DISCURSO DE PAZ DE BENTO XVI SOBRE VIOLÊNCIA DE
MAOMÉ
Leia o trecho controverso da palestra
de Bento 16
"Citação de uma parte de um diálogo entre imperador bizantino e estudioso persa
sobre religião e violência desencadeou polêmica.
Bento 16 falou a representantes do meio científico em Regensburg
Durante sua visita à Baviera, Bento 16 encontrou-se na última terça-feira
(12/09) com cerca de 1500 representantes da área científica no auditório da
Universidade de Regensburg, onde proferiu uma palestra intitulada "Fé, razão e
universidade –lembranças e reflexões".
No papel do teólogo Joseph Ratzinger, o papa começou a exposição falando sobre
os tempos em que atuou na Universidade de Bonn, e do contato que manteve na
época com professores de outras disciplinas, além dos de Teologia. Ele lembrou
que, apesar de haver casos de "ceticismo radical" em relação às faculdades de
Teologia, "por tratarem de algo de não existe – Deus", nunca se duvidou na
universidade de que era necessário e sensato questionar a existência de Deus
através da razão e de fazer isso considerando a tradição da fé cristã.
Em seguida, ele proferiu o seguinte trecho polêmico de sua palestra (em tradução
livre, a partir do texto original em alemão, publicado no site do Vaticano):
"Tudo isso novamente me veio à mente, quando, há pouco, li a parte do diálogo
que o sábio imperador bizantino Manuel II Palaeologos manteve em 1391, na
residência de inverno em Ancara com um estudioso persa sobre o cristianismo e o
islã e ambas as verdades, e que foi editado pelo teólogo Theodore Khoury (Münster).
O imperador provavelmente anotou o diálogo durante a ocupação de Constantinopla
entre 1394 e 1402; assim se entende porque suas explicações são muito mais
minuciosas do que as de seu interlocutor persa.
O diálogo abrange todo o espectro da estruturação da fé descrita pela Bíblia e
pelo Corão e gira em torno da imagem de Deus e do ser humano, mas também sempre
necessariamente em torno da relação das chamadas "três leis" ou "três ordens de
vida": Antigo Testamento – Novo Testamento – Corão.
Aqui, nesta palestra, não desejo tratar disso, apenas tocar num ponto marginal
da construção do diálogo, que, em relação ao tema fé e razão, me fascinou e que
serve de ponto de partida para minhas reflexões sobre este tema.
Na sétima parte das conversações (Controversas), editada pelo professor Khoury,
o imperador aborda o tema do jihad, da guerra santa. O imperador sabia,
certamente, que na sura [capitulo do Corão] 2, 256 está escrito: Nenhuma coação
em coisas da religião – trata-se de uma das mais antigas suras, como os peritos
nos dizem, da época em que o próprio Maomé ainda era impotente e ameaçado.
Mas o imperador naturalmente conhecia também a determinação escrita no Corão –
surgida mais tarde – sobre a guerra santa. Sem entrar em detalhes, como o
tratamento diferenciado de "detentores da escrita" e "incrédulos", ele se dirige
de forma brusca ao seu interlocutor, surpreendentemente brusca para nós,
simplesmente com a questão central da relação entre religião e violência:
"Mostre-me então, o que Maomé trouxe de novo, e ali só encontrarás coisas más e
desumanas, como esta, de que ele determinou, que se propague através da espada a
fé que ele prega".
Após ter atacado deste jeito, o imperador argumenta, então, pormenorizadamente,
por que a propagação da fé através da violência é absurda. Ela está em
contradição com a essência de Deus e da alma. "Deus não tem prazer no sangue",
diz ele, "e agir de forma irracional contraria a essência de Deus. A fé é fruto
da alma, não do corpo. Quem, portanto, pretende conduzir alguém à fé, precisa da
habilidade do bom discurso e de um raciocínio correto, mas não de violência e
ameaça... Para convencer uma alma sensata, necessita-se não de seu braço, não de
instrumentos de agressão nem de outros meios pelos quais se pode ameaçar alguém
de morte ..."
A frase decisiva nesta argumentação contra a conversão pela violência é: agir de
forma insensata contraria a essência de Deus".
<http://www.dw.de/dw/article/0,,2175223,00.html>
O papa certamente quer apagar a
lembrança da essência de deus mostrada pelo cristianismo medieval. Ver
O PIOR HORROR DA HISTÓRIA
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