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TESTE DO MAU HÁLITO
Teste se você tem mau hálito
O problema atinge mais 40% da população e, como
nosso olfato se acostuma com os odores, há quem não
perceba que sofre com o cheiro desagradável.
O mau hálito (ou halitose) existe na
população desde o princípio da humanidade. Tanto em
referências históricas, como na literatura (tanto em
comédias com em tragédias) existe a menção de
personagens que apresentam terrível hálito.
Talvez o maior problema de quem tem
mau hálito seja descobri-lo. Como o nariz se
acostuma com o cheiro, a chamada fadiga olfatória,
quem tem mau hálito não o sente, e quem sente
(namorado, marido, amigo) nem sempre se fica
confortável em abordar o assunto.
Segundo Sérgio Salomão Abdala Caruí,
especialista no assunto, a dica é ter uma conversa
particular com a pessoa que apresenta o problema,
pois o mau hálito pode causar uma discriminação
social importante que acaba por isolar o indivíduo
do convívio social ou então faz com que ele se
retraia e tenha até problemas profissionais
(vendedores, médicos, professores etc.).
Faça um teste
Apesar de outro ter papel importante
no diagnóstico, uma avaliação pode ser feita pela
própria pessoa. Responda sim para cada situação em
que sente o mau hálito ou para o hábito que tenha:
1- Bebo pouco líquido
2- Sou fumante
3- Fico muitas horas sem me alimentar
4- Tenho intestino preso
5- Respiro pela boca
6- Costumo roncar
7- Tenho diabetes
8- Sinto minha boca seca com freqüência
9- Tenho tártaro
10- Uso aparelho ortodôntico
11- Uso prótese dentária
12- Tenho sangramento gengival quando passo o fio
dental ou quando escovo os dentes
13- Tenho uma placa esbranquiçada no fundo da língua
14- Às vezes percebo pequenos flocos ou grãos de
odor desagradável de cor amarela ou branca expelidos
de minha garganta
15- Tomo bebidas alcóolicas com freqüência (mais de
duas vezes por semana)
16- Não falo de perto; ponho a mão na boca ou desvio
o rosto
17- Costumo chupar balas para mascar chicletes ou
utilizar outro recurso para mascarar o mau hálito
18- Acho que tenho mau hálito, embora nunca alguém
tenha confirmado isso
Depois passe
a língua no punho e aguarde 30 segundos. Cheire o
local. Se notar um aroma desagradável e foram
assinalados dois ou mais itens é melhor perguntar a
uma pessoa de confiança.
“Uma boa notícia é que o problema tem
solução”, garante Salomão. E ela não está nas balas
ou enxaguatórios bucais que só marcaram
temporariamente o problema. A solução está em
descobrir a causa do mau hálito, que não é uma
doença e sim um sintoma.
Possíveis causas
- Variações fisiológicas e
adaptativas do indivíduo
- Hora do dia
- Hábitos alimentares
- Higiene oral
- Uso de próteses dentárias
- Doenças nos pulmões, esôfago e nas vias aéreas e
digestivas superiores
- Doenças sistêmicas e psiquiátricas, e mais de 50
outras origens que precisam ser investigadas e
tratadas.
Por esta razão o especialista na área
tem que atuar como um clínico geral, investigando
todos os sintomas. “Um paciente pode apresentar mau
hálito decorrente de um diabetes ou uma escamação na
pele pode ser a chave para se diagnosticar uma
síndrome que causa o mau hálito”, explica o
odontolaringologista.
Informações:
www.hospitalpaulista.com.br ou (11) 3885-8119.
10 problemas comuns que causam o mau
hálito
Cerca de 30% dos brasileiros sofrem
com ele. Além de afetar a sua vida social, o odor
pode significar uma doença. Veja algumas sugestões
para eliminar esse incômodo
Por Victoria Bensaude
Tem situação pior do que esta: você
está conversando com uma pessoa e ela se afasta
lentamente do seu rosto? Essa cena é muito comum e
geralmente acontece devido a um problema que atinge
mais de 30% da população brasileira: o mau hálito.
