"Eratóstenes mediu a circunferência do planeta comparando os ângulos com que a luz do Sol incidia em dois postes instalados em duas cidades distantes. Supondo acertadamente que o Sol é grande (e longínquo) o bastante para que seus raios cheguem à Terra sempre paralelos uns aos outros, ele concluiu que o que causava a diferença entre os ângulos nos postes só poderia ser uma (até então) suposta curvatura da Terra. Com os dados na mão, Eratóstenes calculou que o planeta é uma esfera com 46 mil quilômetros de circunferência. Uma precisão absurda para 2 mil anos atrás: a medida real é de 40 mil quilômetros." (Superinteressante, 23 out 2017)

Anaxágoras (500 a.C. — 428 a.C.) ainda pensando que a Terra fosse plana com o Sol próximo,  baseando-se no mesmo cálculo de Eratóstenes, obteve a distância Terra-Sol, com valor de 6,3 mil quilômetros.

Segundo Samuel Rowbotham, Astronomia Zetética, 1881, experimentos como o do grego Eratóstenes, nascido em 276 a.C., que conseguiu medir a circunferência da Terra, contariam com um erro crasso: considerar o Sol como um astro enorme e distante da Terra.  

Se Anaxágoras e Rowbotham vivessem nos dias de Eratóstenes, com certeza Eratóstenes teria explicado para eles que, se o Sol estivesse perto de nós, eles nos pareceria ao meio-dia muito maior do que de manhã ao nascer, por estar muito mais próximo; e acredito que Anaxágoras, se vivesse nos dias de Eratóstenes, não seriam tão imbecil para não entender.  Mas Rowbothan o era, ou percebeu que os desprovidos de raciocínio lógicos são muitos e ele poderia tirar proveito disso.

Samuel Rowbotham publicou, em 1881, Astronomia Zetética – A Terra não é um globo, um apanhado de décadas de estudos na área e interpretações de passagens da Bíblia. Sob o pseudônimo “Paralaxe”, o inventor inglês tomou para si uma missão ousada: revelar as “mentiras” cultivadas pela ciência, responsável por esconder o real formato de nossa casa.

Rowbotham sabia muito bem que a grande maioria da população mundial acreditava que a Bíblia fosse uma verdade incontestável, e assim ele teria um grande apoio mesmo contra as evidências e provas científicas.

O que nos admira é, diante de todas as informações existentes hoje, ainda haver um enorme número de seguidores dessa ideia estúpida.  Só pode ser o poder imbecilizante de um livro sagrado da Idade do Bronze.

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