HISTÓRIA DO SEXO
(13/05/2009)
Fazer sexo todo animal faz. Mas entender bem o sexo é algo bem
difícil. Os gregos antigos acreditavam que o pênis ereto ficava cheio de
ar. E essa crença perdurou até o século XV da nossa era, quando o gênio
"Leonardo da Vinci descobriu que é o sangue que faz o pênis ficar ereto, e não o
ar, como acreditavam os gregos antigos". De lá para cá muito se estudou e
muito se fez pelo sexo.
Como era o sexo na Pré-História?
por Marina Motomura e Gabriel Silveira
Os homens da Pré-História já distinguiam sexo
de reprodução, usavam cosméticos naturais para incrementar a
paquera, faziam sexo em posições bem diferentes do
papai-e-mamãe e usavam até mesmo métodos anticoncepcionais.
Pelo menos é isso que indicam os estudos feitos por
arqueólogos baseados em objetos como estátuas e pinturas
rupestres. Só não dá para ter certeza, porque a Pré-História
é caracterizada justamente pela inexistência de documentos
escritos. “Chegar à verdade acerca da Pré-História é quase
impossível. A arte pré-histórica, grande parte da qual tem
conteúdo sexual explícito, obviamente revela coisas sobre as
quais as pessoas pensavam, mas não pode refletir por
completo o que realmente faziam”, afirma o arqueólogo Timothy Taylor no livro A Pré-História do Sexo. Veja nestas
páginas o que os cientistas descobriram sobre os hábitos
sexuais que faziam a cabeça da humanidade que habitou o
planeta entre 2 milhões a.C. e 4000 a.C. :
É PAU, É PEDRA...
Na Idade da Pedra, métodos anticoncepcionais e
masturbação já faziam parte da rotina sexual.
POSIÇÕES
Nada de papai-e-mamãe na Pré-História. Uma imagem encontrada
em Ur, na Mesopotâmia, datada de 3200 a.C., mostra a mulher
por cima, posição também encontrada em obras de arte da
Grécia, do Peru, da China, da Índia e do Japão. Uma outra
imagem pré-histórica mostra a mulher sentada com as pernas
levantadas para facilitar a penetração do homem. A relação
com penetração por trás também aparece com frequência, assim
como imagens de sexo oral.
CASAMENTO
No Paleolítico, a Idade da Pedra Lascada, os machos
dominantes se casavam com várias mulheres, seguindo o
comportamento de animais polígamos, como bisão e veado. Já
no Neolítico, a Idade da Pedra Polida, a monogamia passa a
ser predominante. Nessa época, os homens passaram a
domesticar animais. Observando o estilo de vida dos bichos e
o papel do macho na procriação, os homens passaram à
monogamia.
MASTURBAÇÃO
Não faltam exemplos da prática do sexo solitário na
Pré-História: há de estátuas a bastões fálicos talhados em
madeira ou em pedra. Uma das estátuas, de Malta, mostra uma
mulher se masturbando de pernas abertas por volta de 4000
a.C. Outra retrata um homem sentado descabelando o palhaço
em 5000 a.C.
CIÊNCIA
Os homens usam plantas medicinais há pelo menos 40 mil anos.
Não há provas diretas, mas arqueólogos desconfiam que
plantas do gênero Aneilema eram usadas para evitar a
gravidez, enquanto a borragem provavelmente já era usada
para amenizar os sintomas da tensão pré-menstrual nas
mulheres e como afrodisíaco para os homens.
HOMOSSEXUALIDADE
Pesquisadores apontam que a atividade homossexual masculina
e feminina é comum em mais de 200 espécies de mamíferos,
aves, répteis, anfíbios, peixes e insetos, o que poderia
indicar que também era praticada pelos homens
pré-históricos. Entre os grandes macacos, como chimpanzés e
gorilas, também rola sexo entre animais do mesmo gênero.
