Preparem o bolso: Petrobras reajusta
gasolina de novo: mais 8,8%
Publicado em 08/03/2021 - 12:21 Vicente NunesEconomia
A Petrobras não está dando trégua ao
bolso dos consumidores. A empresa anunciou, nesta nesta segunda-feira (08/03),
mais um aumento nos preços dos combustíveis. O reajuste da gasolina será de 8,8%
e o do diesel, de 5,5%. A nova tabelará entra em vigor na terça-feira (09/03).
Este é o sexto aumento da gasolina neste ano e o quinto do diesel em 2020. Os
preços da gasolina nas refinarias da Petrobras acumulam alta de 53% e o do
diesel, de 40%. A correção das tabelas dos combustíveis acontece antes de
Roberto Castello Branco deixar a presidência da Petrobras. Ele foi demitido pelo
presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e
Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, é
possível que, em alguns postos da capital do país, a gasolina passe dos R$ 6 nas
bombas. Tudo dependerá do repasse das distribuidoras aos postos.
“É possível que o litro da gasolina chegue, sim, aos R$ 6, em alguns postos.
Depende do quanto a distribuidoras vão repassar aos postos, se todo o aumento
anunciando pela Petrobras ou mais. Temos que lembrar que a gasolina comum contém
27% de etanol, que também aumentou. Amanhã (terça-feira) saberemos os preços das
distribuidoras”, frisa Tavares. “É preciso dizer, no entanto, que o preço é
livre e que cada revendedor decide seu preço. O sindicato não determina e nem
propõe margem ou preço de bomba.”
De acordo com a Petrobras, o litro da gasolina nas refinarias passará a custar,
em média, R$ 2,84, ou R$ 0,23 a mais do que o valor vigente até esta segunda. O
diesel será vendido por R$ 2,86 por litro, com alta de R$ 0,15 por litro. O
reajuste reflete o aumento da cotação do petróleo no mercado internacional e a
disparada do dólar.
“Os preços praticados pela Petrobras, e suas variações para mais ou para menos,
associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio, têm influência limitada
sobre os preços percebidos pelos consumidores finais”, ressalta a empresa em
nota.
Para a petroleira, “é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga
sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores
responsáveis pelo atendimento às regiões brasileiras”. É essa política de preços
que está no alvo de Bolsonaro.
Na tentativa de mudá-la, ele indicou o general Joaquim Luna e Silva para o lugar
de Castello Branco, cujo mandato vai até 20 de março.