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A carta
abaixo é uma reação às palavra de José Saramago sobre a Igreja Católica.
Mas, o que fez José Saramago?
"Carta
ao Dr. José Saramago
Prof. Felipe Rinaldo
Queiroz de Aquino
Sei
que o Dr. José Saramago, Prêmio
Nobel de literatura (1998), não
lerá essa Carta, mas ao menos
ela será um
desagravo às palavras ofensivas com
que se dirigiu ao Papa Bento XVI e
à Igreja, derramando em suas
palavras amargas toda a sua
bílis raivosa contra Deus e
Sua Santa Igreja,
mais uma vez.
Saramago,
em
Roma, fez o lançamento do seu novo livro “Caim”, no qual volta a
tratar da religião. Na verdade a
religião e a fé põem os supostos ateus
em crise, por
isso essa reação destemperada do escritor.
Os
jornais e a
internet noticiaram amplamente que
em 14 de outubro (EFE) o
escritor português José Saramago, em um
colóquio com o filósofo italiano Paolo Flores D’Arcais, chamou o Papa Bento XVI
de “cínico”, e disse que a “insolência reacionária” da Igreja precisa
ser combatida com a “insolência da inteligência
viva”.
Numa
pesadíssima crítica destrutiva se referiu ao Papa como
“neo-medievalista”, acusando-o de “cinismo intelectual”. Além disso, disse a Flores D’Arcais, que sempre foi
um ateu “tranquilo”, mas que
agora está mudando de idéia, porque,
segundo ele “as insolências reacionárias da
Igreja
Católica precisam
ser combatidas com a insolência
da inteligência viva, do bom
senso, da palavra responsável. Não
podemos permitir que a verdade seja ofendida
todos os dias por
supostos representantes de Deus na Terra, os
quais, na verdade, só tem
interesse no poder.” Segundo
Saramago, a Igreja não se importa com o destino das
almas e sempre buscou o controle de seus
corpos.
Dr.
Saramago, antes de tudo
quero lhe dizer que
não temos ódio do senhor e de
suas palavras; pois,
Nosso Senhor
nos ensinou a “pagar o mal
com o bem” (Rm
12, 14), a amar os inimigos, e a abençoar os
que nos amaldiçoam. Nossos mártires
morreram e morrem perdoando os seus
assassinos [?]
Na verdade temos pena do
senhor, pois, se de
um lado o senhor é
doutor nas Letras humanas, por outro
lado ainda desconhece os primeiros rudimentos das Letras divinas e eternas.
Dr.
Saramago, por
que investir
tão raivosamente contra o nosso
Pedro de hoje, e contra a Santa
Igreja?
Que mal
eles fazem? Será que são os
culpados pelas guerras do mundo; pela
miséria de tantos, pelas catástrofes da natureza? Será que o senhor qual novo Nero,
quer nos culpar pelo incêndio de Roma?
Fiquei
pensando Dr. Saramago, onde poderia
estar a causa
mais profunda desse ódio que há
tanto tempo o senhor destila
contra a Igreja? Faz-nos lembrar do
que disse o Salmista: “Por
que tumultuam as nações? Por
que tramam os povos vãs conspirações? Erguem-se, juntos, os reis
da terra, e os príncipes se unem para
conspirar contra o Senhor e
contra seu Cristo”. (Sl
2, 1-2)
Será
que o
senhor sofreu algum trauma
religioso na infância ou na
juventude por
parte de alguém da Igreja
que lhe deu um
contra testemunho? É possível. Ou
será que o senhor foi educado nos
bancos da escola marxista
eivada de ateísmo, materialismo e um laicismo anti-católico tão difundido nas universidades?
O
destempero de
suas palavras nos dão
o direito de fazer muitas indagações desse tipo; pois não são
racionais, mas passionais;
não precisamos ser psicólogos para ver que são
influxos da sensibilidade ferida e recalcada sobre a razão.
Dr.
Saramago, por
que ferir
tão injustamente o nosso grande
Pastor universal? O
senhor sabe que ele é
considerado um dos melhores teólogos atuais.
Sua eleição para Papa se deu num dos Conclaves mais
rápidos da história. Sua
santidade é notável, sua
humildade explícita, como
ele disse: “um humilde
servo da vinha do Senhor”.
Por que atacar a ele e a Igreja
com tanta fúria?
