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ENSINO RELIGIOSO IMPOSTO NAS
ESCOLAS DE BELO HORIZONTE
Ensino religioso deverá ser
obrigatório nas escolas pública de Belo Horizonte. Sob a alegação de
'promover o reconhecimento e respeito dos valores éticos inerentes a todas as
manifestações religiosas', vereadores belorizontinos querem impor um ensino
baseado na Bíblia. Seria possível reconhecer e respeitar as outras
religiões com base nesse livro sagrado?
Vereadores aprovam obrigatoriedade de ensino religioso em Belo Horizonte
Rayder Bragon
Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte
16/12/2016,14h32
Vereadores de Belo Horizonte aprovaram em segundo turno, nesta quinta-feira
(15), lei que obriga a prefeitura a implantar a disciplina de ensino religioso
nas escolas municipais da capital mineira. O texto agora segue para a sanção ou
veto do prefeito Marcio Lacerda (PSB).
Conforme o projeto de lei original, de autoria do vereador Vilmo Gomes (PSC),
"as aulas de ensino religioso serão ministradas, de foram transversal, aos
alunos do ensino médio, por professores devidamente capacitados, conforme
determinação das atribuições legais".
A lei ainda prevê a admissão do educador por meio de concurso público. O
profissional deverá ter licenciatura plena em sociologia, filosofia ou história,
ou ainda bacharelado em teologia. O texto traz também a "licenciatura plena em
outros campos específicos do conhecimento que constituam disciplinas
obrigatórias do ensino fundamental".
O documento, no entanto, não deixa claro quais seriam as religiões a serem
apresentadas aos alunos, mas o professor destacado para ministrar as aulas
deverá "promover o reconhecimento e respeito dos valores éticos inerentes a
todas as manifestações religiosas'.
Em outro ponto, a lei determina que o docente deverá "propiciar momentos de
interação entre as diferentes matrizes religiosas trabalhadas na Unidade
Escolar, visando a valorização a e visibilidade das diferentes práticas
religiosas'.
"Acirramento"
De acordo com Wanderson Rocha, diretor do SindRede/BH (Sindicato dos
Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte), a lei,
caso seja sancionada pelo prefeito, irá causar um acirramento de questões
religiosas dentro das escolas.
"A lei foi feita de cima para baixo, sem ouvir especialistas ou os envolvidos
nas salas de aula. Ela vai é provocar um acirramento de diferenças religiosas,
porque, pelo texto, todas as religiões têm de ser abrangidas. Mas como vão
lidar, por exemplo, os pais evangélicos diante do ensino de uma religião
africana aos filhos, como a umbanda ou o candomblé? Será que os pais dessas
crianças vão concordar?', questionou o dirigente.
Rocha ainda destaca outra situação na qual, segundo ele, a nova lei poderá
causar conflitos.
"Tem ainda os pais de alunos que não professam nenhuma religião ou fé. Então, a
lei impõe a esses estudantes a obrigatoriedade desse ensino", disse.
Wanderson Rocha ainda apontou para outro fator preponderante na esteira da
aprovação da lei e sua implementação nas escolas. Conforme ele, a formação do
professor terá de ser muito abrangente por causa da complexidade das várias
religiões existentes no país.
A gente vê uma complexidade enorme ter um professor de religião sem saber qual
tipo de ensino religioso vai ser trabalhado.
Wanderson Rocha, diretor do SindRede/BH
"A Câmara se equivoca ao impor às escolas a obrigatoriedade de ensino religioso
diante da existência de religiões tão complexas', afirmou.
Ele ainda diz que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, do governo federal,
aponta que o ensino religioso nas escolas deverá ser facultativo.
"Ela não diz que o ensino religioso é obrigatório. E é uma lei federal. Assim,
esse projeto já tem um vício legal de origem. Outra coisa, ele cria uma nova
modalidade de concurso público para professores", afirmou.
O dirigente disse, por fim, que caso o prefeito atual sancione a lei, o
sindicato irá entrar com uma ação judicial contra a nova norma.
Já o vereador Vilmo Gomes disse que a disciplina a ser implantada nas escolas
não irá privilegiar ou especificar nenhuma religião, apesar de, segundo ele, a
inspiração ter sido a Bíblia.
É o ensino religioso, é o que está na Bíblia,
e é o que é ensinado nas faculdades, tendo professores capacitados,
principalmente na área de teologia.
Vilmo Gomes, autor da lei
"Ela só traz o ensino religioso dentro da Bíblia deixada para a gente,
principalmente no âmbito brasileiro. Ela não vai falar se uma religião é boa ou
ruim. Então, vai inserir o conhecimento religioso para preparar esses jovens
para viver num convívio familiar e com a sociedade", afirmou.
O parlamentar destacou ser católico praticante, mas com "bom trânsito" entre os
evangélicos.
"Esse projeto não é do vereador. Foram vários segmentos da sociedade que me
procuraram para inserir isso. Eu valorizo muito a família, e achamos por bem a
colocarmos isso porque temos a esperança de ver a juventude com um comportamento
bem diferenciado do que nós temos hoje", salientou.
http://educacao.uol.com.br/noticias/2016/12/16/vereadores-aprovam-obrigatoriedade-de-ensino-religioso-em-belo-horizonte.htm
O
vereador Vilmo Gomes disse que "o ensino religioso, é o
que está na Bíblia". E a Bíblia ensina:
"Nãos vos prendais a um jugo desigual
com os incrédulos" (II Coríntios, 6:14).
"Quem crer e for batizado será salvo,
mas quem não crer será condenado" (Marcos, 16:16).
Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua
filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;
Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem
quem consulte os mortos;
Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas
abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.
Deuteronômio
18:10-12
Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua
filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;
Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem
quem consulte os mortos;
Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas
abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.
Deuteronômio
18:10-12
Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua
filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;
Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem
quem consulte os mortos;
Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas
abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.
Deuteronômio
18:10-12
"Entre ti não se achará quem faça
passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem
prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte
a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo
aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o
Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti." (Deuteronômio 18:10-12).
Como "promover o reconhecimento e
respeito dos valores éticos inerentes a todas as manifestações religiosas' e
"propiciar momentos de interação entre as diferentes matrizes religiosas
trabalhadas na Unidade Escolar, visando a valorização a e visibilidade das
diferentes práticas religiosas', se "o ensino religioso, é o que
está na Bíblia"?
KALIL
VETA ENSINO RELIGIOSO OBRIGATÓRIO
Ver mais PROBLEMA DA INTROMISSÃO RELIGIOSA NA
POLÍTICA
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