VOLTA AO PASSADO

16/10/2009

 

Em caso de uma hipotética destruição da tecnologia atual, o mundo se tornaria muito pior do que se mostra atualmente, e o misticismo se fortaleceria como nunca.

"Por que alguém resolve enfileirar rochas de até 40 toneladas (peso equivalente a 50 carros populares) como se fossem peças de dominó?

Essa é uma pergunta que desafiam arqueólogos e demais estudiosos de Stonehenge, construído na região sul da Inglaterra ao longo de 1500 anos, muito antes da invenção do guindaste. As principais hipóteses:

Ele pode ter sido um santuário religioso, um cemitério reservado à elite ou um observatóriousado para calcular as estações do ano.

As pessoas iam lá para se tratar dos mais variados problemas de saúde, confiantes no poder curativo das pedras azuladas de seu interior.

TEORIAS MIRABOLANTES

Blocos de pedra movidos com a ajuda de rodas gigantes.

O círculo de pedras de Stonehenge foi construído em 3 fases. Mas só ficou com o desenho atual na última,d e 2600 a.C. a 1900 a.C. Até hoje, não há consenso quanto à tecnologia empregada por seus construtores. Veja nas ilustra ao lado a teoria mais recente e uma das mais mirabolantes.

1- Em 2007, o britânico Nick Weegenaar sugeriu que os lintéis (rochas que formam as 'traves de Stonehenge) podem ter sido presos numa grande roda de madeira e alçados, até ser encaixados sobre as rochas verticais.

2- Com cordas de fibras vegetais muito resistentes, a roda supostamente era puxada por dezenas de pessoas. Do ouro lado, uma trava ia sendo constantemente ajustada, para impedir que a engenhoca andasse para trás.

3- Quando a rocha (que podia pesar algo entre 5 e 40 toneladas) chegava lá no alto, a quase 7 metros de altura, a roda era desmontada - segundo a teoria de Weegenaar, é claro. Uma estrutura de madeira resistiria a tanto peso?" (Superinteressante, junho/2009, págs. 16, 17).

Desenho de como deveria ser Stonehenge como um observatório astronômico.

Se há quase sete milênios houve um povo capaz de construir tão pesado monumento, que até com a tecnologia atual seria uma tarefa muito difícil, podemos deduzir que houve algo muito trágico para destruir esse conhecimento. Esse povo tão hábil deve ter sido exterminado por um povo mais atrasado, mas melhor preparado para a guerra. Ou teria sido uma epidemia? Talvez um dia a Arqueologia ainda nos responda isso.

Embora o mundo desenvolvido esteja cheio de dúvida, para os que recorrem às fantasias primitivas sempre há explicação. Os ufólatras aventaram até a hipótese de seres extraterrestres serem os construtores de Stonehenge.  E, no mundo religioso não faltam os que usam esse mistério como se isso fosse prova da existência de seres sobrenaturais.

Pensando no povo que construiu Stonehenge, imaginemos um retrocesso semelhante ocorrendo atualmente:

Pensemos na hipótese pouco provável de que um desses fanáticos religiosos que vivem querendo dominar o mundo de hoje e impor suas crendices conseguisse construir artefatos atômicos em grande quantidade. Um dia, pensando em reformar o mundo, o mestre-mor da obra santa determinasse a seus súditos que jogasse bombas atômicas em todas as cidades do Ocidente e as do Oriente que não estivessem sob seus domínios. Ao mesmo tempo, o Ocidente estaria revidando com bombas sobre todas as bases desses agentes da missão divina. E, ao fim de um dia estivessem destruídas todas as fábricas modernas e mortas todas as pessoas detentoras das tecnologias de ambos os lados.  Nessa guerra sem precedentes, teriam sobrevivido apenas algumas famílias pobres de zonas rurais.  Não teria restado sequer uma fábrica de bicicletas, nem uma pessoa capaz de fabricar uma enxada ou uma faca.

O mundo seria repovoado em uma situação semelhante à de muitos milênios atrás. Mas ficariam vestígios de um mundo altamente desenvolvido.

Daqui a dois séculos, um pai diria ao filho ou um professor ao aluno, mostrando um velho telefone celular e um aparelho de computador:

O ser humano comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e atingiu um grau tão elevado de conhecimento, que, com um aparelhinho deste, conseguia falar com pessoas que viviam do outro lado do mundo, e com este outro se poderia, além de falar, até ver o que estivesse acontecendo lá. O homem já tinha criado até máquinas que voavam, levando as pessoas rapidamente para todos os lugares do mundo. Mas o povo se tornou tão mau, que Deus (Yavé, Alá, ou outro qualquer, conforme a religião de cada grupo sobrevivente) fez com que as próprias máquinas voadoras dos homens explodissem sobre as grandes cidades, onde estava o povo perverso, destruindo quase toda a humanidade, deixando a salvo apenas algumas poucas famílias puras que não se haviam contaminado com os pecados do mundo.

Outro mestre iria dizer:

Os seres extraterrestres superdesenvolvidos trouxeram para a terra esses aparelhos capazes de fazer comunicação a milhares de quilômetros de distância, e também máquinas capazes de voar, levando as pessoas para todas as partes; mas, cansados das maldades humanas, retornaram para seu mundo, fazendo que as máquinas voadoras explodissem sobre as cidades, deixando uma tremenda destruição. 

No caso de ocorrer tal evento catastrófico, o mundo voltaria à barbárie antiga praticada em nome dos deuses e levaria vários milênios para novamente chegar ao estágio em que se encontra atualmente, e a religião novamente seria fortalecida, sendo todas as desgraças produzidas pelo homem novamente atribuída a ação divina.  E, para coroar de êxito as fantasias sobrenaturais, alguém do mundo cristão teria um exemplar da Bíblia, onde iriam ler na carta de São Pedro a previsão de tal acontecimento: "os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há, serão atingidas."(II Pedro, 3: 10).  Os sobreviventes muçulmanos certamente encontrariam nos restos do Alcorão alguma previsão de Maomé; e aqueles que não pertencessem ao Cristianismo nem ao Islamismo com certeza iram encontrar alguma explicação sobrenatural para a derrocada do mundo civilizado.

 

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