COMBUSTÍVEL CARO, DE QUEM É A CULPA

 

"Combustível caro: de quem é a culpa?
Opinião | 25 de maio de 2018

No momento em que o valor da gasolina alcança o incrível patamar de R$ 5,00/litro em certas regiões do Brasil, petroleiras e petroleiros de todo o Brasil decidem construir uma greve não somente contra a privatização da Petrobrás, mas também contra a política criminosa de preços de Pedro Parente e Michel Temer. Dias depois, um forte movimento grevista de caminhoneiros em todo o País incendeia o debate sobre os contínuos aumentos nos combustíveis.

Esses vários fatores foram responsáveis por alçar o tema do preço dos combustíveis para a debate político nacional. Por que está caro? Como baratear? É possível ser mais barato? De quem é a culpa?

Nos últimos dias, muito tem se falado sobre um suposto grande vilão dessa novela: os impostos. Empresários, políticos de direita e até a atual direção da Petrobrás tem se esforçado nessa linha, o que tem levado o Governo Federal cogitar a redução de alíquotas sobre esses produtos. Esse discurso, entretanto, é raso e perigoso, embora possa parecer coerente.

É inegável que a carga tributária no País é historicamente desigual – penalizando os mais pobres e a classe média, e aliviando para os mais ricos. Contra isso é preciso lutarmos e defendermos uma reforma tributária justa no País, com taxação sobre altas rendas, heranças e grandes fortunas.

Entretanto, é preciso esclarecer melhor sobre essas meias-verdades. Como já temos denunciado desde o golpe de 2016, o grande responsável pelo aumento dos combustíveis é a ação deliberada de desmonte da Petrobrás por parte do Governo Temer. A política de preços adotada por Pedro Parente abriu as portas para um intenso processo de privatização da Petrobrás e entrega do mercado nacional para empresas estrangeiras.

Vamos aos números: em 20 de fevereiro, o valor do litro de diesel A na refinaria era de R$ 1,7369, enquanto em 23 de maio esse valor era de R$ 2,3351 – representando uma alta de 34,44% em apenas três meses. O mesmo acontece com a gasolina, que saltou de R$ 1,5148 em fevereiro para R$ 2,0433 em maio – o que corresponde a um aumento de 34,89%. Nesse mesmo período, não tivemos nenhum reajuste nos impostos que incidem sobre a gasolina e o diesel. Ou seja: o que será que fez com que a gasolina batesse os R$ 5 em Minas e outros estados?

Curiosamente, a grande mídia, os empresários e políticos de direita não tem sequer citado sobre a responsabilidade da política atual da Petrobrás sobre o aumento excessivo da gasolina, diesel e gás de cozinha. Se nosso objetivo é conquistar o apoio do povo em relação às lutas que virão, será também nosso papel entrar nessa ferrenha disputa de narrativas.

<http://sindipetro.org/2018/05/25/combustivel-caro-de-quem-e-a-culpa/>

 

Como se vê, não são os altos impostos sobre os combustíveis, mas a política destrutiva praticada por nosso governo entreguista que nos impõe essa carga que piora a vida de todo mundo e ainda mais a dos mais pobres.

 

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