Trabalhadoras sexuais se unem em movimento por direitos
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No Dia Mundial da Luta Contra Violência Contra as
Profissionais do Sexo, trabalhadoras reivindicam
segurança e reconhecimento de direitos
Por iG Delas | - Mariana Mazzoni | 17/12/2020 17:47
Dia 17 de dezembro é celebrado o Dia Mundial de Luta
Contra a Violência Contra as Profissionais do Sexo
O dia 17 de dezembro marca o Dia Mundial de Luta
Contra a Violência Contra as Profissionais do Sexo,
luta que mobiliza diversas associações e sindicatos que
representam essas mulheres, em uma busca por direitos e
conscientização da população acerca das questões
enfrentadas por essa classe de trabalhadoras.
A Articulação Nacional de Profissionais do Sexo
(ANPROSEX) foi criada para dar mais forças a essa luta.
"Queremos que nós e nossas companheiras tenhamos acesso
à saúde integral, direitos trabalhistas ou ao menos
possamos discutir o que queremos de direitos entre nós,
sem a invasão de terceiros que acham que podem falar
sobre a nossa realidade", diz Duda Ferrarini,
coordenadora adjunta da ANPROSEX.
Para a data de hoje, a ANPROSEX quer reiterar a
necessidade de uma legislação que
garanta direitos para as trabalhadoras sexuais.
"A ação desse ano vem em uma proposta diferente: para
que diminua mais e mais a violência contra nós
trabalhadoras sexuais, é indispensável direitos
reconhecidos para a nossa classe. O
#LoucasPorDireitos nos traz a possibilidade de falar
abertamente quais direitos queremos, quais as nossas
demandas", diz.
Ferrarini completa: "A partir dessas reivindicações,
ficará mais fácil saber quais direitos queremos, sem que
seja necessária a interferência de pessoas que pouco ou
nada sabem sobre o trabalho sexual no Brasil".
Articulação Nacional de Profissionais do Sexo
Com o objetivo de oferecer algum suporte no dia a dia
das mulheres que trabalham com sexo, a ANPROSEX coordena
ações como distribuição de cestas básicas, materiais que
garantem a segurança do trabalho (como camisinhas).
Atualmente, na pandemia, também estão sendo feitas
distribuições de máscaras de proteção, álcool em gel e
as ações passaram a ser majoritariamente virtuais -- com
lives, seminários online etc. A articulação é composta
inteiramente por trabalhadoras sexuais que passam a
serem vinculadas por meio de indicações e convites.
Profissionais do sexo devem ser
reconhecidos como trabalhadores. Estão, como quaisquer outros, prestando
um serviço, devendo por isso ter reconhecidos direitos semelhantes aos que
trabalham em outras atividades.