(Isaías, 65: 17 a 25).
Naqueles dias, quando,
frustrada a promessa de um reino eterno com a queda da Assíria, os judeus
estavam submetidos ao novo império: Babilônia. Então apareceu a profecia
de Isaías acima citada. Babilônia cairia, e o reino do mundo seria
entregue ao povo escolhido de Yavé. Seria chamado de novos céus e nova
terra; pois nunca mais o povo de Yavé seria oprimido; as pessoas teriam uma
longa vida (quem morresse com cem anos estaria morrendo jovem); até
o lobo e o
leão deixariam de ser carnívoros, e nenhum mal se faria no chamado santo
monte. Mas, observem, nada de
imortalidade, nada de ressurreição nem vida eterna. Isso, porque até aqueles dias, as
crenças dos judeus ainda eram outras, eles nada sabiam sobre ressurreição dos
mortos.
No cativeiro
babilônico, os judeus conheceram novas crenças, entre elas a ressurreição, que
deu muita força para eles. Nada melhor do que um dia depois da morte
voltar viver! Além disso, aprenderam que, quando chegasse o dia da
ressurreição, não haveria mais sofrimento. Isso é maravilhoso! É
fantástico!
Caiu Babilônia.
Só faltava a nova Jerusalém e o domínio judaico do mundo. Os medos e persas
permitiram os judeus exilados retornarem para a sua terra. Tudo parecia
estar dando certinho conforme dizia a profecia. Só faltava agora eles
assumirem o poder. Naquele tempo ainda não existia islamismo para
aterrorizar os judeus.
MAS...
Apareceu Alexandre, o Grande. Alexandre dominou os medos e
persas e tomou conta de todo o mundo conhecido pelos judeus. Daí para a
frente, a sorte deles começou a piorar novamente. Nada de estabilidade em
Jerusalém. Como a morte de Alexandre e a divisão do império grego entre os
quatro gerais, Cassandro, Lisímaco, ptolomeu e Seleuco, a situação agravou-se ainda mais.
Como os seleucos dominaram a área onde estavam os judeus, um dia
veio o rei Antíoco IV e fez o pior: destituiu "o ungido" sumo-sacerdote judeu, chamado Onias, e colocou sacerdotes
que estavam do seu lado para sacrificar
animais que os judeus consideravam imundos, como porco por exemplo, no altar
sagrado de Yavé.
Esse período foi, segundo eles, "um tempo de tribulação,
qual nunca houve, desde que existiu nação até aquele tempo" (Daniel, 12:1).
Nesse tempo, Judas Macabeu preparou seu exército e conseguiu
retomar o poder em Judá. Então, surgiu a profecia que, detalhando todos
aqueles acontecimentos (capítulos 8 e 10 a 12) dizia que, após aquela grande
tribulação, os domínios do mundo seriam
entregues aos "santos do altíssimo"
(Daniel, 7: 27), ou
seja, o povo judeu.
A previsão era: "E desde o tempo em que o holocausto
contínuo for tirado, e estabelecida a abominação desoladora, haverá mil duzentos
e noventa dias. Bem-aventurado é o que espera e chega aos mil trezentos e
trinta e cinco dias" (Daniel, 12: 11, 12). Antíoco tinha
tirado de Onias o sacrifício contínuo dos judeus e o havia substituído por outro
sacerdote que que seguia suas ordens, e, cerca de três anos e meio depois, Judas havia
restabelecido o santuário, voltando o sacrifício a ser oferecido novamente todas
as tardes e manhãs. Novamente, só faltava os judeus dominarem o
mundo.
Como das outras vezes, os judeus não foram muito adiante.
Vieram os romanos e dominaram tudo. Mais uma vez, só restou aos
judeus surgir aquele rei salvador, que deveria ter surgido nos dias da Assíria.
É por isso que vários judeus tentaram tomar o poder e foram executados pelos
romanos, até um dia os romanos os expulsarem da terra dita da promessa divina.
Devido à completa falta de referência a Jesus e ao Cristianismo
no primeiro século da nossa era, deduzimos que foi lá pelo final desse referido
primeiro século, ou no segundo, que surgiu o novo movimento religioso, que pregava que seu líder
executado pelos romanos era o salvador previsto pelos profetas (Ver
ORIGEM DO CRISTIANISMO). E há
forte indício de que sejam os próprios romanos os inventores do cristianismo.
Entre os diversos escritos cristãos, no apocalipse foram
repetidas várias profecias do passado, principalmente as de Daniel, com
acréscimo de muitas coisas. Entre essas profecias, repetiu-se a de
Isaías que deveria ter cumprimento após a queda de Babilônia: a nova Jerusalém.
É por esse motivo, que Roma foi chamada de Babilônia no Apocalipse.
Todavia, a nova Jerusalém do Apocalipse já seria uma nos moldes
da nova crença judaica, nela já não existiria pecado, não existiria morte, e os
seus habitantes já seriam na maioria pessoas ressuscitadas, tudo sobrenatural.
"E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o
primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe. E vi a santa
cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma
noiva ataviada para o seu noivo. E ouvi uma grande voz, vinda do trono,
que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles
habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Ele enxugará de
seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem
lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que
estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E
acrescentou: Escreve; porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.
Disse-me ainda: está cumprido: Eu sou o Alfa e o ômega, o princípio e o fim. A
quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da água da vida. Aquele que
vencer herdará estas coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.
Mas, quanto aos medrosos, e aos
incrédulos, e aos abomináveis,
e aos homicidas, e aos
adúlteros, e aos feiticeiros, e aos
idólatras, e a todos os
mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a
segunda morte." (Apocalipse, 21: 1-8).
E a lista dos excluídos vai
mais longe quando se consulta Paulo:
"nem os adúlteros, nem os
efeminados, nem os sodomitas"
(I Coríntios, 6: 9). Se você pula a cerca, você estará fora. Se você
for homossexual, também; e ainda que não tenha relações extraconjugais, nem seja
homossexual, basta praticar sexo anal para ser barrado na porta da cidade santa e ser
lançado naquele lago de fogo que arde eternamente. Horrível, não é?!!!