Pobres
e desempregados fazerem doações já é algo um tanto
estranho. Agora, mortos doarem!!!
TSE identifica doações de pessoas mortas a candidatos às eleições municipais
5 estão com nome em registro de óbitos
Juntas doaram R$ 6,8 mil a candidatos
Corte identificou indícios de irregularidades
R$ 15,9 mi foram doados por desempregados
Sabrina Freire
27.out.2020 (terça-feira) - 19h25
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) identificou cerca
7.000 indícios de irregularidades em R$ 25 milhões pagos a
fornecedores ou doados a candidatos às eleições municipais deste ano.
Entre os indícios, a Corte aponta que 5 pessoas,
que doaram juntas R$ 6.800, constam no Sisobi (Sistema de
Controle de Óbitos), responsável por coletar informações de óbitos dos
cartórios de registro civil de pessoas naturais no país.
Outra indicação de irregularidade foi que 3.793 pessoas
identificadas como desempregadas fizeram doações a candidatos.
Somado, o valor desses aportes chega a R$ 15,9 milhões.
O levantamento do TSE faz parte de uma parceria do Núcleo de Inteligência da
Justiça Eleitoral, que envolve outros 6 órgãos federais: Receita Federal, Coaf
(Conselho de Controle de Atividades Financeiras), MPF (Ministério Público
Eleitoral), DPU (Defensoria Pública da União), TCU (Tribunal de Contas da União)
e o Ministério da Cidadania.
Essa foi a 1ª rodada de identificação de indícios de irregularidades encontradas
pela Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE. Segundo a Corte, o
levantamento foi feito logo após a entrega das prestações de contas parciais,
que terminou no último domingo (25.out.2020).
O TSE identificou ainda que há ainda doadores cuja
renda é incompatível com o valor doado –são
782 casos, que totalizam R$ 6,4 milhões.
Já os 775 fornecedores sem registro ativo na Junta
Comercial ou mesmo na Receita Federal receberam R$ 1,3 milhão por serviços
prestados a candidatos às eleições deste ano. Há ainda 217 empresas que
receberam R$ 471,3 mil e têm relação de parentesco com algum candidato.
A partir do levantamento, os juízes eleitorais poderão determinar diligências
para comprovar a procedência do indício e utilizar essas informações para
análise e julgamento da prestação de contas de campanha eleitoral.
Além disso, os indícios de irregularidades foram encaminhados à PGR
(Procuradoria Geral da República) para que sejam compartilhados com as
promotorias estaduais, que poderão dar início a investigações.
<https://www.poder360.com.br/eleicoes/tse-identifica-doacoes-de-pessoas-mortas-a-candidatos-as-eleicoes-municipais/>
Aí está mais uma corroboração do que nós dizemos.
Financiamento privado de campanha eleitoral é um
procedimento que propicia corrupção, e os empresários
autores dessas falcatruas colocam no poder pessoas que
depois lhes retribuem com benefícios que nos custa
muitas vezes o valor que custaria um fundo público a ser
distribuído equitativamente com os candidatos.
Os verdadeiros doadores que estão por trás dos mortos e
desempregados cobrarão de seus eleitos benesses que
desfalcarão os cofres públicos em detrimento da nação,
custando-nos infinitamente mais caro do que um fundo
público. Se fossem proibidas as doações
privadas e fosse criado um fundo público de forma a
igualar todos em poder econômico de campanha, seria
menor a probabilidade de ver alçados ao poder pessoas
que atendem a interesses de agentes nocivos ao país.