SEXO SELVAGEM
A relação do homem pré-histórico com os animais era bem
próxima – até demais! Há uma pintura rupestre de cerca de
3000 a.C., em Val Camonica, na Itália, que mostra um homem
copulando com um asno! Já na Sibéria aparecem imagens de
homens copulando com alces – em uma das pinturas, o homem
está usando esquis nos pés enquanto transa com o bicho.
MULHER MELANCIA ANCESTRAL
Os homens faziam estátuas eróticas que podem ser
consideradas ancestrais da pornografia. A mais famosa é
conhecida como Vênus de Willendorf: uma mulher de nádegas e
peitos grandes com traços de corante vermelho, encontrada em
uma região com traços de ocupação de até 40 mil anos atrás.
Naquela época, a Europa vivia a Era Glacial, e as mulheres
gordinhas teriam maior potencial de resistência, e por isso
podem ter sido as gostosas da vez.
PAQUERA
Na hora da paquera, o homem pré-histórico já tinha à
disposição cosméticos feitos de plantas, como a hena, usada
nos cabelos. Sabe-se que extratos de beladona eram usados
para dilatar as pupilas e, assim, chamar mais a atenção.
Havia ainda pigmentos avermelhados, que destacavam partes da
pele, e joias feitas de pedras, madeira ou dentes de
animais.
CORPO A CORPO
Quando o homem virou bípede, o corpo passou a ter novos
focos de atração sexual. Os peitos das mulheres, únicas
fêmeas entre os primatas que têm seios permanentemente
grandes, passaram a ser tão atrativos quanto a bunda. Assim,
o ser humano passou a ser um dos poucos animais que fazem
sexo cara a cara, enquanto outros bichos praticam o coito
por trás.
Como era o sexo na
Antiguidade?
por Marina Motomura
Na Antiguidade, a prostituição era
regulamentada, o divórcio começou a
existir e havia até deuses do sexo! Os
documentos da Idade Antiga, que vai de
4000 a.C. ao século 5 d.C. de acordo com
a datação convencional, mostram
curiosidades sobre a vida sexual de
povos como gregos, romanos e egípcios.
Os romanos, por exemplo, prezavam tanto
o sexo que havia uma lei para
desincentivar o celibato: a solteirice e
a falta de filhos eram punidos, e as
pessoas cheias de herdeiros tinham
privilégios. Foi também na Idade Antiga
que os conhecimentos científicos sobre o
rala-e-rola começaram a se aprimorar com
Hipócrates, considerado o pai da
medicina. Os romanos também estudavam o
corpo humano e já conheciam algumas
doenças venéreas, como a gonorreia,
termo cunhado por Galeno no século 2.
Mesmo assim, algumas crendices sexuais
bizarras permaneciam. Na Grécia, por
exemplo, acreditava-se que o contato com
uma mulher menstruada faria o vinho novo
ficar azedo e faria as árvores não dar
mais frutos. :-()
À MODA ANTIGA
Prostituição e homossexualidade eram
comuns, mas havia leis severas para
punir abusos
CASAMENTO
Os gregos e romanos eram monogâmicos –
no império de Diocleciano, em Roma, a
bigamia foi declarada ofensa civil. Mas
os grecoromanos descobriram que o amor
não é eterno: foi nessa época que surgiu
o divórcio. Na Roma arcaica, as mulheres
adúlteras podiam ser condenadas à morte
– isso só mudou após uma lei do
imperador Augusto, que trocou a pena
para o exílio.
POSIÇÕES
Em Roma, as posições sexuais apareciam
em pinturas, mosaicos e objetos de uso
cotidiano, como lamparinas, taças e até
moedas. Em uma face, ficava a posição
sexual, e, na outra, um número. Para
alguns historiadores, as moedas eram
fichas de bordel, e as posições com
penetração tinham números maiores,
indicando que poderiam ser mais
valorizadas.
