CASO DOS CARTAZES
O caso dos cartazes foi
um incidente envolvendo a afixação de cartazes anti-católicos na noite de 17
para 18 de Outubro de 1534 em Paris. Este incidente marcou o fim das políticas
conciliadoras do rei Francisco I da França, que passou a perseguir os
protestantes.
Desenvolvimento
Cartazes de 37 por 25 cm que criticam a celebração da missa tal como ela é feita
oficialmente pela Igreja católica são afixados em vários locais. É
particularmente atacada a repetição cerimonial da morte de Cristo, simbólica, no
altar. Se o sacrifício já foi consumado, por que se apoderam os sacerdotes
católicos deste ritual simbólico? Os argumentos teológicos dos protestantes
fundamentam-se na Epístola de São Paulo aos Hebreus. A propaganda protestante
pretende transmitir a ideia de que a eucaristia é uma blasfémia, uma vez que a
morte de Cristo não se deixa repetir. Esta demanda foi o resultado da acção de
Antoine Marcourt, Pastor de Neuchâtel, também ele um natural da Picardia. A
situação tornou-se particularmente crítica e descambou numa reacção brutal por
parte da Igreja católica e do estado francês.
Protestantes franceses seriam encarcerados e assassinados. Em Janeiro de 1535, o
rei Francisco I organiza uma procissão macabra pelas ruas de Paris. A procissão
pára em 6 locais distintos. Em cada uma das paragens há
um pódio onde o rei, os embaixadores e dignos membros do "parlement" se instalam
para assistir à morte pela fogueira de 6 "heréticos" envolvidos no
caso dos cartazes do ano anterior.
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_dos_cartazes>