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O SOL ESCURECERÁ E A LUA NÃO DARÁ A SUA LUZ.
QUANDO?
27/08/2006
... o sol
escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento
e os poderes dos céus serão abalados". Quando o sol escurecerá? Veja aqui a
origem dessa crença, que começou há muito mais de dois mil anos, ultrapassou
mais de vinte séculos, chegando até os nossos dias. A primeira vez que um
profeta hebreu predisse esse escurecimento do sol deve ter sido nos dias em que
os persas estavam tomando Babilônia. Para eles a queda de Babilônia seria a
justiça de Yavé, e nunca mais seu povo seria subjugado. Em cada império
subseqüente, eles continuaram esperando esse dia em que seu reino eterno seria
estabelecido; e os cristãos herdaram deles a idéia do reino eterno, que seria
precedido do escurecimento do Sol.
"o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não fará resplandecer a sua luz"
(Isaías, 13: 10).
"Ah! que dia! porque o dia do Senhor está perto, e vem como assolação do
Todo-Poderoso" (Joel, 1: 15). "...grande é o dia do Senhor, e mui terrível"
(Joel, 2: 11). "Ai de vós que desejais o dia do Senhor... dia de trevas e não de
luz" (Amós, 5: 18). "Porque o dia do Senhor está prestes a vir sobre todas as
nações" (Obadias, 15). "Pois eis que vem o dia, e arde como fornalha" (Malaquias,
4: 1) "O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o
grande e glorioso dia do Senhor" (Atos 2: 20). "... o dia do Senhor vem como
ladrão de noite" (I Tessalonicenses, 5: 2). Virá, entretanto, como ladrão, o dia
do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo e os elementos se
desfarão abrasados" (II S. Pedro, 3: 10).
Primeiramente, veio a profecia de Isaías:
"Oráculo acerca de Babilônia, que Isaías, filho de Amoz, recebeu numa visão.
Alçai uma bandeira sobre o monte escalvado; levantai a voz para eles;
acenai-lhes com a mão, para que entrem pelas portas dos príncipes. Eu dei ordens
aos meus consagrados; sim, já chamei os meus valentes para executarem a minha
ira, os que exultam arrogantemente. Eis um tumulto sobre os montes, como o de
grande multidão! Eis um tumulto de reinos, de nações congregadas! O Senhor dos
exércitos passa em revista o exército para a guerra. Vêm duma terra de longe,
desde a extremidade do céu, o Senhor e os instrumentos da sua indignação, para
destruir toda aquela terra. Uivai, porque o dia do Senhor está perto; virá do
Todo-Poderoso como assolação. Pelo que todas as mãos se debilitarão, e se
derreterá o coração de todos os homens. E ficarão desanimados; e deles se
apoderarão dores e ais; e se angustiarão, como a mulher que está de parto;
olharão atônitos uns para os outros; os seus rostos serão rostos flamejantes.
Eis que o dia do Senhor vem, horrendo, com furor e ira ardente; para pôr a terra
em assolação e para destruir do meio dela os seus pecadores. Pois as estrelas
do céu e as suas constelações não deixarão brilhar a sua luz; o sol se
escurecerá ao nascer, e a lua não fará resplandecer a sua luz. E visitarei
sobre o mundo a sua maldade, e sobre os ímpios a sua iniqüidade; e farei cessar
a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos cruéis. Farei que os homens
sejam mais raros do que o ouro puro, sim mais raros do que o ouro fino de Ofir.
Pelo que farei estremecer o céu, e a terra se movera do seu lugar, por causa do
furor do Senhor dos exércitos, e por causa do dia da sua ardente ira. E como a
corça quando é perseguida, e como a ovelha que ninguém recolhe, assim cada um
voltará para o seu povo, e cada um fugirá para a sua terra. Todo o que for
achado será traspassado; e todo o que for apanhado, cairá à espada. E suas
crianças serão despedaçadas perante os seus olhos; as suas casas serão
saqueadas, e as suas mulheres violadas. Eis que suscitarei contra eles os medos,
que não farão caso da prata, nem tampouco no ouro terão prazer. E os seus arcos
despedaçarão aos mancebos; e não se compadecerão do fruto do ventre; os seus
olhos não pouparão as crianças. E Babilônia, a glória dos reinos, o esplendor
e o orgulho dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou"
(Isaías, 13: 1-19).
Para os hebreus, esta era a promessa de Yavé naqueles dias:
"Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas
passadas, nem mais se recordarão: Mas alegrai-vos e regozijai-vos perpetuamente
no que eu crio; porque crio para Jerusalém motivo de exultação e para o seu povo
motivo de gozo. E exultarei em Jerusalém, e folgarei no meu povo; e nunca
mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor. Não haverá mais nela
criança de poucos dias, nem velho que não tenha cumprido os seus dias; porque o
menino morrerá de cem anos; mas o pecador de cem anos será amaldiçoado. E eles
edificarão casas, e as habitarão; e plantarão vinhas, e comerão o fruto delas.
Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam;
porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus escolhidos
gozarão por longo tempo das obras das suas mãos: Não trabalharão debalde, nem
terão filhos para calamidade; porque serão a descendência dos benditos do
Senhor, e os seus descendentes estarão com eles. E acontecerá que, antes de
clamarem eles, eu responderei; e estando eles ainda falando, eu os ouvirei. O
lobo e o cordeiro juntos se apascentarão, o leão comerá palha como o boi; e pó
será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo
monte, diz o Senhor" (Isaías, 65: 17-25).
Diversos de seus profetas falaram desse dia de vingança de Yavé contra os povos
que oprimiam os hebreus:
"Ah! que dia! porque o dia do Senhor está perto, e vem como assolação do
Todo-Poderoso" (Joel, 1: 15). "...grande é o dia do Senhor, e mui terrível"
(Joel, 2: 11). 31 "O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes
que venha o grande e terrível dia do Senhor" (Joel, 2: 31). "Ai de vós que
desejais o dia do Senhor... dia de trevas e não de luz" (Amós, 5: 18). "Porque o
dia do Senhor está prestes a vir sobre todas as nações" (Obadias, 15). "Pois eis
que vem o dia, e arde como fornalha" (Malaquias, 4: 1).
Todavia, ao sair da opressão dos babilônios, passaram a viver sob o domínio dos
persas e medos, e seu reino que dominaria sobre todas as nações só ficou na
esperança.
Após os medos e persas, vieram os gregos, posteriormente os romanos. Eles
continuaram esperando aquele "dia do Senhor", em que Yavé executaria vingança
contra as nações.
No ano 70, os romanos acabaram com a "cidade santa" dos judeus e alguns anos
depois os expulsaram daquela terra, que eles continuaram esperando um dia
dominar. Então, surgiu o cristianismo. Os mestres cristãos passaram ao mundo a
crença de que Yavé, o deus todo poderoso havia abandonado os judeus, porque eles
haviam rejeitado o "Messias". Esse messias teria sido Jesus de Nazaré, que fora
crucificado pelos romanos, mas a culpa foi lançada sobre os judeus.
Como, para convencer o mundo, os cristãos tinha que fundamentar suas crenças no
que estava escrito nas escrituras sagradas judaicas, eles passaram a ensinar que
breve ocorreria o escurecimento do sol e o retorno de seu messias, Jesus. Foi
assim que o autor de Atos dos Apóstolos repetiu o que os profetas havia predito
para os dias em que estavam saindo do domínio babilônico: "O sol se converterá
em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor"
(Atos 2: 20). Paulo, em sua carta aos tessalonicenses, também falou do tão
próximo dia da justiça divina: "... o dia do Senhor vem como ladrão de noite" (I
Tessalonicenses, 5: 2). E Pedro, em uma de suas cartas, falou desse esperado
dia, em que esse mundo deveria ser destruído com fogo: "Virá, entretanto, como
ladrão, o dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo e
os
elementos se desfarão abrasados" (II S. Pedro, 3: 10).
As três horas de escuridão que dizem terem ocorrido no dia em que Jesus fora
crucificado, talvez tenham sido inspiradas nessas predições. Como todos os
eclipses solares e lunares visíveis sempre eram registrados pelos romanos, e
nenhum registro houve desse momento de escuridão, que deveria ser visto
por mais da metade do mundo, é bem racional deduzirmos que
essas três horas escuras não existiram.
Alguns anos depois da destruição de Jerusalém, foram escritos vários evangelhos
cristãos. Entre eles, o de Mateus, que novamente repetiu a promessa do
escurecimento do Sol e da Lua, adicionando a queda das estrelas, e em seguida
deveria ocorrer a volta de Jesus:
"Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará
a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus
serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos
da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com
poder e muita glória. E ele enviará seus anjos com grande clangor de trombeta,
os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra
extremidade dos céus." (Mateus, 24: 29 a 31).
A "tribulação daqueles dias" se referia destruição de Jerusalém pelos romanos e
dispersão dos judeus: "Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que
falou o profeta Daniel no lugar santo (que lê entenda)" (Mateus, 24: 15).
"Quando, pois virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a
sua devastação" (Lucas, 21: 20). "Porque nesse tempo haverá grande tribulação,
como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem haverá jamais"
(Mateus, 24: 21 [Referência a Daniel, 12:01]). "E, até que os tempos dos gentios
se completem, Jerusalém será pisada por eles" (Lucas, 21: 20). "Estes por
quarenta e dois meses calcarão aos pés a cidade santa", completou o autor do
Apocalipse (Apocalipse, 11: 2).
Assim é que até hoje os cristãos esperam que um dia o Sol se escureça, a Lua
também, e as estrelas caiam do céu, ocorrendo em seguida a volta de Jesus, para
estabelecer um reino eterno, aquele que deveria ter sido estabelecido com a
queda de babilônia. Os Sol não se escurecerá pelo menos durante alguns milhões
de anos, e jamais as estrelas poderão cair sobre a Terra, porque elas são muito
maiores do que ela. Entretanto, o cristianismo ainda consegue manter muita gente
acreditando nisso.
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PREVISÃO DO FUTURO
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