MASTURBAÇÃO
Nada de condenar o sexo solitário: na
Grécia e na Roma antigas, a masturbação
era vista como natural. No Egito, a
masturbação era até parte do mito da
criação. Um dos ditos piramidais afirma
que Aton, o deus do Sol, teria criado o
deus Shu e a deusa Tefnut através do
sêmen de sua masturbação!
HOMOSSEXUALIDADE
Casais de homem com homem e mulher com
mulher eram comuns na Grécia. Havia até
mitos para explicar a origem da
pederastia, a relação entre homens
maduros e jovens: o primeiro dizia que
Orfeu, um dos seres da mitologia grega,
acabou se apaixonando por adolescentes
depois que sua mulher, Eurídice, morreu. Outra lenda afirma que a pederastia
começou com o músico Tamíris, que foi
seduzido pelo belo Jacinto.
CIÊNCIA
O grego Hipócrates, pioneiro da
medicina, achava que o útero poderia
deslocar-se pelo corpo da mulher em
busca de umidade e poderia chegar até o
fígado! Mas ele também deu bolas dentro:
calculou a duração da gravidez em 10
meses lunares (cerca de 290 dias do
nosso calendário), tempo parecido com os
9 meses atuais, e prescreveu semente de
cenoura como anticoncepcional e
abortivo.
PAQUERA
Os galanteios dos romanos seguiam um
manual: o livro A Arte de Amar, do poeta
Ovídio, escrito entre 1 a.C. e 1 d.C.
Entre as dicas dadas pelo escritor,
estava o uso do goró: "O vinho prepara
os corações e os torna aptos aos ardores
amorosos". Ovídio também incentivava a
galera a melhorar o visu: “Esconda os
defeitos e, o quanto possível, dissimule
suas imperfeições físicas".
NO TRIBUNAL
A legislação sexual da Roma antiga era
polêmica! Eram puníveis com a morte:
adultério cometido pela esposa, incesto
e relação sexual entre uma mulher e um
escravo. No estupro, a punição sobrava
até para a vítima – se não gritasse por
socorro, a virgem poderia ser queimada
viva! Entre as penas leves, estava a
apreensão de propriedades de quem
fizesse sexo anal. No Egito, o adultério
era mau negócio: os homens eram
castrados e as mulheres ficavam sem o
nariz.
PROSTITUIÇÃO
Regras para sexo pago eram
diferentes na Grécia e em Roma
GRÉCIA
As moças da vida não eram todas iguais –
elas seguiam uma hierarquia. A maioria
delas era escrava, mas havia também
mulheres vendidas aos bordéis pelos pais
ou irmãos.
CLASSE ALTA
Prostitutas de primeira classe, com
treinamento intelectual e cultural.
CLASSE MÉDIA
Tocadoras de flauta e dançarinas,
especialistas em ginástica e sexo oral.
Eram imigrantes.
CLASSE BAIXA
Vendidas pela família, ganhavam mal e
tinham poucos direitos.
ROMA
Registradas e pagadoras de impostos, as
prostitutas se vestiam com tecidos
floridos ou transparentes, e, por lei,
não podiam usar a estola, veste das
mulheres livres, nem a cor violeta. Os
cabelos deviam ser amarelos ou
vermelhos. O lugar mais comum de
trabalho delas era sob arcos
arquitetônicos: a palavra fornicação vem
do latim fornice, que significa arco.