Saiba que atinge a todos nós
seus filhos. Mas
temos consciência que quando a
sensibilidade cegou a razão, e a brutalidade
venceu o argumento, a razão foi sufocada.
Será
que o
senhor ainda
não reconheceu, o que os historiadores modernos tem repetido: que foi a Igreja
quem salvou e moldou a nossa rica
Civilização Ocidental da qual nos
orgulhamos, onde se preza a liberdade, os direitos humanos, o respeito pela
mulher e por cada pessoa? Sem o trabalho lento e
paciente da Igreja durante
cerca de dez séculos,
após a queda do
Império Romano (476) e a ameaça dos
bárbaros, o Ocidente não
seria o mesmo.
O
senhor sabe que nossa
Civilização foi gerada no bojo do Cristianismo que
nos deu as ciências modernas, a saudável economia de livre mercado, a
segurança das leis, a caridade
como uma virtude, o esplendor da Arte e da
Música, uma filosofia assentada na razão, a agricultura, a
arquitetura, as universidades, as catedrais e muitos outros
dons. O senhor
sabe que
nenhuma outra Instituição fez tanto pela
caridade no mundo em
todos os tempos.
O
senhor sabe que foi a Igreja
que fundou as Universidades, inclusive a
de Coimbra, a famosa de sua Portugal. Sem elas o
senhor não
teria chegado ao Prêmio Nobel.
O
que há de “cínico”
em
nosso Pastor maior?
Sabemos
que os sofistas, quando não conseguem derrubar os
argumentos do seu opositor,
procuram, então, atingir sua pessoa, sua
imagem, atirando-lhe sarcasmo. Ora,
será que essas setas envenenadas contra Bento XVI
não são consequência da falta de argumentos perante o que
ele e a Igreja defendem há vinte séculos: o respeito à vida
desde a geração até a
morte natural,
o não ao aborto, à eutanásia, à
manipulação de vidas embrionárias, o não às tais
“famílias alternativas”, etc.?
Ora , doutor Saramago, o senhor
já é bastante vivido
e conhecedor da História para saber o que afirmava
Spalding, que as nações não
perecem por falta de saber ou de riquezas,
mas por falta de
princípios morais.
O
senhor acusa nosso Pai
espiritual de cinismo intelectual; ora, o senhor sabe
que ele é um dos
maiores e melhores teólogos de nosso tempo,
catedrático reconhecido no mundo todo.
Portanto, atingindo a ele o senhor nos atinge a todos nós.
Onde
pode haver cinismo
em um líder mundial
que só trabalha
em favor da
paz, do desarmamento dos povos, da fraternidade das nações, da defesa dos mais
desvalidos? Exatamente quando ele se
reúne no Sínodo da África,
debatendo as
misérias desse Continente tão
sofrido, e o modo de saná-las, o senhor fere o nosso
Pastor tão
injustamente! O que o senhor tem
dito sobre os outros
chefes de Estado que
não fazem o mesmo pela
humanidade?
O
senhor acusa o
Papa de “insolência reacionária”. Ora, o senhor sabe
que o que ele defende
não é a “sua” Verdade, mas a Daquele que mudou o mundo, e que
disse a Pilatos: “eu vim para dar testemunho da verdade”; “Eu
sou a Verdade”. O senhor sabe
que a Verdade
não pode mudar, senão
não é verdade.
O mesmo princípio de Arquimedes, do empuxo, descoberto dois
séculos antes de Cristo,
ainda hoje é ensinado nas melhores universidades do mundo, porque é
verdade.
Bem
disse o
então cardeal Ratzinger na missa “pro elegendo pontífice”, que
o mundo está dominado pelo “relativismo religioso” que
quer eliminar a existência
de uma verdade absoluta, querendo fazer
tudo relativo, ao gosto de cada
um. Por não aceitar essa “ditadura do relativismo” o senhor conjura o
nosso Papa e a nossa
Igreja. Eles não podem
trair o Cristo, Caminho,
Verdade e Vida.
O
senhor diz ainda que
agora vai partir para o ataque ateísta
contra a Igreja. Gostaria apenas de relembrar-lhe que a Igreja
não pode ser
vencida por um poder meramente humano. Não
perca seu tempo.
Cristo lhe prometeu que
as portas do inferno, que
movem o coração dos que a perseguem, jamais prevalecerão contra ela.