Esse terrível constrangimento pode
tanto afetar a sua vida social como a sua saúde. Mas
quais são os motivos do mau hálito? Porque são
provocados? Como evitar esse embaraçoso problema?
Para acabar com essas dúvidas e com o
péssimo odor da boca, o iTodas conversou com alguns
especialistas e separou 10 problemas comuns que
causam o mau hálito. Trazemos ainda dicas de como
resolve-los.
1 – Má alimentação
“Existem bactérias que se alojam nas papilas da
língua, começam a fermentar restos de alimentos.
Dependendo do que você come, essa fermentação chega
liberar um odor desagradável”, explica a dentista
Denise Tanus.
O que ajuda: beber bastante água e ter uma dieta
balanceada.
2 – Jejum prolongado
Grandes períodos sem comer podem causar o mau
hálito, pois diminui o fluxo salivar (a saliva tem
função de lavar) e aumenta a fermentação. “Há
pessoas que não comem nada no café da manhã,
dispensando uma das principais refeições do dia. Mas
com o estômago vazio, o suco gástrico passa a ser
sentido na boca. Isto vale para outros longos
intervalos de tempo entre uma refeição e outra”,
comenta o cirurgião-dentista Marcelo Rezende.
O que ajuda: comer a cada três horas.
3 – Higiene oral
Se não for feita uma adequada, a placa bacteriana
aumenta e promove o mau hálito. “A escovação bem
feita é determinante para acabar com o problema. O
fio dental deve ser usado corretamente. Sua função é
remover a placa bacteriana que se aloja na gengiva”,
acrescenta Denise Tanus.
É bom também não esquecer de escovar
a língua, pois as papilas também retêm a placa
bacteriana. Após tomar todos estes cuidados, pode-se
fazer um bochecho com uma solução bucal.
O que ajuda: limpar os dentes depois das refeições.
4 – Baixo Fluxo Salivar
Ela é responsável por lavar a boca. Se você tem
dificuldade de produzi-la, isso deve ser um problema
fisiológico.
O que ajuda: beber muita água ou usar lubrificadores
bucais.
Xô, mau hálito
Esqueça as balas ou chicletes. A cirurgiã-dentista Júlia
Futaki, mestre pela Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (USP), vai te explicar tudinho
sobre a halitose. Veja como se livrar de vez desse
problema desagradável
1- O QUE É HALITOSE?
É uma condição anormal do hálito, na qual este se altera
de forma desagradável, tanto para o paciente como para
as pessoas com as quais ele se relaciona. É conhecida
como hálito fétido, mau hálito, bafo de onça. Pode
restringir o indivíduo socialmente, diminuir a
auto-confiança, interferir nos relacionamentos e no
desempenho das atividades do dia-a-dia. Pessoas
preocupadas com o mau hálito costumam falar olhando para
baixo, encobrem a boca com as mãos e chupam balas para
mascarar o odor. O mais comum, porém, é o portador não
se aperceber do problema. Isso ocorre porque se acostuma
a conviver com ele.
O mais indicado é consultar o dentista. Para testar se
há a presença de saburra lingual (substância
esbranquiçada), esfregue sobre a língua uma gaze,
observe a coloração e depois cheire. Se houver odor
fétido, está confirmado o problema.
2- QUAIS SÃO AS CAUSAS DOS ODORES BUCAIS?
As principais são a ausência de escovação de dentes, da
língua e do uso de fio dental; cáries; placas
bacterianas, próteses porosas que retêm resíduos;
gengivite, estomatites, hemorragias gengivais, úlceras e
retenção de sangue entre os dentes. Existem outras
causas relacionadas às vias aéreas superiores e seios
nasais como: infecções específicas, carcinomas e
abscessos nas amídalas e faringe, sinusites, adenóides e
rinites. Medicamentos também podem comprometer o hálito,
pois provocam uma diminuição do fluxo salivar.