Como era o sexo na Idade
Moderna?
por MARINA MOTOMURA
Os costumes medievais recatados
continuaram na Idade Moderna, mas a
Reforma Protestante ajudou a tornar
alguns deles menos rígidos. O divórcio,
por exemplo, que era proibido pelo
catolicismo, passou a ser aceito na
Igreja Anglicana. Para quem não se
lembra das aulas de história, a Idade
Moderna vai de 1453 a 1789, data da
Revolução Francesa. Nesse período, a
Europa viu o monopólio da Igreja
Católica cair, mas as igrejas
protestantes que surgiram na Alemanha,
Inglaterra e Holanda continuaram bem
rigorosas no que se refere às práticas
sexuais. O que mudou foram os padrões de
beleza - mulheres com cinturas fina e
seios fartos passaram a ser as mais
desejadas. Tanto é que, no século 16,
surgiu o espartilho, peça de roupa que
projetava o peito da mulherada para cima
e afinava suas cinturas. Que aperto! :-D
SEXO, AMOR E TRAIÇÃO
Liberdade sexual aumentou, mas leis
para punir traição ficaram bizarras na
Idade Moderna
PAQUERA
A paquera às moças solteiras tinha até
data para acontecer. Nas noites de 30 de
abril, árvores parecidas com pinheiros,
chamada maio, eram plantadas diante das
casas das moças casadoiras. As plantas
tinham significado: as plantas
espinhosas eram dedicadas às garotas
orgulhosas e o sabugueiro, que exala mau
odor, era uma forma de debochar das
pobrezinhas.
AMOR
Na Idade Moderna, começaram a ser mais
comuns os casamentos por amor, e não
apenas por interesse. O hábito de trocar
cartas entre os apaixonados tornou-se
comum. Muitas vezes, as cartas tinham
códigos secretos e ininteligíveis - o
rei Henrique IV, que governou a
Inglaterra de 1399 a 1413, usava, por
exemplo, o $ em seus textos quando
queria esconder algo.
CASAMENTO
De 1545 a 1563, o Concilio de Trento
tornou a Igreja a responsável pelo
casamento – antes, os casamentos eram só
civis, e aconteciam em casa mesmo. A
partir daí, passaram a acontecer diante
de um membro da igreja. Com a Reforma
Protestante, houve novidades nesse
segmento: o rei Henrique VIII, da
Inglaterra, rompeu com a igreja Católica
e fundou a Anglicana em 1534 apenas para
poder se divorciar e se casar com outra
mulher. E os anabastistas, outra
denominação protestante surgida na
época, defendiam a poligamia.
POSIÇÕES
No século 16, o pintor italiano Giulio
Romano pintou uma série de 16 desenhos
para um livro de sonetos obscenos de
Pietro Arentino, retratando várias
posições sexuais. Em um dos quadros, um
homem de joelhos segura uma mulher, que
está na diagonal e com uma das pernas
sobre seu pescoço! A série acabou
confiscada pela igreja em 1524.
E O KAMA SUTRA ORIGINAL?
As pinturas de Giulio Romano são
fichinha comparadas ao Kama Sutra, que
foi escrito provavelmente entre os
séculos 3 e 4, mas só foi popularizado
no Ocidente a partir de 1883, quando
ganhou uma tradução em inglês. O livro
contém a descrição de 529 posições
sexuais. Há desde posições complexas,
como o Ato das Cabras, em que vários
homens transam com uma mulher, a
situações “simples”, como abraços e
estrega-esfrega.
HOMOSSEXUALIDADE
Mesmo com a pena de morte por
enforcamento, os homossexuais não
deixavam de sair do armário. No século
18, começaram a surgir vário bordéis
masculinos na Inglaterra, as “molly
houses” (“molly” era a palavra em inglês
para “efeminado”). Mas eles funcionavam
na surdina. Em 1726, Margaret Clap, dona
de um deles, foi descoberta e condenada
a dois anos de prisão.
PROSTITUIÇÃO
As prostitutas eram chamadas de cortesãs
e seus quartos eram cheios de pentes,
caixas de pó e frascos de perfume. Havia
dois tipos de cortesãs. Algumas atendiam
em casa (geralmente, depois da morte do
chefe de família, quando ficavam sem
dinheiro para o sustento) e tinham uma
agente, a alcoviteira, que buscava
clientes nas ruas. Havia ainda as que
trabalhavam em bordéis, tabelados pelo
estado
PORNOGRAFIA
Quem estudou a Idade Moderna na escola
já ouviu falar de Rousseau e Voltaire. O
que os professores não contam é que
esses intelectuais também escreviam
pornografia! Na era moderna, tornaram-se
comuns livros de contos eróticos.