Seria
bom o
senhor examinar os
últimos dois
mil anos da História
para constatar a
veracidade dessa Promessa. Onde está o Império Romano
que quis destruí-la e que ceifou tantos mártires?
Onde está a fúria de Napoleão que mandou prender Pio VII? Onde está a
União Soviética de Stalin que perguntou “quantas legiões de soldados tem o papa?”. Onde
está o nazismo, o comunismo, que
tentaram eliminar a Igreja e a fé
católica desde as suas
raízes, e que fizeram tantos mártires?
Ora
Dr. Saramago, será
que o senhor
ainda não entendeu que
todos aqueles que se
atiraram insanamente contra a Rocha
de Pedro caíram para trás desolados? Será que precisamos de mais exemplos?
O
senhor acusa o
Papa também de querer
apenas agir
por “interesse e poder”. O
interesse que ele
procura é o bem das almas e das
pessoas. Gostaria que o senhor lesse o
que disse o Concilio Vaticano II:
“Nenhuma
ambição
terrestre move a Igreja. Com
efeito, guiada pelo Espírito
Santo ela pretende somente uma
coisa: continuar a
obra do próprio Cristo
que veio ao mundo
para dar testemunho da verdade (Jo
18,37), para salvar
e
não para
condenar, para servir e não para ser servido” (Mt 20,28), (GS,3).
O
poder do Papa é aquele
que vem de Deus, não do
povo, e que está ancorado nos corações dos
seus filhos que o
amam como dizia Catarina de Sena, “o Doce
Cristo na Terra”.
Meu irmão Saramago, não o odiamos, ao contrário, o perdoamos; queremos repetir as palavras
de Santo Estevão: “Senhor, não
leve em conta as suas ofensas”. E
mais: “Pai, perdoai-lhe, não sabe o que
faz”. Pedimos ao Senhor que conceda-lhe, antes de fechar os
olhos para
este mundo, a graça
da conversão. É tudo o que
desejamos e pedimos ao Senhor da Glória.
Prof. Felipe Rinaldo
Queiroz de Aquino , é doutor em
engenharia mecânica pela
UNESP e pelo ITA. Foi diretor geral da
FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos.
Nasceu na cidade de Lorena (SP).
É
casado com Maria Zila e tem cinco filhos:
dois engenheiros, uma médica e dois dentistas. Já
escreveu mais de 60 livros sobre
doutrina católica, casamento,
espiritualidade, jovens, família
etc.
( Fonte:
Blog do Prof. Felipe Aquino
[http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2009/10/15/carta-ao-dr-saramago],
Quinta-feira, 15/10/2009, 11h08).
"Que Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para reforçar seu
neomedievalismo universal, um Deus que ele jamais viu, com o qual nunca
se sentou para tomar um café, mostra apenas o absoluto cinismo
intelectual" desta pessoa, disse o Nobel de Literatura em um
colóquio com o filósofo italiano Paolo Flores D'Arcais.
...
"As insolências reacionárias da Igreja Católica precisam ser
combatidas com a insolência da inteligência viva, do bom senso, da
palavra responsável. Não podemos permitir que a verdade seja ofendida
todos os dias por supostos representantes de Deus na Terra, os quais, na
verdade, só tem interesse no poder", afirmou.
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u637941.shtml>
Ele disse também, muito apropriadamente, que «a Bíblia é um
manual de maus costumes, um
catálogo de crueldade e do pior da natureza humana».
Escrevi essa frase e ela apareceu "197 vezes"
em 18/10/2009, às 14:45).
Pare que Saramago pegou meio pesado, não é?
Mas, olhando bem para a história, o que se poderia dizer da
instituição que mais torturou e matou gente no mundo em nome de um tal
Jesus que teria pregado a sujeição?
Não é desagradável saber que um poder que praticou tanto terror e só
parou quando sufocado por outro poder continua querendo impor suas
ideias ao mundo?
C omo reagir ao ouvir alguém dize que o "Cristianismo"
"nos deu as ciências modernas, a saudável economia de livre mercado,
a
segurança das leis, a caridade
como uma virtude, o esplendor da Arte e da
Música, uma filosofia assentada na razão", quando sabemos que cientistas foram mortos
por descobrirem realidades contrárias às idéias da igreja, e até hoje as
igrejas (não só a Católica) têm sido empecilho ao progresso científico?
Vejam O PIOR HORRO DA HISTÓRIA.
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