VIOLÊNCIA RELIGIOSA DO BOKO HARAM

 

Os mais fortes cometem atrocidades em nome da fé, e as vítimas, os mais fracos, se consideram mártires em nome da fé. Assim prossegue a histórica barbaridade em nome de seres imaginários inúteis e nocivos.

 

Radicais do Boko Haram invadem igreja, decapitam fiéis e estupram mulheres durante culto
Publicado por Tiago Chagas em 1 de setembro de 2014


Um atentado terrorista dos extremistas islâmicos do Boko Haram matou fiéis cristãos que estavam numa igreja de Attagara, em Gwoza, na Nigéria, no dia 24 de agosto.

O grupo de muçulmanos tinha aproximadamente 100 homens, e de acordo com informações do ministério Voz dos Mártires, após invadir o local durante um culto, os terroristas mataram homens, mulheres e crianças.

Os relatos do ataque são estarrecedores e dão conta de que as execuções aconteceram de forma cruel, com muitos homens sendo decapitados e muitas mulheres sendo estupradas pelos radicais.

Segundo moradores da aldeia Attagara, muitas mulheres foram sequestradas e obrigadas a se casarem com os terroristas. Sawaltha Wandala, 55 anos, chegava ao culto quando viu um menino de seis anos ser morto e jogado numa vala.

Escondido, o senhor encontrou outra criança ainda viva e saiu com ela para o hospital, em busca de ajuda. Porém, cinco extremistas foram atrás dele e tomaram a criança, decapitando-a na sua frente. Wandala foi agredido com paus e pedras, e quando desmaiou, foi deixado para trás porque os extremistas presumiram que ele estava morto.

Outro fiel que sobreviveu ao ataque também relatou os momentos de terror que passou na mão dos extremistas. John Yakubu escapou do ataque à igreja em Attagara e se dirigiu com a família em direção à fronteira com Camarões.

Precisando dos documentos, retornou à aldeia e quando chegou em casa, foi surpreendido por um grupo de radicais do Boko Haram, que deram a ele a opção de se converter ao islamismo ou morrer. Fiel, Yakubu negou a oferta, e foi amarrado a uma árvore e torturado, enquanto ouvia ofertas de conversão dos muçulmanos.

Com os cortes feitos em seu corpo, Yakubu perdeu muito sangue e desmaiou. Os terroristas acharam que ele havia morrido e o deixaram para trás. Socorrido, foi internado em coma e ao recobrar a consciência, disse que não havia mágoa em seu coração em relação aos agressores: “Eu perdoei os muçulmanos. Eles não sabem o que estão fazendo”.

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A história mostra o relacionamento religioso sempre assim: em nome de um deus, aqueles que estão com a força torturam e matam os mais fracos, e estes sempre perdoam dominadores.  Mas, nem de um lado nem do outro, ninguém percebe que seu deus nada faz, e só eles estão fazendo em nome desses hediondos seres imaginários.

 

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