OS ELOS ENCONTRADOS
(17/10/2009)
Onde foram encontrados os números 2 5 7 e 10, o mais lógico é deduzir
que 1, 3, 4, 6, 8 e 9 também existiram, ainda que ele nunca sejam
encontrados. Assim, se foi achado o homem de Tumai (seis a sete
milhões de anos), Ardi (quatro milhões de
meio de anos), Lucy (três milhões de anos); o homem de Neandertal
(trezentos mil anos) e fóssil intermediário de cento e sessenta mil anos, ainda que nunca sejam encontrados fósseis de cada cem mil anos
entre esses, podemos ter certeza de que eles existiram. Ademais, o
Projeto Genoma não deixa mais dúvida.
Algumas obras antigas falam de lacunas evolutivas para negar a evolução,
e tais argumentos continuam sendo citados por autores atuais, mas talvez
os próprios autores daquelas obras antigas não tivessem coragem de
utilizá-los hoje.
Vejam o que se disse em 1974:
"A despeito da brilhante promessa de que a Paleontologia proporciona
meios de se "ver" a evolução, ela tem apresentado algumas desagradáveis
dificuldades para os evolucionistas, a mais notória das quais é a
presença de lacunas no registro fóssil. A evolução requer formas
intermediárias entre as espécies, e a Paleontologia não as proporciona."
(D. B. Kitts, "Paleontology and Evolutionary Theory", Evolution, [28]
1974, p.466)
De lá para cá, muito foi descoberto. Não é uma metamorfose quadro a
quadro, mas várias formas intermediárias então não existentes entraram
para a escala evolutiva nos últimos anos, três desses exemplares do ano
2000 para cá:
6.000.000 de anos - O HOMEM DE TUMAI: “Na verdade, um verdadeiro
tesouro: um crânio, que apresenta a parte frontal achatada com fortes
sinais de uma sobrancelha sobre a cavidade dos olhos, o que evidenciaria
para os cientistas as suas características humanas, iguais a dos fósseis
já descobertos de apenas 1,7 milhão de anos. Mas, a parte traseira já
tem todas as características de um crânio de um chimpanzé. E isto tudo
está deixando os cientistas fascinados, pois o crânio tem, na verdade, 6
ou 7 milhões de anos.”
(http://www.rnw.nl/parceria/html/ci020712tomaicranio.html).
4.500.000 anos - ARDI - Recentemente, foi publicado o estudo sobre Ardi,
um fóssil de quatro milhões de meio de anos.
Ver.
3.000.000 anos - LUCY: “Um dos fósseis humanos mais completos e famosos
do mundo é de "Lucy", uma mulher que viveu há cerca de três milhões de
anos na Etiópia, região leste do continente africano. Ela tinha um metro
de altura, menor do que a altura atual dos humanos. Seu cérebro era
subdesenvolvido, quase do tamanho do de um chimpanzé, porém, a forma de
sua bacia comprova a postura ereta.”
(Charles Darwin, Artigo publicado
no jornal Brasil Sekyo, Sábado, 4 de novembro de 2000. Edição No. 1.578,
Caderno Cultura Soka, C4 -
http://www.motoki.hpg.ig.com.br/Cs/Cs2001/CS01_03.html).”
HOMEM DE NEANDERTAL - "O
homem-de-neandertal (Homo neanderthalensis)
é uma espécie extinta, fóssil, do gênero Homo que habitou a Europa e
partes do oeste da Ásia, de cerca de 300.000 anos atrás até
aproximadamente 29.000 anos atrás (Paleolítico Médio e Paleolítico
Inferior, no Pleistoceno), tendo coexistido com os Homo sapiens. Alguns
autores, no entanto, consideram os homens-de-neandertal e os humanos
subespécies do Homo sapiens (nesse caso, Homo sapiens neanderthalensis e
Homo sapiens sapiens, respectivamente).
Esteve na origem de uma rica cultura material designada como cultura
musteriense, além de alguns autores lhe atribuírem a origem de muitas
das preocupações estéticas e espirituais do homem moderno, como se
poderá entender a partir das características das suas sepulturas. Depois
de um difícil reconhecimento por parte dos académicos, o
homem-de-neandertal tem sido descrito no imaginário popular de forma
negativa em comparação com o Homo sapiens, sendo apresentado como um ser
simiesco, grosseiro e pouco inteligente. Era, de facto, de uma maior
robustez física e o seu cérebro era, em média, ligeiramente mais
volumoso. Progressos relativos a arqueologia pré-histórica e da
paleoantropologia depois da década de 1960 têm revelado um ser de uma
grande riqueza cultural, ainda que seja, provavelmente, sobrestimada por
alguns autores. Muitas questões, contudo, permanecem sem resposta,
principalmente as relacionadas com a sua extinção." (Wikipédia).
