
nem profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor.” (Levítico, 18: 21).
Todavia, o que nunca se ouve nas pregações dos cristãos é que o seu deus, que dizem
ser o mesmo deus de Israel, não era, pelo menos naqueles tempos, diferente dos
deuses daqueles povos nesse pormenor. Ele também recebia sacrifícios humanos:
“Ninguém que dentre os homens for dedicado irremissivelmente ao Senhor, se
poderá resgatar: será morto.” (Levítico, 27: 29). Como se vê, sacrifícios
humanos eram proibidos quando oferecidos aos outros deuses; mas ao deus de
Israel era permitido. Um exemplo é a filha de Jefté, que foi
oferecida em sacrifício a Yavé (Juízes, 11: 30-40).
E ao final, o próprio Deus, segundo o Cristianismo, ofereceu em sacrifício o seu
próprio filho, pela salvação do homem: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna.” (João, 3: 16).
Felizmente, o Cristianismo atual está mais civilizado, afastado dos rigores
divinos do passado, e chegou à conclusão de que não precisa mais tirar vidas
simplesmente para agradar ao todo-poderoso como era feito nos tempos mosaicos.
Mas a ideia do derramamento de sangue pelos pecados não acabou, pois acreditam
que o sangue de Jesus foi derramado para expiar os pecados de toda a humanidade.