A ORIGEM DO CHURRASCO
O homem pré-histórico
era um coletor de folhas e raízes, extrativista, caçador, comedor de carne crua.
E houve um dia em que escureceu de repente, ribombaram os trovões e um relâmpago
cortou o céu. Um raio caiu sobre a floresta provocando um incêndio. Animais
mortos, queimados, e aquele homem primitivo, também ele um animal, experimentou
desta carne e gostou.
E quando, muito mais tarde, o primitivo homem das cavernas descobriu como fazer
e conservar o fogo, descobriu muito mais do que uma simples fonte de luz e de
calor. Certamente, um dia, enquanto se esquentavam ao redor das fogueiras,
alguém experimentou jogar ao fogo um pedaço da caça do dia. E logo perceberam
que algo mudara. Enfumaçada, queimada, assada, torrada, de qualquer jeito que a
carne ficasse, algo tinha mudado. Mudara o gosto e, principalmente, a
conservação. A carne que passara pelo fogo durava mais. E isto significava que
liberava tempo, diminuía os riscos de enfrentar as feras. A comida de amanhã
estava garantida, não precisavam caçar todos os dias.
E dentro da caverna o fogo adquiria outros significados: protegia dos animais
selvagens, encompridava o dia, permitia uma tosca troca de experiências,
congregava. E ainda hoje é este espírito de congregação que preside os nossos
churrascos. Os mesmos homens, reunidos em volta do fogo. Não mais os perigos,
não mais o instinto de sobrevivência, mas a fome civilizada, o espírito de
confraternização.
Não estariam aí as origens mais remotas do nosso churrasco?
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CURIOSIDADES