Voltaire escreveu o livro Candide, que
tem alguns textos eróticos, Diderot fala
de sexo em Les bijoux indiscrets, e
Montesquieu também resvala no assunto em
Le temple de Cnide
LEIS
As leis da Idade Moderna mais humilhavam
que puniam. O adultério, por exemplo,
era “punido” na França com um desfile
dos maridos traídos e das mulheres
traidoras! Os homens eram obrigados a
montar um asno e passear pela cidade
usando chifres, e as mulheres adúlteras
também tinham que montar em um asno,
besuntadas de mel e cobertas de penas,
com um cesto na cabeça!
CIÊNCIA
Como os conhecimentos sobre sexo
evoluíram na Idade Moderna
1495 – soldados
franceses em Nápoles dão sinais de
tumores genitais. É o início da sífilis
na Europa
1527 – é empregada pela
primeira vez a expressão “doença
venérea” por Jacques Bethencourt
1550 – por volta dessa
data, o médico italiano Gabriel
Fallopius descreveu os órgãos
reprodutivos femininos, e um deles
ganhou seu nome: as trompas de Falópio,
hoje chamadas de tubas uterinas
1550 – A invenção da
camisinha moderna também é creditada a
Fallopius e ocorreu nessa década. Ele
que recomendava o uso de um envoltório
de linho sobre a glande para evitar a
disseminação da sífilis
1554 – o médico alemão
Johannes Lange descreve uma doença
bizarra: a clorose, que atacava quem não
fizesse sexo! Entre os sintomas,
letargia e palidez. O tratamento: sexo,
claro
1595 – invenção do
microscópio moderno na Holanda; ele
ganha esse nome somente em 1625, com
Galileu Galilei
1677 – O holandês
Antoine van Leeuwenhoek descobre o
espermatozóide
(Mundo
Estranho)
Mas evolução do conhecimento sobre o sexo
"Século 15: Leonardo da Vinci descobriu que é o sangue que faz o
pênis ficar ereto, e não o ar, como acreditavam os gregos antigos"
1785: Lazzaro Spallanzani realiza a primeira inseminação
artificial, provando que o orgasmo feminino não ocorre somente para a
reprodução.
1905: Freud publica o livro
Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, no qual desenvolveu
seu trabalho sobre sexualidade humana, detalhando o desenvolvimento desde a
infância e afirmando que comportamentos sexuais são comuns às crianças.
1920: Criada a camisinha de látex. Antes, era de papel de seda,
linho e intestinos de animais.
1948: Alfred Kinsey gera polêmica ao publicar seus relatórios
sobre sexualidade e revelar mais sobre as práticas dos americanos. É
considerado o pai da sexologia.
1950: Descoberta do ponto G feminino pelo ginecologista alemão
Ernst Gräfenberg. O termo foi cunhado e popularizado pelos sexólogos
John D. Perry e Beverly Whipple.
1960: Criação da primeira pílula contraceptiva.
Anos 60: A era dos contraceptivos viu nascer uma revolução sexual
em que muitos jovens adotaram o estilo de vida hippie e abraçaram o 'amor
livre'.
1973: A homossexualidade deixa de ser considerada uma doença
mental no Reino Unido. Ela também deixa de ser citada no Manual Diagnóstico e
Estatístico de Doenças Mentais da Associação Psiquiátrica Americana em 1986.
1998: Chegada do Viagra.
2007: Lançamento do intrinsa, adesivo de testosterona usado para
tratar mulheres com disfunções sexuais depois da menopausa." (Galileu, Ed.
213, abril/2009, págs. 12 e 13).
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