3- AO ACORDAR, SEMPRE TEMOS MAU HÁLITO? COMO EVITAR
ISSO?
A maioria das pessoas apresenta um odor ruim, ao
despertar, devido à redução do fluxo salivar durante o
sono, que chega praticamente a zero. Isso gera depósitos
saburrosos (concentração de microrganismos, como fungos
bactérias e resíduos alimentares) no dorso da língua,
que resulta em mau cheiro. A intensidade do hálito de
manhã aumenta, quando há outros fatores associados. São
exemplos a sinusite crônica, o hábito de dormir com a
boca aberta, deficiência na higienização e queda do
índice glicêmico devido ao jejum. A halitose matinal
pode ser eliminada com a escovação lingual, dos dentes,
o uso de fio dental e soluções específicas para
bochechos.
4- PASSAR HORAS SEM COMER É UM FATOR DE RISCO?
Sim. É o “odor da fome”, que vem da putrefação dos sucos
pancreáticos, por causa de longos períodos sem comer. O
intervalo longo entre as refeições diminui o fluxo
salivar e cria depósitos de saburra na língua. A fome
gera a queda de glicose no sangue ? hipoglicemia ?,
agravando a halitose ? problema que pode ser resolvido
com a ingestão periódica de alimentos ou até mesmo de
água.
Alimentação mais sólida serve como escova natural,
limpando a língua mecanicamente. Contra a saburra
lingual, o tratamento é a escovação da língua, seguida
de bochecho e gargarejo com uma colher de sobremesa de
água oxigenada (10 volumes) diluída em meio copo de
água. Há também produtos específicos.
5- DISTÚRBIOS NO ESTÔMAGO CAUSAM O ODOR? E O ESTRESSE?
A relação halitose e estômago se dá com a presença de
regurgitações ou arrotos, que provocam a volta de
materiais orgânicos semi-decompostos do estômago para a
boca ou em casos de úlceras gástricas ou necrose. São
comuns alterações no estômago causadas por tensão
emocional, ansiedade e estresse. Sob a pressão do
estresse há a redução de glicose no sangue, fazendo
nosso organismo obter energia através da degradação de
proteínas e gorduras, em vez dos carboidratos, que são
excretados através dos pulmões e da saliva, gerando o
odor. Quem toma antiácido pode ter a xerostomia (boca
seca), e a halitose aumenta. O tratamento é igual ao da
saburra lingual.
6- CHICLETES, PASTILHAS, DESODORANTES BUCAIS OU BALAS
REDUZEM O MAU CHEIRO?
Eles só “mascaram” o odor original. Há enxaguatórios que
agem sobre os detritos alimentares em decomposição na
boca. Gomas de mascar e balas estimulam o fluxo salivar
temporariamente, mas não resolvem o problema. Vejamos o
exemplo do cigarro, charutos, cachimbos, que deixam
um odor desagradável na boca e que só será combatido com
a suspensão do uso. O alho e a cebola desprendem seu
odor forte após a digestão. É sempre bom lembrar que a
halitose não é de origem gástrica, com exceção de casos
de arrotos e vômitos.
7- HÁ CURA PARA O PROBLEMA?
Halitoses causadas por problemas, como diabetes,
alterações pulmonares, renais, estomacais, devem ser
tratadas por especialistas. Em 90% dos casos, o mau
cheiro se origina de problemas bucais. Para prevenir,
deve-se fazer tratamento odontológico para remover as
cáries, escovar e passar fio dental nos dentes, limpar a
língua, reduzir a ingestão de substâncias gordurosas
como queijos amarelos, carnes e evitar alimentos
aromáticos como alho, cebola e ovo.
Comer de três em três horas e beber bastante água também
reduz o mau hálito. Use alimentos “detergentes”, como
maçã, laranja, abacaxi cenoura, que “varrem” a parte
superior da língua e do esôfago, evitando a retenção de
restos alimentares no órgão.
Fonte: Revista Viva Saúde/Ed. 48
Por: Aguinaldo Petiinati
Foto: Símbolo Press
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