Acreditamos que o que está por trás do rompimento da barragem em Mariana e em
Brumadinho é a privatização.
"O rompimento de
barragem em Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019, resultou em um dos maiores
desastres com rejeitos de mineração no Brasil. A barragem de rejeitos, cuja
designação oficial era barragem da Mina do Feijão,[2] classificada como de
"baixo risco" e "alto potencial de danos",[3] era controlada pela Vale S.A.[4] e
estava localizada no ribeirão Ferro-Carvão,[5] na região de Córrego do
Feijão,[6] no município brasileiro de Brumadinho, a 65 km de Belo Horizonte, em
Minas Gerais.
O rompimento resultou em um desastre de grandes proporções, considerado como um
desastre industrial, humanitário[7] e ambiental, com 231 mortos e 46
desaparecidos, contabilizados três meses depois do desastre.[8]. Esses números,
no entanto, foram sendo alterados ao longo das buscas, com a localização de mais
corpos ou partes de corpos, bem como novas informações sobre desaparecidos,
chegando a 259 mortos e 11 desaparecidos, contabilizados onze meses depois do
rompimento da barragem.[1] O desastre pode ainda ser considerado o segundo maior
desastre industrial do século e o maior acidente de trabalho do
Brasil.[9][10][11][12] O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, em entrevista
coletiva salientou que, na tragédia de Brumadinho, "o dano humano será maior",
diferente do rompimento da barragem de Bento Rodrigues, em Mariana, que também
era controlada pela Vale S.A. e está a menos de 200 quilômetros de
Brumadinho.[13] "
"Acreditamos que o que está por trás do rompimento da barragem em Mariana e em
Brumadinho é a privatização.
A Vale foi privatizada em 1997, foi entregue para a iniciativa privada que busca
o lucro incessante em detrimento do meio ambiente e das pessoas. Se precisar
intensificar a exploração do meio ambiente para garantir os lucros, vai ser
feito. O que aconteceu em Brumadinho tem essa causa de fundo, isso aconteceu
pelo modelo de privatização da empresa."
(Daiane Hohn, da coordenação
nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB].