O homem primitivo criou
deuses para explicar os fenômenos da natureza, cuja origem ele não entendia.
Hoje, no entanto, embora a ciência explique muitas coisas, muitos continuam
vendo o invisível na natureza.
"Um homem sussurrou: Deus fale comigo.
E um rouxinol começou a cantar
Mas o homem não ouviu.
Então o homem repetiu:
Deus fale comigo!
E um trovão ecoou nos céus
Mas o homem foi incapaz de ouvir.
O Homem olhou em volta e disse:
Deus deixe-me vê-lo
E uma estrela brilhou no céu
Mas o homem não a notou.
O homem começou a gritar:
Deus mostre-me um milagre
E uma criança nasceu
Mas o homem não sentiu o pulsar da vida.
Então o homem começou a chorar e a se desesperar:
Deus toque-me e deixe-me sentir que você está aqui comigo…
E uma borboleta pousou suavemente em seu ombro
O homem espantou a borboleta com a mão e desiludido
Continuou o seu caminho triste, sozinho e com medo.
Até quando teremos que sofrer para
compreendermos
que Deus está sempre onde está a vida?
Até quando manteremos nossos olhos e nossos
corações fechados para o milagre da vida
que se apresentas
diante de nós em todos os momentos?"
(mensagem encontrada em um folheto
fixado na parede no meu setor de trabalho)
É compreensível que nos
primórdios da humanidade animais fossem deificados. O risível é atualmente
pessoas ainda criarem mensagens como essa para tentar fazer crer que esse ser
imaginário exista.
Bem diferente é um
pensamento de um racionalista:
“Se um Deus
bondoso e infinitamente poderoso governa este mundo, como podemos justificar os
ciclones, os terremotos, a pestilência e a fome? Como podemos justificar o
câncer, os micróbios, a difteria e milhares de outras doenças que atacam durante
a infância? Como podemos justificar as bestas selvagens que devoram seres
humanos e as serpentes cujas mordidas são letais? Como podemos justificar um
mundo onde a vida alimenta-se da vida? Será que os bicos, garras, dentes e
presas foram inventados e produzidos pela infinita misericórdia? A bondade
infinita deu asas às águias para que suas presas fugazes pudessem ser
arrebatadas?
A bondade infinita criou os animais de rapina com a intenção de que
eles devorassem os fracos e os desamparados? A bondade infinita criou as
inumeráveis criaturas inúteis que se reproduzem dentro de outros seres e se
alimentam de sua carne? A sabedoria infinita produziu intencionalmente os seres
microscópicos que se alimentam do nervo óptico? Pense na idéia de cegar um homem
para satisfazer o apetite de um micróbio! Pense na vida alimentando-se da
própria vida! Pense nas vítimas! Pense no Niagara de sangue derramando-se no
precipício da crueldade!"
(Robert Green Ingersoll, 11 de agosto de 1833 – 21
de julho de 1899, líder político estadunidense)
Longe de mostrar esse
deus em que pessoas acreditam, a natureza nos mostra um cenário nada divino.
É muito infantil pensar que essa guerra de sobrevivência que os seres vivos enfrentam
continuamente seja obra de um ser que as pessoas imaginam perfeito, justos
e bom.