160.000 anos – O MAIS RECENTE ELO: ”Um grupo internacional de
cientistas desenterrou na Etiópia fósseis de 160 mil anos, que
estão sendo considerados os mais antigos representantes do homem
moderno. Para os cientistas, os fósseis de dois adultos e de uma criança
são o elo que faltava para explicar a evolução humana. Eles teriam
vivido num período entre os hominídeos africanos, que surgiram três
milhões de anos atrás, e os primeiros homens modernos. A descoberta
fortalece a teoria de que o homem surgiu e evoluiu na África, antes de
se espalhar pelo planeta”. (Jornal Nacional, 11/06/2003).
Não podemos ter certeza de que um dia tenhamos todos os exemplares
evolutivos do Homem de Tumai até o atual, porque as condições para
preservação de um fóssil não são abundantes, havendo pouquíssimas
probabilidades de terem restado vestígios de todas as formas por que
passamos.
“A preservação de um fóssil depende da ocorrência de uma série de
eventos. Normalmente, organismos mortos são prontamente atacados por
vários tipos de seres vivos, entre eles bactérias e fungos que efetuam a
decomposição da matéria orgânica. Em alguns casos, porém, a preservação
de restos pode ocorrer. Se o animal morrer em leitos de água, a
correnteza carrega sedimentos que podem cobri-lo, dificultando o ataque
de outros organismos que poderiam destruí-lo, favorecendo, assim, a sua
preservação. Do mesmo modo, substâncias minerais trazidas pela água
impregnam os ossos, o que ajuda a conservação da sua forma. Esses
processos ocorrem comumente em oceanos e mares rasos, duas fontes
notáveis de fósseis. A erupção de um vulcão pode levar à fossilização ao
soterrar com cinza os animais e vegetais que viviam nas proximidades.
Protegidos do ar e de outros animais, esses organismos soterrados acabam
sendo preservados." (Armênio Uzunian, Dan Edésio Pinseta, Sezar Sazón, A
Evolução Biológica).
Com a informação acima, é fácil entender que algumas espécies
intermediárias podem estar irremediavelmente perdidas. O que reforça a
nossa posição em favor da evolução é a descoberta de vários
intermediários entre o Homem de Tumai e o atual, com as diferenças
diretamente proporcionais ao tempo. Se cerca de seis milhões de anos
existiu um ser com características simiescas e humanas; três milhões de
anos houve um ser bem mais aproximado do humano do que aquele de seis
milhões de anos; pouco mais de um milhão de anos houve um ainda mais
parecido e, cento e sessenta mil anos, outro mais próximo; não se faz
necessário encontrarmos um fóssil de cada cem mil anos para nos dar essa
certeza. Onde encontramos uma sequência de 1, 3, 7 e 10, não
precisamos duvidar de que existiram 2, 4, 5, 6 e 8.
E, finalmente, lançando mais luz sobre o caso, está aí o projeto genoma:
De acordo com o projeto genoma, a evolução não é mais uma teoria.
Através do estudo do DNA, a molécula nas células de todos os seres vivos
que armazena o código hereditário, consegue-se mensurar o grau de
parentesco entre as espécies.
(http://www.consciesp.org.br/adao_e_eva_versus_charles_darwin.htm)
“Para a ciência atual, a Teoria da Evolução é um consenso. Diante
das evidências, não há como não aceitar, em todo ou em parte, a teoria
de Darwin (que posteriormente foi modificada em muitos aspectos pelo
próprio Darwin). No entanto, os detalhes sobre a causa e o processo da
evolução ainda estão em discussão.” (Charles Darwin, art. citado
acima).
O que ainda não está bem claro para os cientistas é uma explicação
detalhada do processo evolutivo. O fato em si já não é mais discutido, a
não ser para uns poucos estudiosos que, por influência religiosa,
procuram fazer dos pormenores ainda desconhecidos ferramenta para lançar
dúvida sobre um fato que já é consenso no meio científico neutro. Os
elos encontrados já são suficientes não duvidarmos de terem existido os
outros intermediários ainda desconhecidos.
Ver ARDI, MAIS UM ELO ENCONTRADO
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